
Relatório N.º 2 da Vacinação Sazonal 2025/2026 – DGS

Entre 23 de setembro de 2025 e 5 de outubro de 2025 foram vacinadas 304.554 pessoas com o reforço sazonal contra a COVID-19 e 514.906 pessoas contra a Gripe.
Os dados constam do Relatório N.º 2 da Vacinação Sazonal 2025/2026, publicado semanalmente pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
O Relatório da Vacinação Sazonal 2025/2026 de 7 de outubro de 2025 está disponível aqui:
Circular Informativa conjunta INFARMED/CIAV | Risperidona solução oral – Risco de sobredosagem acidental na população pediátrica
Para: Divulgação geral
Tipo de alerta: med
Contactos
- Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde (CIMI); Tel. 21 798 7373; E-mail: cimi@infarmed.pt; Linha do Medicamento: 800 222 444 | Centro de Informação Antivenenos (CIAV); linha telefónica exclusiva – 800 250 250 (chamada gratuita);
06 out 2025
O INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P e o Centro de Informação Antivenenos (CIAV) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), informam que foram notificados casos de sobredosagem acidental com risperidona solução oral na população pediátrica; Risperidona Pharmakern; Risperidona Generis; Risperdal; Risperidona toLife, devido sobretudo, a erros de interpretação da dose nas seringas doseadoras/pipetas graduadas que acompanham o medicamento, sendo que alguns dos casos apresentaram sintomas extrapiramidais (tais como tremores, rigidez muscular, lentidão motora, dificuldades da marcha, entre outros).
Os profissionais de saúde devem instruir os cuidadores e doentes no uso correto dos doseadores e informá-los sobre os sinais e sintomas de sobredosagem com risperidona e da necessidade de ajuda médica imediata em caso de suspeita ou confirmação de sobredosagem.
Siga as instruções conforme indicadas no folheto informativo.
Portugal lidera elaboração de nova orientação europeia sobre classificação de substâncias ativas – Infarmed
07 out 2025
A Direção Europeia da Qualidade dos Medicamentos e Cuidados de Saúde (EDQM, na sigla em inglês) publicou uma nova orientação sobre a classificação de substâncias ativas relativamente ao seu regime de dispensa — ou seja, se devem ser disponibilizadas mediante receita médica ou sem necessidade de prescrição. O documento teve como relator Portugal, através de Sandra Monteiro, da Direção de Avaliação de Medicamentos (DAM) do Infarmed, reforçando mais uma vez a participação ativa do instituto público a nível europeu.
Esta orientação foi desenvolvida para apoiar as recomendações do Comité de Peritos sobre a Classificação dos Medicamentos quanto ao seu Regime de Dispensa (CD-P-PH/PHO), do qual Sandra Monteiro é presidente, e constitui uma ferramenta útil para as autoridades nacionais e titulares de autorização de introdução no mercado (empresas farmacêuticas). O seu objetivo é contribuir para uma maior harmonização das decisões sobre a classificação de medicamentos em toda a Europa, quer através da aplicação direta do documento, quer por via das recomendações emitidas pelo comité. A nível nacional os princípios constantes desta norma orientadora já são tidos em conta na avaliação da classificação quanto dispensa de medicamentos.
“Esta nova orientação representa um passo importante para reforçar a coerência e a transparência nas recomendações do comité sobre a classificação de medicamentos, que se irá refletir a nível europeu por uma maior harmonização de decisões dos diferentes países. Ao estabelecer critérios claros e alinhados entre diferentes países, contribuímos desta forma para uma maior proteção da saúde pública e para o acesso seguro e informado dos cidadãos aos medicamentos”, salienta Sandra Monteiro.
O documento propõe uma avaliação em dois níveis. No primeiro nível, são analisadas as características da substância ativa, a forma farmacêutica/via de administração, bem como a indicação terapêutica, permitindo determinar se o medicamento deve ser classificado como sujeito a receita médica ou se necessita de avaliação adicional com a perspetiva de poder ser dispensado sem receita. Quando aplicável, o segundo nível considera outros parâmetros essenciais para uma eventual dispensa sem receita, como a utilização do medicamento em contexto de não-prescrição, o perfil de segurança, a posologia, a duração do tratamento, a utilização por populações especiais, as medidas de mitigação de risco, os dados pós-comercialização disponíveis e o impacto socioeconómico.
O documento pode ser consultado nesta página. Para fazer o download, basta adicioná-lo ao “cesto”, preencher os campos solicitados e indicar o endereço de e-mail para onde será enviado.
