Envelhecimento com qualidade de vida

07/06/2019

A Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Mariana Vieira da Silva, defendeu, dia 6,  em Coimbra a aposta nas novas tecnologias para melhorar a resposta da sociedade ao envelhecimento das pessoas.

Mariana Vieira da Silva falava no encerramento da conferência intitulada «Desafios demográficos – O envelhecimento», realizada pelo Conselho Económico e Social (CES), na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

Importa que o Estado, as instituições e os cidadãos concebam «respostas que permitam às pessoas permanecerem nas suas casas, o mais tempo que for possível, com um conjunto de apoios na área principalmente da saúde e da ação social», disse, em declarações aos jornalistas no final dos trabalhos.

«Temos aqui a conjunção de dois desafios: um é o desafio demográfico e o outro o desafio também da coesão territorial», afirmou.

Quando se defendem «políticas que apostem num envelhecimento com qualidade e dignidade, ativo e saudável, é de um número crescente de concidadãos que estamos a falar, o que demonstra a centralidade deste desafio quando pensamos no futuro».

«Assegurar um envelhecimento com qualidade de vida, saúde, bem-estar, dignidade e segurança representa hoje um dos principais desafios com que nos confrontamos», disse a Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa.

Trata-se de um desafio «que deve ser assumido em toda a sua amplitude e integralidade e que nos incentiva a encontrar respostas diversas e plurais, que respeitem as escolhas e a participação ativa dos cidadãos», referiu.

«É essencial a aposta num modelo de serviços integrados e de proximidade, que convoque diferentes domínios, implicando o fortalecimento de mecanismos de articulação setorial, com destaque (…) para as áreas da saúde e da proteção e apoio social», acrescentou, acentuando a importância de «ir ao encontro das necessidades efetivas» dos idosos.

Promover cidadania ativa e participativa

Mariana Vieira da Silva lembrou que Portugal «é um dos países em que a distensão da esperança média de vida não tem sido suficientemente acompanhada pelo respetivo aumento do número de anos de vida saudável, posicionando-se o país claramente abaixo da média europeia neste âmbito».

«Deveremos igualmente ser capazes de responder aos desafios do envelhecimento ativo, promovendo formas de transição gradual do trabalho para a reforma, a aprendizagem ao longo da vida e a aquisição de novas competências», designadamente ao nível das tecnologias de informação e comunicação, disse.

Na sua opinião, importa também promover «uma cidadania ativa e participativa, seja ao nível do voluntariado, do envolvimento associativo ou de outras formas de intervenção no espaço público».

Em Portugal, de 2007 a 2017, «a população com 65 e mais anos aumentou cerca de 18%, passando desde 2011 a representar um universo acima dos dois milhões de residentes», salientou.

Na sessão de abertura, o Presidente do CES, António Correia de Campos, disse que «o acentuar da importância relativa dos idosos dependentes na totalidade dos cidadãos com 65 e mais anos obrigará Estado e famílias a um esforço superior ao atual».

«É necessário aumentar a despesa pública com as pessoas mais velhas, nomeadamente em cuidados de saúde mental, investimentos em infraestruturas e investigação científica», defendeu.

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