Monitorização da Mortalidade 2022 – Relatório – INSA
28-03-2023
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Epidemiologia, disponibiliza relatório “Monitorização da Mortalidade 2022”. Este documento tem como objetivos descrever a evolução da mortalidade por todas as causas em 2022 [entre a semana 01/2022 (03 a 09 de janeiro 2022) e a semana 52/2022 (26 de dezembro de 2022 a 01 de janeiro de 2023)], bem como identificar e analisar os períodos de excesso de mortalidade por todas as causas ocorridos.
Dado que o período de análise é a semana, o período de estudo não é coincidente com o ano civil. Como objetivo secundário descreveu-se a evolução da mortalidade por todas as causas para a população geral e por grupos etários quinquenais desde 1991.
Do relatório “Monitorização da Mortalidade 2022”, destacam-se os seguintes resultados:
- Entre a semana 01/2022 (03 a 09 de janeiro 2022) e a semana 52/2022 (26 de dezembro de 2022 a 01 de janeiro de 2023) foram registados 124.602 óbitos em Portugal (124.909, considerando o ano civil de 2022). Destes, 42.790 óbitos foram registados na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e 55.368 no grupo etário com 85 e mais anos de idade;
- No período em análise, foram identificados quatro períodos de excesso de mortalidade por todas as causas em Portugal (17 janeiro a 06 fevereiro; 23 maio a 19 junho; 04 julho a 07 agosto; 28 novembro a 18 dezembro). No total destes períodos foram estimados 6.135 óbitos em excesso (IC 95%: 5.214 – 7.056);
- Estes períodos foram coincidentes com vários eventos com potencial impacto na mortalidade (COVID-19, períodos de frio e calor extremos e epidemia de gripe), alguns dos quais ocorreram em simultâneo, e que estarão associados ao aumento da mortalidade observado nesses períodos;
- Foram observados períodos de excesso de mortalidade por todas as causas, de duração e magnitude variável, em todas as regiões de saúde, sendo que os períodos de excesso de mortalidade ocorridos no verão foram aqueles que atingiram um maior número de regiões. A região Norte foi aquela na qual se observou um maior número de semanas com excesso de mortalidade, distribuídas por quatro períodos ao longo do ano 2022. O Alentejo, Algarve e Açores foram as regiões nas quais se observou um menor número de semanas com excesso de mortalidade;
- Foram observados excessos de mortalidade no grupo etário entre os 15 e os 24 anos e nos grupos acima dos 65 anos, sendo que a duração dos períodos de excesso de mortalidade e a sua magnitude aumentou com a idade, atingindo o valor máximo no grupo etário acima dos 85 anos [4.572 óbitos em excesso (IC95%: 4.010 – 5.134)].
Consulte o relatório em acesso aberto aqui.
Instituto Ricardo Jorge identifica quatro períodos de excesso de mortalidade em 2022
28-03-2023
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Epidemiologia, efetuou um estudo com o objetivo de descrever a evolução da mortalidade por todas as causas durante o ano de 2022 em Portugal, bem como identificar e analisar os períodos de excesso de mortalidade.
De acordo com o trabalho realizado, foram identificados quatro períodos de excesso de mortalidade a nível nacional, totalizando 6.135 óbitos em excesso, tendo-se registado no período em estudo [semana 01/2022 à semana 52/2022 (03 janeiro de 2022 a 01 janeiro de 2023)] um total de 124.602 óbitos em Portugal.
Os períodos de excesso de mortalidade identificados foram:
- 17 janeiro a 06 fevereiro: 891 óbitos em excesso (12% de excesso em relação ao esperado), temporalmente coincidente com uma onda de COVID-19 e um período de temperaturas baixas;
- 23 maio a 19 junho: 1.744 óbitos em excesso (21% de excesso em relação ao esperado), temporalmente coincidente com uma vaga de COVID-19 e um período de temperaturas anormalmente elevadas para a época do ano;
- 04 julho a 07 agosto: 2.401 óbitos em excesso (25% de excesso em relação ao esperado), temporalmente coincidente com períodos de calor extremo;
- 28 novembro a 18 dezembro: 1.099 óbitos em excesso (15% de excesso em relação ao esperado), coincidentes com o período epidémico da gripe.
Dada a coincidência temporal, os especialistas do INSA concluíram que a maioria dos períodos de excessos de mortalidade identificados quer a nível nacional, quer a nível regional, terão estado potencialmente associados a fenómenos amplamente conhecidos por poderem ter impactos na mortalidade, particularmente, as epidemias de gripe e COVID-19 e os períodos de calor e frio extremo.
