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Consumo de tabaco em Portugal Continental apresenta diferentes tendências para homens e mulheres – INSA

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13-04-2018

O consumo de tabaco em Portugal Continental apresenta diferentes tendências para homens e mulheres, com a prevalência a diminuir nos homens e a aumentar nas mulheres desde 1987, revela um estudo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Outra das conclusões deste trabalho, que analisou os dados dos Inquéritos Nacionais de Saúde (INS) disponíveis, indica que nos homens a frequência mais elevada de consumo observa-se nos grupos socioeconómicos mais desfavorecidos verificando-se o oposto nas mulheres.

Desenvolvido pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge, este estudo teve como objetivo caracterizar os fatores socioeconómicos associados ao consumo de tabaco e sua tendência temporal. Para tal, foram analisados os dados dos INS disponíveis (1987, 1995/96, 1998/99, 2005/06 e 2014), calculando-se prevalências padronizadas para a idade e estratificadas para cada uma das cinco regiões do Continente, nível de escolaridade, estado civil, ocupação principal e grupo profissional.

Segundo os resultados de “Caraterísticas sociodemográficas dos fumadores em Portugal Continental”, verificou-se que o consumo de tabaco tem vindo a diminuir entre os fumadores do sexo masculino (35,2% em 1987 para 26,7% em 2014) e a aumentar entre os fumadores do sexo feminino (6,0% em 1987 para 14,6% em 2014). Em ambos os sexos se verifica que os desempregados e os divorciados apresentam maior consumo, ao longo do período analisado.

Em relação à idade, o cálculo das prevalências e do ajustamento dos modelos apontam para interpretações semelhantes, dado que se observa diminuição das prevalências de consumo em quase todos os grupos. Já no que diz respeito à região, é no Sul que os homens apresentam uma prevalência mais elevada, embora se registe uma diminuição em todos os grupos, destacando-se em particular o Alentejo com a maior prevalência de consumo.

O consumo de tabaco é um importante fator de risco para várias doenças, sendo o conhecimento das caraterísticas dos fumadores e sua evolução é essencial para planear e monitorizar as estratégias de prevenção do consumo. Para consultar o estudo da autoria de Andreia Leite, Ausenda Machado, Sónia Pinto e Carlos Matias Dias, clique aqui.

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