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Instituto Ricardo Jorge reedita livro “Doenças associadas a artrópodes vetores e roedores”

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10-09-2019

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através de vários dos seus laboratórios nacionais de referência na área das doenças infeciosas, decidiu publicar uma segunda edição do livro “Doenças associadas a artrópodes vetores e roedores”, por ocasião do 10.º aniversário da inauguração das novas instalações do Centro de Estudos de Vetores e Doenças Infeciosas (CEVDI) Doutor Francisco Cambournac, em Águas de Moura (Palmela). A publicação, revista e atualizada, apresenta uma sinopse das principais patologias existentes associadas a vetores e roedores em Portugal e a casuística a elas associada, entre outra informação.

As doenças infeciosas associadas a vetores constituem um grupo de doenças com grande importância clínica, epidemiológica e laboratorial. Ao longo dos sete capítulos do livro vão sendo abordados quais os artrópodes e roedores associados à transmissão de agentes infeciosos. Os principais vetores artrópodes são os mosquitos, os flebótomos, as carraças, as pulgas e os piolhos, não só porque podem transmitir um conjunto de agentes de doenças infeciosas como por algumas dessas doenças serem consideradas como as de maior mortalidade e morbilidade a nível mundial.

Este livro constitui um excelente recurso para aumentar o conhecimento sobre as espécies de vetores presentes, sua distribuição e abundância, impacte das alterações climáticas, explicar o seu papel como vetores e para detetar espécies invasoras em tempo útil, com importância na saúde pública.

“A disseminação do conhecimento produzido têm contribuído para o esclarecimento do impacto destas patologias em saúde pública em Portugal, possibilitando às autoridades competentes as ferramentas necessárias para a implementação atempada de medidas que permitam a prevenção, controlo e mitigação de doenças associadas a artrópodes vetores e roedores”, referem os autores.

O Instituto Ricardo Jorge é a autoridade competente na vigilância epidemiológica, formação e divulgação de conhecimento entomológico, participando através do CEVDI no Rede de Vigilância de Vetores (REVIVE). Desde o início da sua atividade que o Instituto Ricardo Jorge se tem dedicado ao estudo destas patologias, sendo atualmente considerado uma referência nacional e internacional ao nível do diagnóstico de referência, centro de formação e laboratório de investigação nestas áreas.

Consulte o livro “Doenças associadas a artrópodes vetores e roedores” em acesso aberto aqui.


Centro de Estudos de Vetores e Doenças Infeciosas

10/09/2019

Palmela acolhe sessão comemorativa do 10.º aniversário

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge INSA) promove, dia 10 de setembro, em Águas de Moura (Palmela), uma sessão comemorativa do 10.º aniversário da inauguração do Centro de Estudos de Vetores e Doenças Infeciosas (CEVDI) Doutor Francisco Cambournac. O CEVDI é um centro de diagnóstico e investigação científica na área das doenças infeciosas transmitidas por vetores e com interesse para a Saúde Pública, atuando também como laboratório de reforço à Unidade de Resposta a Emergências e Biopreparação do Departamento de Doenças Infeciosas (DDI).

Além de uma mostra fotográfica intitulada «CEVDI: o antes, o durante e o depois da reabilitação das instalações», o programa do evento, que contará com a presença da Secretária de Estado da Saúde, Raquel Duarte, prevê ainda uma homenagem ao fundador e primeiro Diretor do CEVDI, Prof. Doutor Armindo Filipe, assim como a realização de uma mesa redonda sobre doenças transmitidas por vetores na perspetiva «One Health». Serão ainda apresentadas quatro publicações sobre os principais artrópodes vetores de agentes infeciosos que causam doença no Homem.

Criado em 1987, então sob a designação de Centro de Estudos de Zoonoses (CEZ), o CEVDI teve por base as infraestruturas, métodos e práticas de investigação científica do Instituto de Malariologia, construído em Águas de Moura, em 1938, com o apoio técnico e financeiro da Fundação Rockefeller de Nova Iorque. Após despacho de 24 de agosto de 1973, o Instituto de Malariologia passou a designar-se Centro de Estudos de Malária e Parasitologia.

Depois da erradicação da malária nos anos 50 e ao verificar-se que as instalações não estavam a ser aproveitadas para a realização de estudos relacionados com outros problemas de Saúde Pública, como eram as zoonoses, Aloísio Coelho, então Diretor do INSA, decidiu transferir, em 1987, para Águas de Moura o setor de Arbovírus do Laboratório de Virologia, dirigido por Armindo Felipe, com o objetivo de criar um Centro de Estudos de Zoonoses.

Em 1993, o CEZ passou então a ser designado por Centro de Estudos de Vetores e Doenças Infeciosas. Em 2007, de acordo com os novos estatutos do Instituto Ricardo Jorge, foi acrescentado à sua designação o nome do Doutor Francisco Cambournac, em homenagem ao membro fundador e primeiro Diretor português do Instituto de Malariologia, precursor do CEVDI. Em agosto de 2009, foram inauguradas as novas instalações do CEVDI, com projeto arquitetónico da responsabilidade do ateliê Pardal Monteiro.

Atualmente, o CEVDI faz parte da Unidade de Referência e Vigilância Epidemiológica do DDI, desenvolvendo a sua atividade em quatro linhas de investigação principais: vírus e bactérias transmitidas por vetores, artrópodes vetores e roedores reservatórios. Algumas das doenças estudadas neste centro são a borreliose de Lyme, tularémia, febre Q, febre escaro-nodular e outras rickettsioses, febre por West Nile, chikungunya, zika, dengue e outras arboviroses, arenaviroses, hantaviroses e outras febres hemorrágicas virais.

Sobre o CEVDI

O CEVDI é responsável pela implementação e execução do programa REVIVE, um projeto nacional de vigilância dos artrópodes vetores que tem como objetivos monitorizar a atividade de artrópodes hematófagos e caracterizar as espécies e sua ocorrência sazonal. O Programa visa também identificar agentes patogénicos importantes em saúde pública, dependendo da densidade dos vetores, o nível de infeção ou a introdução de espécies exóticas para alertar para as medidas de controlo.

Para saber mais, consulte:

INSA  > Notícias

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