Saúde nas prisões: Protocolo garante tratamento de reclusos com VIH e hepatites B e C

16/07/2018

A Direção-Geral da Reinserção e dos Serviços Prisionais (DGRSP) e 28 instituições hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS) assinaram esta segunda-feira, dia 16 de julho, protocolos no âmbito do tratamento das infeções por Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) e das hepatites virais na população reclusa.

Os protocolos foram assinados no Estabelecimento Prisional de Lisboa durante a cerimónia «Eliminar a Hepatite C nos Estabelecimentos Prisionais até 2020», que contou com a presença do Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e da Ministra da Justiça, Francisca Van Dunem.

Com este protocolo, os médicos passam a deslocar-se às prisões para cuidar da população reclusa infetada com VIH, hepatites B e C de 45 estabelecimentos prisionais do continente. Vão também começar a ser realizados rastreios à entrada, durante e no final do período de reclusão.

O combate às infeções por VIH e das hepatites virais B e C é uma questão de saúde pública prioritária a nível mundial e encontram maior prevalência na população prisional. Em Portugal, de acordo com os dados do Ministério da Justiça, 4,5% da população reclusa está infetada com VIH, 1,2% tem hepatite B e 10,1% tem hepatite C.

Através destes protocolos será possível alcançar as metas definidas pela Organização Mundial de Saúde, nomeadamente o tratamento de todos os reclusos infetados por VIH e a eliminação da hepatite C nas prisões até 2020.

A realização destas consultas de especialidade nas prisões aposta na proximidade e permite racionalizar o tempo e a utilização de meios materiais e humanos da DGRSP e do SNS.