Prevalência de excesso de peso e de obesidade em Portugal: resultados do primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico – INSA

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06-09-2018

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge efetuou um estudo com o objetivo de descrever as prevalências de excesso de peso e de obesidade na população portuguesa em 2015, através de medições antropométricas diretas obtidas no âmbito do 1º Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015), estratificadas de acordo com as variáveis sexo, idade, região, nível de escolaridade e situação perante o trabalho. Resultados indicam que 38,9% da população adulta (25-74 anos) tinha excesso de peso e 28,7% sofria de obesidade.

Desenvolvido pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge, este trabalho indica também que, em 2015, a prevalência de excesso de peso era maior no sexo masculino (45,4%), enquanto que a prevalência de obesidade era maior no sexo feminino (32,1%). De acordo com os autores do estudo, o nível educacional parece ser um fator socioeconómico importante para a prevalência de obesidade, sendo os indivíduos com menor escolaridade os mais afetados por esta condição.

Os adultos portugueses com menor nível de escolaridade tinham maior prevalência de obesidade (39,4%), mas o grupo de indivíduos com ensino superior era o mais afetado pelo excesso de peso (42,8%). O grupo de indivíduos sem atividade profissional remunerada (estudantes, domésticas e reformados) eram os que tinham prevalência mais elevada de excesso de peso e a prevalência de obesidade era maior para os indivíduos com atividade profissional remunerada, embora não existam diferenças estatisticamente significativas.

No que respeita ao grupo etário, verificou-se que os adultos portugueses com idade compreendida entre os 45 e os 54 anos eram os mais afetados pelo excesso de peso (43,7%) e os indivíduos com idade entre os 65 e os 74 anos eram os mais afetados pela obesidade (41,8%). A prevalência de excesso de peso oscilou entre 35,1% na região Lisboa e Vale do Tejo e 42,1% na região Norte, enquanto a prevalência da obesidade oscilou entre 23,2% na região Algarve e 32,5% na Região Autónoma dos Açores.

“Prevalência de excesso de peso e de obesidade em Portugal: resultados do primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015)” foi publicado no Boletim Epidemiológico Observações, publicação científica editada pelo Instituto Ricardo Jorge em acesso aberto e que visa contribuir para o conhecimento da saúde da população, os fatores que a influenciam, a decisão e a intervenção em Saúde Pública, assim como a avaliação do seu impacte na população portuguesa. Para consultar o artigo de Vânia Gaio, Liliana Antunes, Marta Barreto, Ana Gil, Irina Kislaya, Sónia Namorado, Ana Paula Rodrigues, Ana Santos, Baltazar Nunes e Carlos Matias Dias, clique aqui.


Inquérito revelou excesso de peso em 39% da população adulta

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge efetuou um estudo com o objetivo de descrever as prevalências de excesso de peso e de obesidade na população portuguesa em 2015, através de medições antropométricas diretas obtidas no âmbito do 1º Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015), estratificadas de acordo com as variáveis sexo, idade, região, nível de escolaridade e situação perante o trabalho. Resultados indicam que 38,9% da população adulta (25-74 anos) tinha excesso de peso e 28,7% sofria de obesidade.

Desenvolvido pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge, este trabalho indica também que, em 2015, a prevalência de excesso de peso era maior no sexo masculino (45,4%), enquanto que a prevalência de obesidade era maior no sexo feminino (32,1%). De acordo com os autores do estudo, o nível educacional parece ser um fator socioeconómico importante para a prevalência de obesidade, sendo os indivíduos com menor escolaridade os mais afetados por esta condição.

Os adultos portugueses com menor nível de escolaridade tinham maior prevalência de obesidade (39,4%), mas o grupo de indivíduos com ensino superior era o mais afetado pelo excesso de peso (42,8%). O grupo de indivíduos sem atividade profissional remunerada (estudantes, domésticas e reformados) eram os que tinham prevalência mais elevada de excesso de peso e a prevalência de obesidade era maior para os indivíduos com atividade profissional remunerada, embora não existam diferenças estatisticamente significativas.

No que respeita ao grupo etário, verificou-se que os adultos portugueses com idade compreendida entre os 45 e os 54 anos eram os mais afetados pelo excesso de peso (43,7%) e os indivíduos com idade entre os 65 e os 74 anos eram os mais afetados pela obesidade (41,8%). A prevalência de excesso de peso oscilou entre 35,1% na região Lisboa e Vale do Tejo e 42,1% na região Norte, enquanto a prevalência da obesidade oscilou entre 23,2% na região Algarve e 32,5% na Região Autónoma dos Açores.

Estes dados são apresentados no artigo «Prevalência de excesso de peso e de obesidade em Portugal: resultados do primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015)» realizado por Vânia Gaio, Liliana Antunes, Marta Barreto, Ana Gil, Irina Kislaya, Sónia Namorado, Ana Paula Rodrigues, Ana Santos, Baltazar Nunes e Carlos Matias Dias, publicado na última edição do Boletim Epidemiológico Observações.

Para saber mais, consulte:

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