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Notícias em 05/07/2022

Relatório de situação sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal – 05-07-2022 – INSA

05-07-2022

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do Núcleo de Bioinformática do seu Departamento de Doenças Infeciosas, disponibiliza o mais recente relatório de situação sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal. Até à data, foram analisadas 38.108 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 304 concelhos de Portugal.

No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2 que o INSA está a desenvolver, têm vindo a ser analisadas uma média de 518 sequências por semana desde o início de junho de 2021, provenientes de amostras colhidas aleatoriamente em laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 139 concelhos por semana.

Segundo o relatório do INSA, as amostragens semanais por sequenciação, têm mostrado que, após a sua primeira deteção na semana 13 (28 de março a 3 de abril), a linhagem BA.5 tem apresentado uma frequência relativa marcadamente crescente, sendo dominante em Portugal desde a semana 19 (9 a 15 de maio), apresentando uma frequência relativa de 95,6% de acordo com a amostragem aleatória por sequenciação na semana 25 (20 a 26 de junho).

Por outro lado, a linhagem BA.2 apresenta uma frequência relativa continuamente decrescente, estimando-se que esta seja de 3,2% na semana 25 (dados em apuramento). Ambas as sublinhagens de interesse da BA.2, BA.2.12.1 e BA.2.35, têm apresentado uma frequência relativa flutuante nas últimas semanas, não tendo, até à data, ultrapassado os 2% e 4%, respetivamente.

A frequência relativa da linhagem BA.1 atingiu um máximo na semana 2 (95,6%, 10 a 16 de janeiro), altura em que iniciou uma tendência decrescente. Estima-se que a sua circulação seja residual atualmente, tendo sido detetada a uma frequência inferior a 1% desde a semana 16 (18 a 24 de abril). Desde a semana 19, foram identificadas 15 sequências da linhagem BA.4 da variante Omicron em Portugal, associados a casos confirmados em 6 das 7 regiões do país.

O relatório do INSA refere ainda que, em Portugal, os poucos vírus recombinantes identificados, até ao momento, foram detetados em casos esporádicos nas amostragens aleatórias semanais. Entre estes, destacam-se casos associados aos recombinantes com as designações internacionais “XM”, “XN”, “XE”, “XH” e “XAG”, sendo que todos são caracterizados por um perfil genético híbrido em que uma parte inicial do genoma corresponde à linhagem BA.1 e o restante à linhagem BA.2.


Temperaturas elevadas: Recomendações da DGS

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê um aumento gradual de temperatura nos próximos dias, podendo as temperaturas máximas atingir os 41°C em algumas zonas do país. Em dias de temperaturas elevadas, a Direção-Geral da Saúde recomenda a adoção de medidas de proteção adicionais.

  1. Procurar ambientes frescos e arejados ou climatizados;
  2. Aumentar a ingestão de água ou de sumos de fruta natural sem açúcar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  3. Evitar a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11 e as 17 horas. Utilizar protetor solar com fator igual ou superior a 30 e renovar a sua aplicação de 2 em 2 horas e após os banhos na praia ou piscina;
  4. Utilizar roupa solta, opaca e que cubra a maior parte do corpo, chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção ultravioleta;
  5. Evitar atividades que exijam grandes esforços físicos, nomeadamente desportivas e de lazer no exterior;
  6. Escolher as horas de menor calor para viajar de carro. Não permanecer dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol;
  7. Dar atenção especial a grupos mais vulneráveis ao calor, tais como crianças, idosos, doentes crónicos, grávidas, pessoas com mobilidade reduzida, trabalhadores com atividade no exterior, praticantes de atividade física e pessoas isoladas;
  8. Os doentes crónicos ou sujeitos a medicação e/ou dietas especificas devem seguir as recomendações do médico assistente ou do centro de contacto SNS 24: 808 24 24 24;
  9. Assegurar que as crianças consomem frequentemente água ou sumos de fruta natural e que permanecem em ambiente fresco e arejado. As crianças com menos de 6 meses não devem estar sujeitas a exposição solar, direta ou indireta;
  10. Contactar e acompanhar os idosos e outras pessoas que vivam isoladas. Assegurar a sua correta hidratação e permanência em ambiente fresco e arejado;
  11. Ter cuidados especiais, nomeadamente: moderar a atividade física, evitar a exposição direta ou indireta ao sol e garantir ingestão frequente de líquidos;

Para se proteger dos efeitos negativos do calor intenso mantenha-se informado, hidratado e fresco.

Mais informação pode ser obtida nas páginas da Direção-Geral da Saúde, e do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.


ULSLA premiada pelos cuidados prestados a doentes com AVC.

A Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) foi reconhecida com a distinção «Ouro» dos ESO Angels Awards, concedida pela European Stroke Organization.

Esta distinção, que é atribuída na sequência dos registos realizados na plataforma RES-Q (monitorização de qualidade) referente aos cuidados prestados aos doentes com Acidente Vascular Cerebral (AVC), é mais um reconhecimento do trabalho de toda a equipa da ULSLA, que proporcionou um desempenho de excelência nesta área.

