Teor de sal em diferentes categorias de alimentos: a realidade nacional comparada com outros países europeus – INSA

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31-07-2018

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Alimentação e Nutrição, analisou e comparou o teor de sal em diferentes categorias de alimentos comercializados no mercado português e em mercados de outros países europeus. Este trabalho teve como objetivo o conhecimento da realidade nacional atual e comparada entre países, tendo em conta as metas estabelecidas pela Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS) até 2020.

De acordo com os resultados deste trabalho, verifica-se que Portugal e os países europeus avaliados apresentam elevadas quantidades de sal nos géneros alimentícios considerados, sendo reduzido o número de valores que são iguais ou inferiores aos valores de referência da EIPAS. As categorias estudadas – sopa, fiambre, queijo e tostas – apresentaram no mercado português, teores médios de sal, em g/100 g, de 0,61; 2,3; 2,6 e 1,2 respetivamente, exigindo um esforço conjunto de todas as partes envolvidas para se atingir a meta geral de 0,3 g de sal por 100 g de alimento (0,2 g/100 g para a sopa) definida na EIPAS para 2020.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mundo, tirando a vida a 17,7 milhões de pessoas anualmente, o que corresponde a 31% do total de mortes registadas e uma das mais importantes causas de morbilidade, com a consequente perda de anos de vida saudável. O consumo excessivo de sal é um importante fator de risco para o desenvolvimento da hipertensão arterial e consequentemente para o aparecimento de doenças cardiovasculares e de outros problemas de saúde.

“Teor de sal em diferentes categorias de alimentos: a realidade nacional comparada com outros países europeus” foi publicado no Boletim Epidemiológico Observações, publicação científica editada pelo Instituto Ricardo Jorge em acesso aberto e que visa contribuir para o conhecimento da saúde da população, os fatores que a influenciam, a decisão e a intervenção em Saúde Pública, assim como a avaliação do seu impacte na população portuguesa. Para consultar o artigo de Roberto Brazão, Andreia Vargues, Paulo Fernandes, M. Graça Dias, clique aqui.