ULS Algarve investe 25 M€ na área da oncologia

19/05/2025

Projeto com fundos do PO Algarve 2030 e PRR reforça prevenção, diagnóstico e tratamento na região do Algarve

A Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve apresentou no final do mês de abril uma candidatura ao PO Algarve 2030 com o objetivo de reforçar a resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na região no que respeita à prevenção, diagnóstico, tratamento e cuidados ao doente oncológico. Este projeto, que representa um investimento global de cerca de 25 milhões de euros, integra também financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Entre as principais apostas da ULS Algarve está a instalação do primeiro equipamento de Tomografia por Emissão de Positrões (PET-TAC) da região, previsto para entrar em funcionamento em 2026 no concelho de Loulé, no âmbito de uma parceria estratégica com a Câmara Municipal e o Algarve Biomedical Center (ABC). Atualmente, este tipo de resposta oncológica não existe nem no Algarve nem no Alentejo.

O investimento contempla ainda a aquisição de equipamentos de alta tecnologia, como uma Ressonância Magnética de 3 Teslas e dois equipamentos de Tomografia Computorizada (TAC) com fluoroscopia, e a requalificação de infraestruturas hospitalares e unidades de cuidados de saúde primários. Estão incluídos os hospitais de Faro, Portimão e Terras do Infante (Lagos), bem como os centros de saúde de Silves, Albufeira, Olhão e Tavira.

A candidatura ao PO Algarve 2030, no valor de 17 milhões de euros, visa criar uma rede integrada de serviços oncológicos, em articulação com os 8 milhões de euros já atribuídos através do PRR. A estratégia definida pela ULS Algarve procura reduzir desigualdades regionais no acesso a cuidados oncológicos, promovendo a equidade, proximidade e eficiência na resposta aos utentes.

A atuação será desenvolvida em três eixos principais: Prevenção e Diagnóstico Precoce; Tratamento Específico Oncológico; e Cuidados ao Doente Oncológico. Segundo o Conselho de Administração da ULS do Algarve, “este projeto vai permitir evitar atrasos no diagnóstico e no tratamento, melhorando o prognóstico dos pacientes. Procuramos garantir um desempenho eficiente e adequado às necessidades de uma ULS periférica, garantindo exames rápidos e eficazes, permitindo diagnósticos precoces, melhor planeamento terapêutico e redução da necessidade de deslocação de pacientes para centros urbanos a longas distâncias, ou mesmo fora do país, contribuindo para uma rede de cuidados mais eficiente e equitativa”.


Bases de dados de dispositivos médicos europeia e nacional em discussão no Infarmed

19 mai 2025

O Infarmed esteve reunido com uma comitiva da Unidade de Dispositivos Médicos da DG SANTE da Comissão Europeia, liderada pela sua diretora, Flora Giorgio, e composta ainda pelos técnicos especialistas Silvia Ostuni, Pierre-François Ryelandt e Lukas Bustin.

Esta visita constituiu uma oportunidade para apresentar o trabalho desenvolvido pela autoridade nacional na regulação dos dispositivos médicos e na avaliação de tecnologias de saúde, incluindo as políticas de acesso e financiamento em vigor no plano nacional.

O encontro permitiu ainda discutir os desenvolvimentos da Base de Dados Europeia de Dispositivos Médicos (EUDAMED, na sigla em inglês), cuja operacionalização progressiva e obrigatória dos diferentes módulos, a partir do início de 2026, permitirá reforçar a transparência na União Europeia (UE) e proporcionar um melhor conhecimento sobre os dispositivos médicos e de diagnóstico in vitro (DIV) disponíveis no mercado europeu.

O Infarmed, representado por Rui Santos Ivo e Erica Viegas, presidente e vogal do Conselho Diretivo, respetivamente, João Figueira, diretor da Unidade de Sistemas de Informaçãoc (USI), e Sónia Cardoso e Mariana Madureira, da Direção de Produtos de Saúde (DPS), apresentou o Sistema de Informação para Dispositivos Médicos (SIDM). Esta base de dados nacional, considerada uma referência a nível europeu e frequentemente mencionada como caso de estudo, tem assumido um papel relevante no desenvolvimento da EUDAMED, nomeadamente pela aplicação de uma nomenclatura precursora da atual European Medical Devices Nomenclature (EMDN, na sigla em inglês).

O encontro permitiu ainda a troca de perspetivas sobre a integração e interoperabilidade entre a EUDAMED e o SIDM, projeto em curso liderado pela autoridade nacional.