Rede Médicos Sentinela participou no Encontro Nacional de Medicina Geral e Familiar

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22-03-2019

A Rede de Médicos Sentinela, coordenada pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, participou, entre os dias 13 e 16 de março, no 36º Encontro Nacional de Medicina Geral e Familiar, que decorreu em Braga e que foi promovido pela Associação de Medicina Geral e Familiar. Além da divulgação das suas atividades na área de stands institucionais, a participação deste ano ficou marcada pelo reforço no número de trabalhos apresentados e pelo maior número de Médicos-Sentinela participantes.

Entre os vários trabalhos apresentados, quer por Médicos-Sentinela como por colaboradores do Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge, destacam-se estudos relacionados com a prescrição da vitamina D, pedido do teste VIH na prática de Medicina Geral e Familiar e com a evolução do risco cardiovascular na população portuguesa. Foi ainda discutido o protocolo de um estudo a decorrer na Rede de Médicos Sentinela sobre patologia benigna da tiróide e cancro da mama.

Criada em 1989, a Rede Médicos Sentinela é um instrumento de observação em saúde que tem como principais objetivos fazer investigação clínica, estimar taxas de incidência anuais de algumas doenças e contribuir para a vigilância epidemiológica da população portuguesa. Esta rede é constituída por médicos de Medicina Geral e Familiar de Portugal Continental e das Regiões Autónomas dos Açores e Madeira, que a integram a título voluntário.

Os dados obtidos pela Rede Médicos Sentinela têm ajudado a desenvolver a componente clínica da vigilância integrada da gripe e contribuído para as estimativas de incidência de vários problemas de saúde dos portugueses como a diabetes mellitus, o acidente vascular cerebral ou depressão. As taxas de incidência estimadas por esta rede de médicos são em muitas situações os únicos dados de incidência relativos a estes problemas de saúde disponíveis no nosso país, razão pela qual algumas das situações se têm mantido em notificação ao longo do tempo, aportando um importante contributo à vigilância epidemiológica.