60 anos do Programa Nacional de Vacinação

O Programa Nacional de Vacinação criado em 1965 completa este ano o seu 60.º aniversário. O PNV permitiu erradicar e controlar algumas doenças e mudou por completo o retrato da saúde infantil em Portugal.
Para assinalar a data, a Direção-Geral da Saúde organizou a conferência 60 Anos do Programa Nacional de Vacinação – A Pensar no Futuro, onde estiveram em destaque as conquistas e o sucesso do PNV ao longo das últimas seis décadas, mas também os desafios para os próximos anos.
Numa mensagem transmitida nesta conferência, a Ministra da Saúde destacou o Programa Nacional de Vacinação como «um dos maiores patrimónios da Saúde no nosso país» e afirmou que «o PNV tem sido um pilar central do nosso Serviço Nacional de Saúde – promovendo a equidade, prevenindo doenças que outrora causavam sofrimento, hospitalizações e mortes, e contribuindo decisivamente para a melhoria da qualidade de vida das famílias portuguesas».
Ana Paula Martins reafirmou ainda «o compromisso do Governo com a manutenção e o fortalecimento do PNV», continuando a assegurar a gratuitidade e acesso universal, inovação e atualização científica, confiança e transparência e ainda coordenação e qualidade logística, nomeadamente para assegurar que as vacinas disponíveis cheguem no momento certo, com segurança e com a rede de aplicação necessária.
Também presente nesta conferência, que decorreu na Fundação Champalimaud, o Secretário de Estado da Gestão da Saúde, Francisco Rocha Gonçalves, sublinhou na sua intervenção que «a confiança dos portugueses nas vacinas é das mais elevadas da Europa e do Mundo», sendo a taxa de adesão superior a 95% e atingindo quase os 100% no primeiro ano de vida.
Congresso Mundial de Saúde Mental realiza-se pela primeira vez em Portugal

Barcelos recebe especialistas de todo o mundo para debater Saúde Mental e Sustentabilidade
De 30 de outubro a 1 de novembro, Portugal acolhe pela primeira vez o Congresso Mundial de Saúde Mental, que terá lugar em Barcelos. O evento é organizado pela Câmara Municipal de Barcelos e pela Federação Mundial de Saúde Mental (WFMH), em parceria com a Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental.
Sob o tema “Saúde Mental e Sustentabilidade Social: uma abordagem centrada na sociedade e comunidade”, o congresso reunirá durente três dias cerca de 400 participantes, entre académicos, profissionais de saúde, representantes institucionais e organizações da sociedade civil, oriundos de países como Portugal, Argentina, Índia, Brasil, Nigéria, México, Chile, Colômbia, África do Sul e Egito.
O encontro contará com a presença de figuras de referência mundial na área da saúde mental, incluindo Mark Humphrey Van Ommeren (OMS – Genebra), José Luís Pedreira Massa (Espanha), Joseph Knobel Freud (Espanha), Paulo Amarante (Brasil), Roberto Mezzina (Itália) e Alberto Trimboli (Argentina), entre muitos outros.
Barcelos, que detém o título de Primeira Capital Mundial da Saúde Mental (2023-2026), será palco de um debate global sobre políticas, estratégias e boas práticas que promovem a saúde mental e a sustentabilidade social, reforçando o papel das comunidades na resposta a este desafio.
A organização apela à participação de instituições públicas e privadas, bem como da sociedade civil, sublinhando que “a saúde mental diz respeito a todos”. Esta edição, a XXIV do Congresso Mundial de Saúde Mental, será uma oportunidade única para refletir sobre políticas públicas, cuidados comunitários e programas de reabilitação psicossocial baseados na melhor evidência científica.
Desde a sua criação, este evento bienal de referência realizou-se em 21 cidades de 20 países, tendo decorrido já nos cinco continentes. Esta é a primeira vez que tem lugar em Portugal, que passa a ser o sétimo país europeu a acolher o Congresso Mundial de Saúde Mental da WFMH.
Atualmente presidida pelo psiquiatra japonês Tsuyoshi Akiyama, a WFMH foi criada em 1948 com a missão de promover a saúde mental à escala planetária, designadamente ao nível da promoção das perturbações mentais e emocionais e do tratamento e cuidados apropriados.
