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Notícias em 01/03/2023

Estigma e discriminação face à infeção por VIH diminuem em Portugal

Estigma e discriminação face à infeção por VIH diminuem em Portugal – DGS

Em Portugal, quatro em cada dez pessoas que vivem com VIH já foram alvo de algum tipo de discriminação social, e 15% já sofreram alguma situação de violação dos seus direitos. Os números constam do mais recente estudo “Índice do Estigma das Pessoas que Vivem com VIH (Stigma Index)” e revelam uma diminuição das situações de discriminação face a 2013.

Os resultados do estudo, no qual a Direção-Geral da Saúde participa, foram apresentados hoje, 1 de março de 2023, no Auditório António de Almeida Santos da Assembleia da República, assinalando o dia da Discriminação Zero, data assinalada pela Organização das Nações Unidas e outras organizações internacionais.

O “Stigma Index” é um projeto internacional, aplicado pela primeira vez em Portugal em 2013 e replicado em 2021/2022 pelo CAD – Centro Anti-Discriminação VIH (projeto conjunto de duas organizações da sociedade civil, a Associação Portuguesa para a Prevenção e Desafio à Sida – Ser+ e o Grupo de Ativistas em Tratatamento – GAT), com financiamento da Direção-Geral da Saúde e parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa.

Nos últimos doze meses, 8,5% dos inquiridos revela ter sido alvo de algum tipo de discriminação social, e 3,5% já sofreu alguma situação de violação dos seus direitos por viver com VIH.

Ao nível do estigma interno (quando a pessoa assume e aplica a si própria os estereótipos sociais negativos associados ao VIH) e da auto-discriminação (quando o próprio se isola, se exclui ou evita determinadas atividades e contextos, por ter VIH), 90,5% dos inquiridos identificou manifestações de estigma interno, e 30% algum comportamento de auto-discriminação nos últimos doze meses.

No estudo participaram 1 095 pessoas que vivem com VIH, das regiões de Lisboa, Porto, Coimbra e Faro, e colaboraram dez centros hospitalares e 18 organizações de base comunitária. Em relação aos cuidados de saúde, 22% dos inquiridos reportaram alguma situação de discriminação no último ano por parte de profissionais de saúde. O não cumprimento da confidencialidade aumentou de 5,3% (em 2013) para 9,5%, com os inquiridos a referirem que os seus registos médicos não são mantidos confidenciais.

Pessoas que para além do VIH, têm outros fatores de vulnerabilidade (como serem homossexuais, pessoas trans, trabalhadores do sexo, pessoas que usam ou usaram drogas, ou imigrantes) reportam mais frequentemente situações de estigma e discriminação nos vários contextos, comparando com pessoas com VIH que não pertencem a nenhuma destas populações. Também as mulheres referem, mais que os homens, sofrerem de discriminação social e nos serviços de saúde, bem como de estigma interno e auto-discriminação.

Perante os resultados obtidos, o Relatório elenca um conjunto de recomendações ao Parlamento, ao Governo e às organizações não-governamentais que atuam na área da infeção por VIH a nível legislativo e de estratégias de intervenção.

Consulte o Relatório aqui.

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Investimento no Hospital do Barreiro

01/03/2023

Serviço de Medicina Física e de Reabilitação com espaço renovado

O Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) realizou obras de beneficiação no espaço físico do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação (MFR) no Hospital de Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro.

De acordo com um comunicado do CHBM, trata-se de um investimento de cerca de 148 mil euros, que tem como objetivo melhorar a prestação de cuidados aos utentes e as condições de trabalho aos profissionais.

Esta intervenção permitiu reconverter a área da antiga piscina, que se encontrava desativada, bem como reorganizar os espaços. De acordo com a Graça Moreira, Diretora do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, «a realização desta obra é uma mais-valia dado ter sido possível integrar num mesmo espaço, todas as áreas técnicas compreendidas na Medicina Física e de Reabilitação, e que se encontravam dispersas no hospital».

Também o secretariado foi deslocado para um espaço com acesso ao exterior, facilitando o atendimento aos utentes que recorrem a este serviço.

O comunicado revela que o Serviço de Medicina Física e de Reabilitação desenvolve a sua atividade em três setores: Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Terapia da Fala. Em 2022, este serviço realizou um total de 174.311 tratamentos, o que corresponde a um crescimento de 13,5% da atividade comparativamente com o ano anterior. Destes, 156.513 são tratamentos de Fisioterapia, 5.963 de Terapia da Fala e 12.105 de Terapia Ocupacional. Foram, ainda, realizadas 3.475 consultas médicas.

