Covid-19 Novo Coronavírus SARS-CoV-2 06/04/2020: Relatório de Situação, Orientação DGS Nutrição de Doente Covid-19, Notícias

Relatório de Situação nº 035 | 06/04/2020

Relatório de Situação nº 035 | 06/04/2020

Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL



Orientação nº 021/2020 de 06/04/2020

Orientação nº 021/2020 de 06/04/2020

COVID-19: FASE DE MITIGAÇÃO – Terapia Nutricional no Doente com COVID-19


Receitas com Enlatados

Receitas com Enlatados

Alimentação Saudável em Tempos de Isolamento à Base de Conservas de Pescado e Leguminosas.
DGS lança manual de receitas à base de enlatados.

Almôndegas de atum, caldeirada de cavala em tomate e brigadeiro de sardinha e broa são algumas das receitas que se podem encontrar no manual lançado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre alimentação saudável em tempos de confinamento social à base de conservas de pescado e leguminosas.

O manual, elaborado pelo Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) e pela Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS), em colaboração com o Chef Fábio Bernardino, apresenta “dezenas de receitas saudáveis, saborosas, rápidas e fáceis de preparar e ao mesmo “sofisticadas”, mostrando a grande diversidade de pratos que é possível fazer com estes produtos”.

Numa altura em que, devido à pandemia de COVID-19, os portugueses fazem compras mais espaçadas, os enlatados voltam a ter uma grande importância na nossa alimentação. Felizmente, lê-se no documento, “o mercado nacional oferece atualmente uma enorme variedade de conservas de pescado e de leguminosas (feijão, grão, ervilhas, lentilhas…) que são alimentos de grande valor nutricional”.

Nos últimos anos, o modo de processamento “melhorou substancialmente”, pelo que hoje “é frequente encontramos conservas com teores de sal mais baixos, gordura de qualidade e matéria prima escolhida criteriosamente”.

Devido ao elevado tempo de reclusão em casa, “com menos exercício físico e exposição solar”, os portugueses precisam “das proteínas de elevada qualidade e dos minerais e vitaminas (como a vitamina D) presentes nas conservas de pescado”. E o mesmo acontece com as leguminosas, que têm um valor apreciável de proteínas, embora incompletas, mas que podem ser uma alternativa à carne e pescado, quando combinadas com alimentos do grupo dos cereais e derivados.

Para que os consumidores façam as melhores escolhas, o manual apresenta uma série de fatores a ter em conta na hora de comprar conservas de pescado e leguminosas, entre os quais a data de validade, a aparência da lata e o teor de sal, assim como os cuidados a ter depois de abrir as latas.

Exemplos de receitas:

Tentúgal de atum (4 pessoas; 30 minutos de preparação, 1€ por pessoa)

Ingredientes

  • 400g grelos
  •  200g cebola
  •  2 latas de atum ao natural
  •  120g salsa
  •  120g feijão-frade
  •  20g alho
  • 4 folhas de massa filo
  • 1 colher de chá de azeite (5g)

Modo de preparação:

  1. Comece por picar a cebola, o alho e cozer os grelos. Numa frigideira coloque a cebola, o alho, as latas de atum, a salsa e os grelos e salteie tudo com azeite.
  2. Adicione o feijão-frade esmagado e envolva tudo.
  3. Estenda a folha de massa filo e corte em pequenos quadrados. Recheie com o preparado anterior e enrole. Por fim pincele com azeite.
  4. Leve ao forno a 180ºC durante 20 minutos.

Salada de massa, feijão e brócolos  (4 pessoas, 20 minutos)

Ingredientes:

  • 450g feijão (encarnado, manteiga ou branco)
  • 350g massa do tipo espirais/ fusilli
  • 320g brócolos congelados
  • 200g tomate fresco
  • 50g couve roxa
  • 30g coentros
  • 1 colher de sopa de azeite (10g)
  • Raspa e sumo de 1 limão

Modo de preparação:

  1. Comece por cozer a massa e os brócolos. Quando a massa estiver quase cozida poderá adicionar os brócolos na mesma água para uma pequena fervura.
  2. Escorra o feijão, passe por água corrente e reserve.
  3. Corte o tomate em pequenos pedaços, a couve roxa em finas tiras e pique os coentros.
  4. Envolva tudo, tempere com a raspa e sumo de limão, o azeite e termine com os coentros picados.


Covid-19 | Resposta a doentes cardíacos

06/04/2020
estetoscopio em forma de coracao

Santa Marta dispensado de receber infetados pode apoiar urgências cardíacas

O Hospital de Santa Marta, integrado no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, é uma das instituições dispensadas de receber doentes com covid-19 «um privilégio» que permite dar uma resposta rápida a um doente com problemas cardíacos graves de outra unidade de saúde.

