VIH, Tuberculose e Hepatite Viral: erradicação da epidemia na 73.ª UNGA

27/09/2018

Esta quinta-feira, dia 27 de setembro, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde (SEAS), Fernando Araújo, participa no evento sobre erradicação do VIH, tuberculose e hepatite viral por, meio da colaboração intersectorial, na Europa e na Ásia Central (Side Event on Ending HIV, Tuberculosis and Viral Hepatitis through intersectoral collaboration), que decorre paralelamente à 73.ª Assembleia Geral das Nações Unidas (UNGA – General Assembly of the United Nations ), em Nova Iorque.

O evento, co-organizado pela missão permanente da República Eslovaca para as Nações Unidas, o escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa e a organização internacional para a migração, serve como plataforma para discutir como a colaboração intersectorial, em diferentes níveis, pode alavancar o progresso adicional, tanto para acabar com a epidemia como para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com o espírito de «não deixar ninguém para trás».

De acordo com a organização, foram alcançadas melhorias substanciais de saúde na Região Europeia, com uma expectativa de vida crescente e diminuição gradual das desigualdades entre os países. No entanto, a tendência não se verifica na população mais pobre e em situações de vulnerabilidade. Verificando-se esta situação também em relação à tuberculose, VIH e hepatite viral.

Apesar de ter registado a mais rápida descida nas taxas de tuberculose entre todas as regiões da OMS, a Região Europeia, que inclui a Ásia Central, ainda tem a maior proporção de tuberculose multirresistente a nível mundial e é a área com a mais rápida taxa de aumento de novas infeções pelo VIH.

Garantir a saúde e o bem-estar para todos em todas as idades e «não deixar ninguém para trás» são valores centrais incorporados na agenda das Nações Unidas 2030 para o desenvolvimento sustentável. Para o efeito, existe uma coligação baseada na questão da saúde e do bem-estar para todos, a fim de promover a cooperação transectorial na região europeia.

«O evento paralelo apresenta uma oportunidade única para lançar a referida posição comum e de intercâmbio de boas práticas», refere a organização.

Para saber mais, consulte:

  • Organização das Nações Unidas > Assembleia Geral (em inglês, francês, espanhol, árabe, chinês e russo)

MS e SEAS na 73.ª reunião de alto nível das Nações Unidas, dia 27

O Ministro da Saúde (MS), Adalberto Campos Fernandes, e o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde (SEAS), Fernando Araújo, que marcam presença na 73.ª Assembleia Geral das Nações Unidas (UNGA – General Assembly of the United Nations ), participam, esta quinta-feira, dia 27 de setembro, numa reunião sobre prevenção e controlo de doenças não transmissíveis.

Com esta iniciativa, a organização pretende fazer uma revisão abrangente do progresso alcançado na implementação de medidas para prevenção da morte precoce por doenças cardíacas e pulmonares, cancro e diabetes.

De acordo com o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em 2017, as doenças não transmissíveis matam em cada ano mais de 40 milhões de pessoas, das quais 15 milhões têm entre 30 e 70 anos.

As doenças cardiovasculares são responsáveis pelo maior número de mortes dentro das não transmissíveis, 17,7 milhões por ano, seguidas do cancro, com 8,8 milhões, das doenças respiratórias, 3,9 milhões, e da diabetes, 1,6 milhões.

Para medir a eficácia do controlo das doenças não transmissíveis em cada país, a OMS estabeleceu 19 metas, entre elas o aumento do preço do tabaco e políticas para reduzir a ingestão de sal.

A este propósito, destaca-se a Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável, publicada pelo Governo português em 2017. Identifica um amplo conjunto de medidas de promoção da saúde e prevenção de doenças.

Esta estratégia envolve um total de sete ministérios, mapeia 52 medidas concretas e está estruturada em quatro eixos:

  1. Modificar o meio ambiente onde as pessoas escolhem e compram alimentos, através da modificação da disponibilidade de alimentos em certos espaços físicos, e promoção da reformulação de determinadas categorias de alimentos, promovendo o acompanhamento da autorregulação pelo sector da indústria alimentar.
  2. Melhorar a qualidade e acessibilidade da informação disponível ao consumidor, de modo a informar e capacitar os cidadãos para escolhas alimentares saudáveis.
  3. Promover e desenvolver a literacia e autonomia para o exercício de escolhas saudáveis pelo consumidor.
  4. Promover a inovação e o empreendedorismo direcionado à área da promoção da alimentação saudável.

Essa estratégia nacional multissectorial fornece a estrutura para várias outras iniciativas que já foram ou estão sendo implementadas ou planeadas atualmente.

Para saber mais, consulte:

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