A comunidade Angels, além da atribuição de prémios a equipas e organizações que se distinguem na prestação de cuidados de AVC, apoia ainda os profissionais e as instituições na implementação de boas práticas e partilha de aprendizagens em rede.

Para saber mais, consulte:

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Serviço cumpre critérios de acreditação para laboratórios clínicos.

O Serviço de Imunohemoterapia (SIH) do Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ) foi recentemente avaliado pelo Instituto Português de Acreditação, que considerou que o SIH cumpre os critérios de acreditação para laboratórios clínicos, pela norma NP EN ISO 15189:2014.

Marta Marques, responsável da qualidade do SIH, explica «esta norma tem em consideração os serviços prestados pelo laboratório clínico que garantam a satisfação das necessidades de todos os utentes e do pessoal clínico, responsável pelos cuidados prestados a esses utentes. Esses serviços incluem as indicações para a requisição, preparação do utente e sua identificação, colheita das amostras, transporte, armazenamento, processamento e realização dos exames laboratoriais das amostras clínicas, bem como a subsequente interpretação, o relatório e o aconselhamento, em adição aos considerandos relativos à segurança e à ética no trabalho do laboratório clínico».

A responsável explica, ainda, que «as áreas laboratoriais do serviço já estavam acreditadas desde 2001» mas que «esta acreditação foi identificada como mais adequada à realidade dos laboratórios clínicos, dando assim maiores garantias de qualidade e competência aos nossos laboratórios clínicos. Foi elaborado um plano, para concretizar a transição entre as duas normas, para o qual contribuiu o esforço e empenho de todos os profissionais».

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ACES Alentejo Central realiza rastreio no mês de julho.

No âmbito da prevenção da Saúde Visual Infantil, durante o mês de julho o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Alentejo Central irá promover a realização do rastreio de saúde visual infantil.

Este rastreio é direcionado para as crianças nascidas em 2020 e que estejam inscritas nas Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados de Vendas Novas e de Viana do Alentejo, bem como nas Unidades de Saúde Familiar Vendas Novas e Remo.

Este programa de rastreio baseia-se em um exame simples aos olhos da criança, que permite detetar precocemente alterações da visão. Consiste na realização de um exame de foto-rastreio aos olhos da criança, de uma forma rápida, segura e inofensiva, utilizando uma tecnologia inovadora, que permite identificar os fatores de risco capazes de provocar ambliopia («olho preguiçoso»), mesmo antes de ela se instalar, ou então numa fase muito precoce do seu desenvolvimento.

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ARS Alentejo > Notícias


Unidade portátil de raio-X torna cuidados de saúde mais inclusivos.

«Radiologia na Comunidade» é um projeto inovador da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, que permite, através da utilização de uma unidade de raio-X portátil, o acesso inclusivo dos utentes a um serviço de radiologia sem exigir deslocações a uma unidade de saúde.

Este projeto veio criar uma resposta ao nível do diagnóstico por imagem junto dos utentes da ARS Algarve institucionalizados, com mobilidade condicionada ou sem mobilidade, melhorando significativamente a capacidade de respostas dos Cuidados de Saúde Primários na região.

Em comunicado, Paulo Morgado, Presidente do Conselho Diretivo, refere que a ARS Algarve é pioneira a nível nacional na «aquisição e utilização deste equipamento, com enormes vantagens para os utentes e para os profissionais». O dirigente reforça que «a radiologia é uma área prioritária e este serviço permite-nos levar o Serviço Nacional de Saúde à casa das pessoas, reforçando as relações de proximidade».

A implementação deste projeto garante mais conforto e comodidade aos utentes na realização de exames de radiologia. A equipa de técnicos superiores de saúde, diagnóstico e terapêutica da área de Radiologia desloca-se às instalações das entidades que solicitam os seus serviços, planeiam e executam os exames prescritos aos utentes, respeitando as orientações de segurança e proteção adequadas à utilização do novo equipamento.

«Até ao momento já foram realizados 30 exames com este equipamento portátil», explica Paula Simãozinho, coordenadora do serviço de Radiologia da ARS Algarve. «A evolução do serviço de Radiologia tem sido uma das grandes apostas da ARS Algarve. Nos últimos anos foi feito um investimento em digitalização, armazenamento de imagens e Inteligência Artificial e, perante o sucesso desta nova iniciativa, está prevista a aquisição de mais unidades portáteis de raio-X para dotar toda a região deste serviço», sublinha a responsável.

Esta solução tecnológica surge como mais uma resposta da ARS Algarve na luta contra doenças do foro respiratório. Esta medida surge ainda com o propósito de controlar a progressão dessas doenças e, consequentemente, reduzir a morbilidade e a mortalidade na comunidade residente.

Este investimento permite à ARS Algarve alargar as competências do serviço regional de radiologia, composto por oito salas fixas, distribuídas pelos três agrupamentos de Centro de Saúde, e uma unidade móvel.