«Se alguém com uma dor no peito, com uma suspeita de enfarte agudo do miocárdio, ou um colega nosso que tenha um doente grave que ache que tem que ter um acompanhamento rápido, urgente e imediato nós temos capacidade para dar resposta», fazendo «um rastreio inicial e utilizando os nossos recursos», disse em entrevista à agência Lusa o Diretor do Serviço de Cardiologia do Hospital de Santa Marta.

Rui Cruz Ferreira sublinhou que, «sendo um hospital ‘covid free’ e tendo uma atividade que tem um impacto também em termos de mortalidade muito grande, porque não é só a Covid que mata», o Santa Marta procura «ter condições de funcionamento com alguma tranquilidade» e tem conseguido isso.

«Temos alguma tranquilidade e temos capacidade de resposta»

«Nós provavelmente temos algum privilégio com isso, mas procuramos também dar uma resposta mais eficaz, nem todos os estabelecimentos de saúde estão naquele pandemónio que vemos sobretudo em imagens de Espanha e Itália», adiantou.

Neste momento, frisou, a situação é «um bocadinho diferente». «Temos alguma tranquilidade e temos capacidade de resposta», adiantou.

«Essa tranquilidade é fundamental porque mesmo num cenário de potencial agravamento há ainda alguma margem e é crucial dar essa sensação porque é importante para todos», sobretudo para os doentes.

Sobre o que mudou no hospital desde o início da pandemia, Rui Cruz Ferreira disse que «o ponto mais importante» foi a redução da atividade desprogramada e o fim da atividade programada no dia 16 de março.

«Tínhamos cerca de 100 consultas por dia e entre 10 a 15 internamentos para realização de exames que foram desmarcados», elucidou.

O hospital passou a fazer essencialmente urgências, porque «é preciso dar resposta às situações instáveis de enfarte agudo do miocárdio, de insuficiência cardíaca» e outras situações que vão aparecendo.

Santa Marta vai acomodar 2 serviços que funcionavam no Curry Cabral

Como grande parte da atividade do hospital foi desmarcada, o hospital ficou com uma reserva que vai utilizar para receber especialidades do Hospital Curry Cabral, que passa só a receber doentes infetados com o novo coronavírus (SARS-CoV-2), que provoca a doença covid-19.

Segundo o especialista, o serviço de cardiologia vai acomodar a radiologia de intervenção que funcionava no Curry Cabral e os serviços de medicina vão acomodar a unidade de transplante hepato-bilio-pancreático.

Relativamente ao que mudou nas práticas diárias do hospital, Cruz Ferreira disse que foram adotadas novas metodologias de desinfeção e de estabilização das salas, nomeadamente das hemodinâmicas.

Todos os doentes internados são testados à Covid-19 para evitar que algum doente assintomático possa contagiar outros, sendo realizados diariamente 10 a 15 testes.

Para Cruz Ferreira, a utilização geral de máscaras e de equipamentos de proteção individual para todos os casos suspeitos é fundamental para conter a propagação do vírus.

«Tenho cerca 25 médicos e 60 enfermeiros e desde o início da crise tenho infeções zero», sublinhou.

Hospital disponibilizou linhas telefónicas específicas para os doentes cardíacos

Os doentes são contactados por telefone ou por telemedicina para rastrear algum agravamento que possa surgir da doença e tentar ressalvar situações mais urgentes em que é preciso atuar mesmo neste contexto.

Isto porque os médicos receiam que os doentes não se desloquem ao hospital com receio de contrair a covid-19, o que se verificou nos primeiros dias da pandemia.

«Muita gente que, apesar de nós darmos indicação para virem, não apareceu por receio das estruturas hospitalares o que é compreensível, uma vez que os hospitais são sítios de potencial contágio efetivo», disse Cruz Ferreira, contando que houve pessoas que viram a sua situação a agravar-se.

Para evitar consequências mais gravosas, o hospital disponibilizou linhas telefónicas específicas para os doentes que são atendidas por profissionais de saúde.

«Temos doentes que a menor coisa pode gerar uma descompensação e criar uma situação potencialmente fatal. Não tenho dúvidas quanto a isso», comentou.

Fonte: Lusa


Covid-19 | Testes de diagnóstico

06/04/2020
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Portugal realizou 110 mil testes de diagnóstico desde 1 de março

Desde 1 de março, Portugal realizou 110 mil testes de diagnóstico à Covid-19, anunciou hoje o Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, na conferência de imprensa diária para atualização de informação sobre a pandemia de Covid-19.

«Nesta fase decisiva coletiva na luta contra o vírus importa salientar que Portugal continua a aumentar o número de testes efetuados. Desde o dia 1 de março foram realizados 110 mil testes de diagnóstico», disse o Secretário de Estado, frisando que a capacidade instalada para o diagnóstico é de 11 mil testes por dia, sendo sete mil no setor público e quatro mil no privado.

Segundo António Lacerda Sales, do total de testes 54% foram realizadas nos laboratórios públicos e 46% nos privados.

