O Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) promove o seu III Congresso nos dias 25, 26 e 27 de junho, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. O evento integra as comemorações dos 10 anos do Fórum Nacional Álcool e Saúde, bem como do Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas, assinalado anualmente a 26 de junho.

A abertura do segundo dia da iniciativa ficou a cargo do Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, que assinalou a efeméride que se comemora. «Saibamos nós corresponder a este apelo, para desenvolvermos estratégias mais adequadas ao tempo presente», destacou o dirigente, referindo-se ao lema da Organização das Nações Unidas para o Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas 2018: «Ouve primeiro – Ouvir as crianças e os jovens é um primeiro passo para os ajudar a crescerem saudáveis e em segurança».

O Ministro da Saúde salientou que «o chamado “modelo português” é muito mais do que isso, já que assenta no princípio humanista que conduziu a uma abordagem de Saúde Pública, presente em todas as áreas de intervenção. Se, por um lado, continua a haver uma intensa e profícua atividade de combate ao tráfico e à disponibilidade de drogas no mercado interno e no mercado europeu, por outro lado, continua a haver um claro sinal de desaprovação social do uso de drogas».

Por outro lado, «a descriminalização, bem como as áreas da redução da procura (tratamento, redução de riscos e minimização de danos, dissuasão, reinserção social), assenta num profundo respeito dos direitos e da dignidade das pessoas que usam drogas, postura que desde há muitos anos vem pautando a atuação do Estado Português e que não é demais evocar quando se celebram os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem», salientou.

Adalberto Campos Fernandes referiu ainda uma das mais recentes inovações na abordagem ao tema das dependências, dando como exemplo o SICAD. «Não é apenas semântica: o SICAD e os seus parceiros abordam os problemas colocados pelas substâncias ilícitas, mas também pelo álcool, pelo abuso de medicamentos, de anabolizantes e, ainda, de comportamentos sem substância, como o jogo, e, de forma crescente, também os comportamentos relacionados com o ecrã».

De acordo com o programa da congresso, durante a manhã, a redução de riscos e a minimização de danos serão o tema central, com destaque para as «respostas para o envelhecimento» e para as «questões de género». Para a tarde fica reservada a discussão acerca do jogo, que abordará não só o jogo tradicional, como o jogo online, através da participação de vários especialistas nas áreas da intervenção e na regulação.

No último dia, 27 de junho, é assinalado o 10.º aniversário do Fórum Nacional Álcool e Saúde. Visões da procura, oferta e Administração Pública darão o mote aos três workshops agendados para a tarde.

Para saber mais, consulte:

Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências > III Congresso e 10 anos FNAS