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ULSNA contrata mais 31 profissionais de saúde em várias áreas.

A Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) celebrou, na passada semana, contratos de trabalho com mais 31 profissionais de saúde ligados à prestação direta de cuidados.

Em comunicado, a ULSNA refere que, desde o início de 2022, foram celebrados contratos individuais de trabalho com 60 profissionais, entre contratos sem termo e/ou de substituição de profissionais ausentes temporariamente. Destes 60 profissionais, 17 são médicos (2 de Medicina Geral e Familiar e 15 internos), 10 enfermeiros, 17 assistentes operacionais, 9 assistentes técnicos, 2 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica e 5 técnicos superiores.

A ULSNA refere que vai continuar o esforço de reforço e capacitação de novos profissionais, das mais diversas áreas, que lhe permitam continuar a dar a melhor resposta às necessidades de saúde da população do Alto Alentejo.

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Conferência Web ACSS sobre “Otimização de Processos Hospitalares”

Debater os atuais desafios de gestão dos recursos saúde, melhorar a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e reforçar a confiança dos utentes são os principais desafios propostos pelo ciclo de Conferências Web 2022 organizado pela ACSS.

O primeiro webinar sobre “Otimização de Processos Hospitalares”, moderado por Cláudia Borges (Departamento de Gestão e Financiamento de Prestações de Saúde da ACSS) decorreu esta segunda-feira, dia 4 de julho.

Na sessão inaugural, Victor Herdeiro, presidente da ACSS, reconheceu que «todos os dias existem desafios no setor da saúde e é fundamental pensar em novas soluções para os enfrentar», quer através dos projetos já existentes, quer através de iniciativas como esta, onde «cabe à ACSS, em conjunto com os hospitais, e com os nossos parceiros, redesenhar, readaptar, e tornar mais acessível e com maior qualidade, o SNS para o cidadão».

Os oradores convidados desta sessão foram Ana Pais, diretora clínica do IPO de Coimbra, Bruno Magalhães, administrador do Centro Hospitalar Universitário do Porto, e ainda Isa Santos e Rui Garcia, ambos cirurgiões no Serviço de Cirurgia Geral do Centro Hospitalar de Setúbal.

 “SimPLI é uma ferramenta facilmente replicável”

Na sua intervenção, Ana Pais, diretora clínica do IPO de Coimbra, deu a conhecer a ferramenta “SimPLI”, que foi desenvolvida num contexto de transferência da atividade cirúrgica e de internamento para um outro campus hospitalar e que permite avaliar o impacto do processo de transferência.

De acordo com a diretora clínica, esta «é uma ferramenta facilmente replicável em qualquer instituição, desde que haja a criação de um algoritmo que permita que o mapeamento das realidades sejam vertidas em Excel».

“Maior fator de sucesso são os profissionais de saúde”

Bruno Magalhães, administrador do Centro Hospitalar Universitário do Porto, deu a conhecer o projeto “Mapa cirúrgico dinâmico” que representou uma mais-valia na gestão de procedimentos diários internos, na resolução de problemas dos utentes e permitiu um aumento significativo de cirurgias.

O administrador explicou que replicar este projeto implica compreender que «o maior fator de sucesso que temos, em qualquer instituição, são os profissionais, que têm de acreditar que estas melhorias trazem realmente benefícios para o seu trabalho».

“O Just in Time evitou o impacto da pandemia”

Isa Santos e Rui Garcia, cirurgiões no Serviço de Cirurgia Geral do Centro Hospitalar de Setúbal, apresentaram o projeto “Just in Time” que permite, através da metodologia Lean Health, «melhorar a acessibilidade, a qualidade e reduzir tempos de espera e custos institucionais e sociais».

Na prática, o “Just in Time” minimiza os tempos de espera no acesso à consulta de cirurgia geral, faz a articulação com os cuidados de saúde primários para a doença oncológica e melhora a qualidade do regresso do utente ao domicílio.

Além de reconhecer a importância do projeto ao longo da pandemia, Isa Santos, referiu que este «permitiu conciliar as consultas presenciais e a atividade operatória urgente e prioritária».

O sucesso deste projeto, segundo Rui Garcia, «implica um acompanhamento quinzenal da Lista de Inscritos em Cirurgia (LIC) e ainda a colaboração e partilha entre a vida hospitalar e a medicina geral e familiar».

Vanessa Ribeiro, coordenadora do Núcleo de Planeamento e Inovação da ACSS, encerrou a sessão agradecendo o papel dos oradores na partilha e disseminação das boas práticas na área da gestão dos recursos da saúde e aos quase 100 profissionais que assistiram à videoconferência. Salientou ainda que «esta iniciativa visa aproximar as entidades, incitar a discussão, partilha, troca de experiências, gerar uma rede de conhecimento, e ainda valorizar e promover as boas práticas existentes».

Assista ao webinar integral através do canal de Youtube da ACSS

Publicado em 5/7/2022

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