Para saber mais, consulte:

CHBM > Destaques


Visita ao Hospital Fernando Fonseca

01/03/2023

Ministro da Saúde reconheceu dificuldades e agradeceu empenho dos profissionais

O Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, visitou esta terça-feira, dia 28 de fevereiro, o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, numa altura em que a grande afluência às urgências cria desafios acrescidos a todos os profissionais de saúde que asseguram esta resposta.

A visita concentrou-se no serviço de urgência, com o Ministro da Saúde a ter a oportunidade de verificar as adaptações de espaços que o hospital tem vindo a fazer, para acomodar um maior número de utentes, mesmo em condições difíceis.

O governante pode, ainda, conversar com muitos dos médicos, enfermeiros e outros profissionais que ali se encontravam, ouvindo as suas preocupações e sugestões e aproveitando para agradecer a dedicação que têm mesmo com condições de reposta que ainda não são as ideais. “Os profissionais do Serviço de Urgência têm feito um extraordinário trabalho para atender as pessoas com qualidade técnica e com humanismo, em condições muito difíceis”, afirmou o Ministro, reconhecendo que “as condições têm sido cronicamente muito difíceis”.

Na altura da visita, a urgência tinha internados mais de 100 doentes que aguardavam vaga no hospital, quando a capacidade ideal de resposta não deve exceder os 40 doentes. “Temos problemas estruturais de insuficiência de lugares de internamento, que exige uma atenção mais detalhada”, afirmou o governante.

Manuel Pizarro deu a garantia de que a tutela irá atuar para aumentar a capacidade das vagas de internamento do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca e, assim, diminuir o número de doentes internados no Serviço de Urgência. A solução, explicou, passará pela colaboração com outros hospitais da região de Lisboa e pela resposta mais rápida do setor social para libertar camas hospitalares que estão ocupadas com doentes que têm alta clínica, mas que continuam internados por questões sociais.

Na visita, o Ministro da Saúde foi acompanhado pela Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, por Eduardo Quinta Nova, Vereador da Câmara Municipal de Sintra, e pelo Vice-presidente da Câmara Municipal da Amadora, Vítor Ferreira.


Instituto Ricardo Jorge reúne com Organização Nacional Antidopagem de Cabo Verde

01-03-2023

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) recebeu, dia 24 de fevereiro, a visita do Presidente da Organização Nacional Antidopagem de Cabo Verde (ONAD-CV), Emanuel Passos, com vista a um possível protocolo entre as duas entidades para a realização de análises de amostras de controlo de dopagem. Este acordo de cooperação terá como principal objetivo fortalecer o combate à dopagem no arquipélago de Cabo Verde, beneficiando das capacidades de análise do Laboratório de Análises de Dopagem (LAD), recentemente integrado no INSA.

Além do representante máximo da ONAD-CV, a reunião, que teve lugar nas instalações do LAD, em Lisboa, contou ainda com a presença do Presidente e da Vogal do Conselho Diretivo do INSA, Fernando de Almeida e Cristina Abreu dos Santos, e do Diretor do LAD, João Ruivo. Na ocasião, foi debatida a possibilidade da celebração de um protocolo com vista à disponibilização da expertise do LAD como laboratório acreditado para a realização de análises de amostras de controlo de dopagem recolhidas pela ONAD-CV, aproveitando também a experiência do INSA na cooperação com Cabo Verde.

O LAD é uma das entidades nacionais de antidopagem, juntamente com a Autoridade Antidopagem de Portugal e o Colégio Disciplinar Antidopagem. É uma unidade com autonomia técnica e científica que iniciou a sua atividade em 1980 e obteve a sua primeira acreditação em 1987 pelo Comité Olímpico Internacional, tendo sido, continuamente, reconhecida a sua competência a nível nacional e internacional. Desde esse tempo, o laboratório cresceu a par da consciencialização política e social em relação à problemática da dopagem em Portugal e no mundo.

A ONAD-CV é um instituto público com funções no controlo e na luta contra a dopagem no desporto, nomeadamente enquanto entidade responsável pela adoção de regras com vista a iniciar, implementar ou aplicar qualquer fase do procedimento de controlo de dopagem. Tem como objetivos impulsionar ativamente a licitude, a igualdade e a saúde nas competições, disseminando, ao mesmo tempo, a ética e os valores do jogo limpo em todas as manifestações desportivas, bem como consolidar a consciência antidopagem e defender o direito fundamental de todos os atletas de participar numa competição livre de quaisquer formas de dopagem.

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