Mais informações: Município de Barcelos / Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental
Site oficial: wfmhcongress2025.com
Ministra da Saúde em Luanda, Angola

A Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, esteve em Luanda, Angola, a convite da sua homóloga angolana, durante três dias. A visita surge no âmbito do Protocolo de Cooperação Bilateral assinado entre os dois países, em fevereiro, e que tem como principal objetivo a formação de recursos humanos.
O protocolo prevê a formação de profissionais de saúde de Angola em Portugal, nomeadamente médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico e laboratório.
No âmbito desta cooperação, já fizeram estágios de formação em Portugal 117 médicos angolanos de medicina geral e familiar. E, em breve, mais 25 clínicos de especialidades hospitalares irão fazer estágios de 18 meses em cinco Unidades Locais de Saúde (ULS) das regiões Norte, Centro e Lisboa e Vale do Tejo.
Durante a visita, a Ministra da Saúde visitou várias unidades de saúde de Luanda, começando pelo Hospital Municipal de Talatona, uma unidade de cuidados primários, com blocos para partos de baixo risco e um centro de vacinação. Recorde-se que Angola é um dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) que beneficia do apoio da GAVI, a quem Portugal fez, há poucos meses, uma doação de 2,5 milhões de euros para vacinas destinadas aos PALOP.
Acompanharam a Ministra da Saúde nesta visita uma delegação que integrou o Diretor Executivo do SNS, Álvaro Almeida, o Presidente do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, Fernando Almeida, e o Diretor do Departamento de Cooperação e Relações Internacionais da Secretaria-Geral do Ministério da Saúde, Francisco Pavão.
Sempre acompanhados pela Ministra da Saúde de Angola, Sílvia Lutucuta, e por altos dirigentes do Ministério da Saúde angolano, a delegação portuguesa visitou também o Hospital Geral Tonha Pedalé, um hospital recém-inaugurado de alta complexidade, e o Centro Materno-Infantil Cardeal Nascimento.
Realizou-se ainda um encontro bilateral de alto nível entre as duas governantes, acompanhadas das respetivas delegações. No encontro, a ministra da República de Angola sublinhou a importância da formação de profissionais de saúde angolanos, que considerou “um pilar essencial da cooperação entre os dois países”. E afirmou a sua disponibilidade em “acolher profissionais de saúde portugueses para fazerem estágios em Angola, em doenças tropicais, dada a especificidade epidemiológica local”.
As duas governantes conversaram também sobre a possibilidade de alargar a cooperação às áreas da engenharia hospitalar e da gestão de unidades de saúde.
A cooperação entre Portugal e Angola na área da saúde está alinhada com a Estratégia da Cooperação Portuguesa 2030, com destaque para o Programa PARES (Programa de Apoio à Resposta de Saúde nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa).
Vice-presidente do Infarmed participa na BIOMEET 2025 para debater distribuição de proximidade nas doenças raras
06 out 2025
O vice-presidente do Infarmed, Carlos Lima Alves, participou na terça-feira, 30 de setembro, na mesa-redonda “Distribuição de proximidade nas doenças raras: presente ou futuro?”, integrada na BIOMEET 2025, o encontro anual do setor português de biotecnologia, que decorreu no Taguspark Conference Centre, em Oeiras.
Durante o debate, foram discutidos os desafios e oportunidades da dispensa em proximidade de medicamentos, melhorando o acesso à terapêutica, o papel das farmácias e hospitais, e o enquadramento regulatório necessário para garantir segurança e equidade.
“A implementação do regime de dispensa em proximidade de medicamentos hospitalares para tratamento de doenças crónicas, incluindo doenças raras, constitui um enorme desafio pela complexidade de todos os processos tecnológicos, logísticos e organizacionais que exige. Contudo, o enorme esforço que nesta fase se torna necessário, é totalmente justificado pelos enormes ganhos que serão alcançados: acesso e adesão à terapêutica reforçados, redução das deslocações dos doentes (muitas vezes agravado pelas dificuldades inerentes à própria doença), ganhos de eficiência nas farmácias hospitalares e libertação de recursos humanos para outras atividades”, frisou Carlos Lima Alves.
“O Infarmed tem tido nos últimos seis anos um papel muito relevante na preparação de todo este processo, liderando e integrando grupos de trabalho, garantindo o enquadramento regulamentar necessário, e atualmente, fazendo parte da equipa de acompanhamento que tem vindo a coordenar todas as atividades de implementação do projeto”, acrescentou.
