INSaFLU | Plataforma bioinformática: Instituto Ricardo Jorge promove sessão pública de apresentação a 7 de fevereiro

06/02/2018

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge) promove, dia 7 de fevereiro, pelas 11 horas, nas suas instalações em Lisboa, uma sessão pública de apresentação da plataforma bioinformática INSaFLU, uma tecnologia inovadora que permitirá fortalecer a vigilância da gripe.

A iniciativa, que será transmitida por videoconferência no Centro de Saúde Pública Doutor Gonçalves Ferreira (Porto), tem como objetivo demonstrar a utilização e o potencial desta nova plataforma usando já como modelo dados da presente época gripal.

INSaFLU («INSide the FLU») é a primeira plataforma online, a nível mundial, de livre acesso e de fácil utilização para a integração da análise total do genoma do vírus influenza na vigilância da gripe, o que será decisivo para o aumento do conhecimento e da inovação em áreas fundamentais para a prevenção e o controlo desta doença. A nova ferramenta será decisiva, por exemplo, para o melhor design das vacinas antigripais, para a identificação dos mecanismos genéticos responsáveis pela resistência a fármacos antivirais e para uma melhor compreensão da capacidade de transmissão e virulência do vírus influenza.

Desenvolvida pelo Núcleo de Bioinformática e pelo Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe, esta plataforma já foi considerada de grande valor pelos parceiros da Rede Europeia de Vigilância da Gripe. No seguimento da disponibilização desta nova ferramenta de vigilância, no passado dia 25 de janeiro, especialistas do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) na área da gripe solicitaram ao Instituto Ricardo Jorge uma demonstração do funcionamento da plataforma.

Tradicionalmente, a vigilância da gripe tem sido realizada através do estudo genético de uma pequena porção do vírus influenza. No entanto, dada a limitada informação inerente a esta abordagem e ao recente desenvolvimento da sequenciação total do genoma para agentes microbianos patogénicos, as autoridades de saúde mundiais emitiram fortes recomendações no sentido de passar a ser utilizada esta metodologia para a vigilância da gripe.

Um dos principais obstáculos à análise dos dados da sequenciação total do genoma prende-se com a necessidade de aplicar métodos complexos de bioinformática, os quais requerem um expertise especializado não disponível na maior parte dos laboratórios a nível mundial. A plataforma INSaFLU permite ultrapassar esta lacuna, já que qualquer microbiologista, mesmo sem conhecimentos em bioinformática, pode proceder à análise do genoma total do vírus influenza.

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