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Portugal com baixo risco de importação de Poliomielite – INSA

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14-08-2018

A Comissão para a Certificação da Erradicação da Poliomielite da Região Europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que Portugal tem baixo risco de importação desta doença, de acordo com a última avaliação anual efetuada. O último caso de poliomielite, com paralisia por vírus selvagem, registado em Portugal data de 1986. A vacinação é a melhor medida preventiva para reduzir o risco de circulação do vírus da poliomielite, a nível mundial, e a única que permite erradicar a doença do planeta.

Para esta avaliação positiva da OMS, a Direção-Geral da Saúde (DGS) destaca a conjugação de vários fatores, entre os quais, a existência de excelentes taxas de cobertura vacinal contra a poliomielite, a existência de um sistema nacional de vigilância epidemiológica adequado para monitorização de casos de paralisia flácida aguda e ainda a resposta atempada dos serviços de saúde perante um eventual caso importado.

A forte aposta no Programa Nacional de Erradicação da Poliomielite (PNEP) e a articulação com os serviços de saúde têm sido fundamentais para este sucesso. A DGS realça, no entanto, que “é preciso dar continuidade ao trabalho desenvolvido, pois se a doença está oficialmente eliminada em Portugal e na Europa desde 2002, continua a registar-se a circulação de vírus em alguns países da África e da Ásia”.

Em Portugal, compete ao Laboratório Nacional de Referência de Doenças Evitáveis pela Vacinação (LNRDEV) do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, enquanto laboratório nacional da OMS para os vírus da Poliomielite, a vigilância e deteção da infeção por estes vírus. O LNRDEV dispõe desta acreditação da OMS desde o ano 2000.

Este Laboratório tem como missão a vigilância das Paralisias Flácidas Agudas e de Enterovirus no âmbito do Plano de Ação Pós-Eliminação do PNEP, bem como a confirmação laboratorial de todos os casos possíveis de Poliomielite, Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congénita e de surtos de Parotidite Epidémica. É igualmente da sua competência efetuar o diagnóstico laboratorial pré-natal da infeção pelos vírus da Rubéola e Varicela-Zoster bem como a confirmação laboratorial dos casos de infeção congénita por estes vírus.

A poliomielite é uma doença infeciosa que afeta especialmente o cérebro e a espinal medula, podendo levar à paralisia dos músculos. É muito contagiosa e atinge sobretudo crianças muito novas. O poliovírus pode transmitir-se através da ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes. Em Portugal, onde a doença foi oficialmente eliminada em 2002, a vacina é administrada cinco vezes como medida profilática às crianças com 2, 4 e 6 meses e 1,5 e 5 anos.

A poliomielite é uma doença passível de erradicação e tem vindo a ser progressivamente eliminada em vastas regiões do mundo. A erradicação é confirmada gradualmente através da certificação da eliminação desta doença, em cada país, região e a nível global, por comissões independentes, e baseia-se nos seguintes critérios: Pelo menos três anos seguidos sem casos de poliomielite por vírus selvagem; Excelente desempenho da vigilância, nomeadamente da paralisa flácida aguda; Demonstração de capacidade, em cada país, de detetar, notificar e responder a casos importados.


Portugal com baixo risco de importação da doença

A Comissão para a Certificação da Erradicação da Poliomielite da Região Europeia da Organização Mundial da Saúde considera que Portugal tem baixo risco de importação desta doença, de acordo com a última avaliação anual efetuada.  O ano de 1986 é a data do último caso de poliomielite, com paralisia por vírus selvagem, registado em Portugal.

Mais de 30 anos volvidos, a poliomielite já não assusta pais, nem filhos. Hoje, são poucas as pessoas que se lembram da doença e das marcas que deixava para toda a vida. O caminho para a eliminação da poliomielite em Portugal iniciou-se com uma maciça campanha de vacinação em 1965. Desde então, têm sido mantidos elevados níveis de cobertura vacinal resultantes da aplicação do Programa Nacional de Vacinação.

A avaliação positiva da Comissão para a Certificação da Erradicação da Poliomielite da Região Europeia da Organização Mundial da Saúde, agora conhecida, resulta da conjugação de vários fatores, entre os quais a Direção-Geral da Saúde (DGS) destaca a existência de excelentes taxas de cobertura vacinal contra a poliomielite, a existência de um sistema nacional de vigilância epidemiológica adequado para monitorização de casos de paralisia flácida aguda, e ainda a resposta atempada dos serviços de saúde perante um eventual caso importado.

A forte aposta no Programa Nacional de Erradicação da Poliomielite coordenado pela DGS e a articulação com os serviços de saúde têm sido fundamentais para este sucesso. Mas é preciso dar continuidade ao trabalho desenvolvido, pois se a doença está oficialmente eliminada em Portugal e na Europa desde 2002, continua a registar-se a circulação de vírus em alguns países da África e da Ásia.

A vacinação é a melhor medida preventiva para reduzir o risco de circulação do vírus da poliomielite, a nível mundial, e a única que permite erradicar a doença do planeta.

Para saber mais, consulte:

Direção-Geral da Saúde – https://www.dgs.pt/


Portugal com baixo risco de importação de poliomielite

O Programa Nacional de Erradicação da Poliomielite é avaliado anualmente pela Comissão para a Certificação da Erradicação da Poliomielite da Região Europeia da Organização Mundial da Saúde.

Em 2018, na 32ª reunião da Comissão foram analisados os dados dos relatórios anuais dos países relativos ao ano 2017.

Das principais conclusões realça-se que não ocorreu transmissão do vírus da poliomielite na Região Europeia e que Portugal apresenta baixo risco de importação de casos de poliomielite.

A forte aposta no Programa Nacional de Erradicação da Poliomielite e no Programa Nacional de Vacinação, coordenados pela Direção-Geral da Saúde, bem como a articulação com todos os serviços de saúde têm sido fundamentais para o sucesso alcançado.

Importa realçar o trabalho que foi e continua a ser feito para atingir e manter a eliminação da poliomielite no País, contribuindo também para o fim da poliomielite no mundo.

O valor dos resultados alcançados deve-se, diretamente, aos milhões de pessoas que em Portugal, voluntariamente, se vacinaram e vacinaram as suas crianças.”

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