Segundo os autores desta análise, os impactos devido à gripe e COVID-19 terão sido inferiores do que os observados noutros invernos, por menor incidência de gripe e menor gravidade da pandemia de COVID-19, embora os impactos observados no verão tenham sido superiores aos observados em anos anteriores (ainda que dentro do esperado para a magnitude e duração dos períodos de calor registados).
Foram observados períodos de excesso de mortalidade em todas as regiões, embora com diferente duração e magnitude. A região Norte foi a região em que se identificou um maior número de semanas de excesso de mortalidade (18) distribuídas por quatro períodos. Observaram-se excessos de mortalidade no grupo etário dos 15 aos 24 anos de idade (estes provavelmente devidos a causas acidentais, embora os dados disponíveis não permitam confirmar esta hipótese) e nos grupos etários acima dos 65 anos, existindo um gradiente crescente com a idade em relação ao número de semanas em excesso de mortalidade (65-74 anos: 6 semanas; 75-84 anos: 9 semanas; e 85 mais: 22 semanas).
A monitorização da mortalidade por todas as causas é uma ferramenta útil na identificação de fenómenos de saúde, ou desastres de elevada gravidade ou de elevada incidência na população e impacto na mortalidade. Em Portugal, a monitorização da mortalidade é realizada, desde 2007, pelo Departamento de Epidemiologia do INSA, permitindo estimar impactos associados a diversos eventos, tais como epidemias de gripe, COVID-19, períodos de temperaturas extremas e acidentes.
Recolha voluntária do medicamento Psodermil (Betametasona + Ácido salicílico) 0.5 mg g + 30 mg g, pomada – Infarmed
Circular Informativa N.º 009/CD/550.20.001 Data: 24/01/2023
Para: Divulgação geral
Tipo de alerta: med
Contactos
- Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde (CIMI); Tel. 21 798 7373; Fax: 21 111 7552; E-mail: cimi@infarmed.pt; Linha do Medicamento: 800 222 444
28 mar 2023
A empresa Laboratório Edol, Produtos Farmacêuticos S.A irá proceder à recolha voluntária dos lotes do medicamento Psodermil, (Betametasona + Ácido salicílico), 0.5 mg/g + 30 mg/g, pomada, n.º de registo 9774109- apresentação 30 g, por terem sido detetadas informações incorretas na embalagem secundária do referido medicamento.
Assim, o Infarmed determina a suspensão imediata da distribuição destes lotes.
Lote | Prazo de validade |
211244 | 12/2024 |
220632 | 06/2025 |
220919 | 09/2025 |
Face ao exposto:
- As entidades que possuam estes lotes de medicamento em stock não os podem vender, dispensar ou administrar, devendo proceder à sua devolução.
- Os doentes que estejam a utilizar medicamentos pertencentes a estes lotes não devem interromper o tratamento.
A Vogal do Conselho Diretivo
(Erica Viegas)
Candidaturas abertas para a 16.ª edição do Prémio de Boas Práticas em Saúde – ACSS
O prazo para apresentação de candidaturas ao Prémio de Boas Práticas em Saúde (PBPS) vai decorrer até ao próximo dia 30 de abril, de acordo com a informação disponibilizada pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
A 16.ª Edição do PBPS, centra-se na temática “Desafios Futuros: Sustentabilidade na Saúde”, com foco nos seguintes subtemas:
- Capital Humano da saúde;
- Transformação digital para a otimização de cuidados;
- Organizações de saúde “verdes”;
- Organização dos cuidados de saúde;
- Integração de Cuidados de Saúde e Respostas de Proximidade.
O PBPS é uma iniciativa organizada pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar, Direção-Geral da Saúde, Administração Central do Sistema de Saúde e Administrações Regionais de Saúde, com a colaboração das Direções Regionais de Saúde dos Açores e da Madeira.
A atribuição deste prémio tem como principal objetivo distinguir e premiar, a nível nacional, o trabalho dos profissionais ou equipas em serviços/unidades de saúde, no âmbito da qualidade e inovação, que representem mais-valias para a melhoria dos resultados em saúde.
As candidaturas devem ser submetidas online, através do formulário disponível para o efeito, no portal do Prémio Boas Práticas em Saúde, a partir do dia 27 de março até ao final de abril.
Cronograma para a edição de 2023:
- Receção e validação das candidaturas – 27 de março a 30 de abril (encerramento às 18h);
- Pré-seleção – 3 a 18 de maio;
- Avaliação científica – 22 de maio a 7 de julho;
- Comunicação de resultados – até 7 de agosto.
O Encontro para apresentação dos projetos nomeados, exposição de posters e divulgação dos Prémios, será realizado, pela primeira vez, no âmbito do pré-congresso do 46.º Congresso Mundial dos Hospitais, no dia 24 de outubro de 2023.
Publicado em 28/3/2023