A sessão foi moderada por Filipe Assoreira (Purpose Pharma) e contou ainda com a participação de Patrícia Guimarães (Farmácia Gramacho), Pedro Soares (ULS São João), Paulo Gonçalves (RD-Portugal), Catarina Paulino (APAH – Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares) e Nadine Ribeiro (Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde).
11ª Reunião da Vigilância Epidemiológica da Gripe em Portugal – INSA

07-10-2025
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), em colaboração com a Direção-Geral da Saúde, promove, dia 21 de outubro, no seu auditório em Lisboa, a 11ª Reunião da Vigilância Epidemiológica da Gripe em Portugal. O encontro tem como principal objetivo divulgar a análise dos dados da época de gripe de 2024/2025, bem como fortalecer a comunicação entre todos os interessados nas questões da vigilância epidemiológica da gripe e no Programa Nacional de Vigilância da Gripe (PNVG).
A participação na 11ª Reunião da vigilância epidemiológica da gripe e de outros vírus respiratórios em Portugal, que será transmitida online, é gratuita, mas sujeita a registo prévio e limitada ao número de vagas. Os interessados em participar no evento, presencialmente ou online, deverão efetuar a sua inscrição, até ao dia 24 de outubro, através do preenchimento do respetivo formulário.
Na reunião serão divulgados os dados clínicos e laboratoriais referentes à época de gripe de 2024/2025, incluindo a informação sobre a deteção do vírus da gripe, SARS-CoV-2 e vírus sincicial respiratório, bem como a importância da vigilância e caraterização de outros vírus respiratórios. De acordo com o programa, além do contributo da Direção-Geral da Saúde, a sessão terá intervenção de Raquel Guiomar, responsável pelo Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios, e de Ana Paula Rodrigues, médica de Saúde Pública do Departamento de Epidemiologia do INSA.
A Gripe é uma doença respiratória sazonal que afeta todos os invernos a população portuguesa, com especial importância os grupos dos mais jovens e idosos e portadores de doença crónica podendo originar complicações que conduzam ao internamento hospitalar. A vigilância da gripe a nível nacional é suportada pelo PNVG, que é reativado todos os anos a seguir ao verão.
O PNVG tem como objetivos a recolha, análise e disseminação da informação sobre a atividade gripal, assim como a identificação e caracterização dos vírus da gripe em circulação em cada época e a identificação de vírus emergentes com potencial pandémico e que constituam um risco para a saúde pública. Compete ao Departamento de Doenças Infeciosas, através do seu Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe, a vigilância epidemiológica da gripe, em colaboração com o Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge.
Dia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge – 2025

06-10-2025
Assinala-se no próximo dia 7 de novembro o Dia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que este ano comemora o seu 126º aniversário. O programa das celebrações, que terão lugar no auditório do Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas (ISCSP) da Universidade de Lisboa, e decorrerão em formato híbrido, prevê a realização de uma Conferência-debate intitulada IA e Transformação Digital em Saúde: “A Nova Fronteira da Ciência”, proferida por Sílvia Curado, diretora de Investigação na New York University Grossman School of Medicine e presidente da Portuguese American Post Graduate Society.
Com moderação de Cristina Abreu Santos, vogal do Conselho Diretivo do INSA, e comentários de Raquel Duarte, diretora do Centro de Saúde Pública Doutor Gonçalves Ferreira (CSPGF), a conferência-debate contará ainda com um painel de discussão constituído por Ricardo Batista Leite (Chief Executive Officer da Health AI – The Global Agency for Responsible AI in Health), Filipa Fixe (responsável da Divisão de Saúde e Ciências da Vida na KPMG Portugal) e Carlos Martins (presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Santa Maria).
O programa das comemorações prevê ainda uma sessão solene presidida pela Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, na qual serão homenageados colaboradores do INSA com 30 ou mais anos de serviço. O evento será transmitido através das redes sociais do INSA (Facebook, Twitter e YouTube).
Fundado em 1899 pelo médico e humanista Ricardo Jorge, o INSA desenvolve uma tripla missão como laboratório do Estado no setor da saúde, laboratório nacional de referência e observatório nacional de saúde. O INSA tem por missão contribuir para ganhos em saúde pública através de atividades de investigação e desenvolvimento tecnológico, atividade laboratorial de referência, observação da saúde e vigilância epidemiológica, bem como coordenar a avaliação externa da qualidade laboratorial, difundir a cultura científica, fomentar a capacitação e formação e ainda assegurar a prestação de serviços diferenciados.


