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Direção-Geral da Saúde publica relatório do Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo

Direção-Geral da Saúde publica relatório do Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagis

A Direção-Geral Da Saúde publica hoje (17 de novembro), Dia Mundial do Não Fumador, o Relatório do Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo de 2019.

No presente relatório, para além de se analisarem as estimativas referentes à mortalidade atribuível ao tabaco por principais causas, e a sua evolução nos últimos anos, com particular enfoque nas doenças crónicas não transmissíveis, são apresentados dados relativos ao consumo nos jovens, à cessação tabágica e à exposição ao fumo ambiental do tabaco, bem como às atividades realizadas pelo Serviço Nacional de Saúde no âmbito da prevenção e tratamento do tabagismo. São ainda apresentados dados referentes às entradas no mercado e à tributação dos produtos do tabaco em Portugal Continental.

Procede-se, por último, à apresentação das principais atividades realizadas pelo Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo no período em análise e projetadas para 2019/2020, à luz das orientações programáticas definidas até 2020.

 Consulte aqui o relatório


Prevenção e Controlo do Tabagismo

19/11/2019

Relatório da DGS revela situação em Portugal

O tabaco continua a ser uma das principais causas evitáveis de doença e de morte prematura, contribuindo para mais de uma em cada dez mortes registadas anualmente em Portugal, revela o Relatório do Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo de 2019, divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) para assinalar o Dia Mundial do Não Fumador, comemorado anualmente a 17 de novembro.

De acordo com os últimos dados disponíveis, 1,8 milhões de residentes em Portugal, com 15 ou mais anos, eram fumadores (20%) e 1,5 milhões fumavam diariamente (16,8%).

O Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) 2015 revela que, no grupo etário dos 25 aos 34 anos, a prevalência de consumidores, no sexo masculino, ronda os 50% e no sexo feminino os 25%. Por outro lado, existem grandes assimetrias regionais, com consequentes desigualdades em saúde.

Segundo a OCDE, Portugal registou um ligeiro decréscimo do consumo entre a população adulta.

A iniciação do consumo de tabaco é um grave problema de saúde infantil e juvenil. Dos jovens que iniciam o consumo, mais de um terço irá continuar a fumar ao longo da vida adulta, comprometendo assim a sua saúde e longevidade.

Em 2018, de acordo com dados recolhidos no Dia da Defesa Nacional, 60,1% dos jovens com 18 anos de ambos os sexos disseram já ter fumado e 38,3% disseram ter consumido tabaco nos últimos 30 dias, o que representa uma redução de 10,9% relativamente a 2015.

Em 2015, segundo dados INSEF, 12,8% da população residente dos 15 aos 74 anos disse estar exposta ao fumo ambiental do tabaco durante pelo menos 1 hora por dia. A prevalência de exposição foi superior entre os mais jovens (19,8%), as pessoas com menor escolaridade (23,6%) e as sem atividade profissional ou desempregadas (18,2% e 17,7% respetivamente).

Um estudo nacional efetuado em 2016 revelou que 18,4% das crianças dos 0 aos 10 anos estavam expostas ao fumo ambiental do tabaco em casa ou no carro. A prevalência de exposição foi superior em crianças filhas de pais com menor nível de escolaridade, atingindo os 27% em pais com escolaridade até ao 9.º ano.

Em 2017, de acordo com estimativas elaboradas pelo Instituto para as Métricas e Avaliação em Saúde (IHME – Institute for Health Metrics and Evaluation), morreram em Portugal mais de 13 mil pessoas por doenças atribuíveis ao tabaco, das quais 10.588 homens (18,6% do total de óbitos) e 2.515 mulheres (4,4% do total de óbitos).

A nova lei do tabaco de 2007 veio dar cumprimento, ainda que parcialmente, ao disposto na Convenção Quadro da Organização Mundial da Saúde. Ao abrigo desta lei, e sob o seu impulso, foi desencadeado todo um processo de reforço das respostas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em matéria de apoio aos fumadores que têm dificuldade em deixar de fumar e de proteção da exposição ao fumo ambiental.

Desde 2016 é possível garantir o acesso a consultas de apoio intensivo à cessação tabágica em todos os Agrupamentos de Centros de Saúde. Há também a adiantar que um dos medicamentos de primeira linha de apoio à cessação tabágica passou a ser comparticipado em janeiro de 2017.

Em 2018, cerca de 13 mil pessoas foram atendidas no âmbito do programa de apoio intensivo à cessação tabágica. No mesmo ano, a dispensa às farmácias de medicamentos para o tratamento do tabagismo registou um aumento de cerca de 9,1% relativamente ao ano anterior.

No mesmo ano foi assinado um protocolo de colaboração entre a Direção-Geral da Saúde e a Direção-Geral de Educação no sentido de se intensificar a prevenção do tabagismo em meio escolar.

Para saber mais, consulte:

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