ULSCB | Terapêuticas «velhas» novas abordagens: Castelo Branco pioneira na Beira Interior na aplicação da terapia larvar

19/12/2019

A Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB) divulga que deu inicio, em dia 25 de setembro de 2019, à aplicação da terapia larvar para desbridamento de feridas complexas.

A terapia larvar consiste na aplicação de pensos de larvas estéreis no leito da ferida, que de forma seletiva e rápida se alimentam dos tecidos não viáveis permitindo a limpeza, o controlo da carga bacteriana a diminuição dos níveis de exsudado permitindo a evolução da ferida nas diferentes fases da cicatrização. Apresenta-se como um método indolor, seguro, simples e eficaz na remoção do tecido não viável.

De acordo com a Unidade Local de Saúde, os requisitos necessários para a sua aplicação implicam o consentimento informado e a necessidade de internamento do utente, de forma a permitir o acompanhamento dos diferentes casos.

Neste sentido, o Serviço de Cirurgia Geral, em colaboração e parceria com a Comissão de Prevenção e Tratamento de Feridas, iniciou a sua utilização, em 4 utentes com ferida complexa, devidamente selecionados, «tendo obtido resultados muito positivos».

As feridas complexas são aquelas que se prolongam no tempo, que não cicatrizam após 4-6 semanas com terapêutica corretamente dirigida. Surgem sobretudo em pessoas mais idosas, com importantes comorbilidades e com carácter recorrente.

«Vários são os factores que interferem no processo cicatricial, apresentando-se o tecido não viável, como uma importante barreira na evolução da cicatrização da ferida, necessitando de ser removido. É igualmente consensual, que qualquer que seja a ferida, a dor é um dos sintomas prevalentes e o desbridamento, ou seja a remoção do tecido não viável, é o ato mais doloroso no processo de tratamento, com frequente necessidade da sua remoção em ambiente de bloco operatório», explica a Unidade Local de Saúde Castelo Branco.

A terapia larvar, agora disponível na ULSCB, surge assim, «como uma importante alternativa de controlo local da infecção e remoção do tecido não viável, numa altura em que as resistências aos tratamentos tópicos e aos antibióticos são uma realidade e preocupação a nível nacional», conclui a Unidade Local de Saúde.

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