«Importante ainda dizer que Portugal tem uma testagem de cerca de 10.500 amostras processadas por milhão de habitantes o que está em linha e, em alguns casos, acima de países como a Suécia e Dinamarca e não muito longe da Itália», vincou.

O Secretário de Estado assegurou também «alguma estabilidade nas compras» de material e na previsão de entrega de encomendas.

De acordo com o governante, durante esta semana chegam a Portugal 500 ventiladores e, na próxima, outros 500.

Das doações feitas por por vários organismos António Sales referiu que estão a ser entregues 144 ventiladores e outro material a vários hospitais de todas as regiões do país de acordo com as necessidades

«Este equipamento [ventilador] é crucial numa altura que aumenta o número de doentes em unidade de cuidados intensivos», sustentou.

O Secretário de Estado disse ainda que, a partir de hoje, qualquer pessoa pode voluntariar-se para ajudar nos lares e instituições que trabalham com idosos.

Fonte: Lusa


Covid-19 | INEM realizou 1.810 colheitas

06/04/2020

Nem o kit de proteção tira o medo do contágio a enfermeiros do INEM

Os enfermeiros do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) dedicados em permanência à Covid-19 são chamados a realizar centenas de testes ao novo coronavírus e enfrentam o perigo de contágio munidos de equipamento de proteção individual, mas o medo do contágio permanece.

Quando um médico de qualquer ponto do país liga ao INEM a pedir um teste a um doente com sintomas de ser portador da doença, a «Sala de Situação Nacional» na sede em Lisboa aciona uma ambulância e dois enfermeiros no local mais próximo.

O pedido pode ser feito para um local próximo da sede do INEM, como foi o caso de uma solicitação para o bairro da Quinta do Mocho, no concelho de Loures, que a Lusa acompanhou.

Atribuído o «serviço», a ambulância sai do INEM com dois enfermeiros e enquanto um conduz, o outro fala ao telefone com o doente e dá indicações para que esteja preparado para fazer o teste.

Trata-se de um homem de 27 anos que está com febre e dores no corpo. O enfermeiro do INEM previne-o para não sair de casa e só abrir a porta quando tocarem.

Procedimentos de proteção

Chegados ao prédio, escolhem o melhor local para apenas um deles, o enfermeiro que vai entrar na casa, vestir todo o equipamento, de acordo com uma lista que a colega lhe vai indicando.

Desinfeção das mãos, três luvas em cada mão, touca, máscara, óculos, fato por cima do equipamento do INEM, proteção nos pés, é o que manda o protocolo.

O outro elemento da equipa também está protegido, mas menos, porque não estará em contacto com o doente.

Só depois de cumpridos os procedimentos de proteção é que o enfermeiro entra na residência do doente para fazer a colheita da amostra no nariz e na garganta.

A colheita é depois guardada num kit para ser entregue no laboratório.

«Esta colheita correu bem, (…) o senhor colaborou na colheita. A única dificuldade sentida foi que efetivamente ele não se expressa muito bem em português, tem algumas dificuldades, de resto correu tudo normalmente», contou à Lusa o enfermeiro António Santos.

À saída, novo procedimento de segurança para retirada do equipamento e desinfeção das mãos. Tudo é colocado num saco do lixo que é depois selado. O lixo vai para um contentor que está no interior da ambulância.

1.810 colheitas até 3 de abril

A operação pode demorar, com transporte, entre uma hora e uma hora e meia. Além destes passos, os enfermeiros têm ainda de preencher um formulário e um questionário.

O enfermeiro não esconde o principal receio: «é ficarmos contaminados, infetados».

O INEM já tem 15 profissionais infetados com o coronavírus que provoca a Covid-19, mas para já a doença ainda não está a ter reflexos no serviço.

Até ao dia 3 de abril, o INEM fez 1.810 colheitas.

Fonte: Lusa

Para saber mais, consulte:

INEM > Notícias


Covid-19 | Doentes recuperados em Ovar

06/04/2020

Dois pacientes internados Hospital de Ovar já recuperaram da infeção

O Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar (HFZ-Ovar) registou este fim-de-semana os dois primeiros pacientes recuperados da infeção por Covid-19, com resultados negativos nos dois testes efetuados num intervalo de 24 horas, recomendados pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

“Em ambos os casos cumpriram-se os critérios de estabilidade clínica para obterem alta hospitalar. Ou seja, evoluíram para uma melhoria clínica (resolução, sobretudo, dos sintomas respiratórios), não tiveram febre durante pelo menos três dias (sem estarem a fazer a respetiva medicação para a temperatura) e realizaram dois testes negativos num intervalo de 24 horas”, explicou a médica Inês Costa, a trabalhar na enfermaria dedicada à Covid-19 do HFZ-Ovar.

Os dois doentes infetados – um homem de 74 anos, internado desde 17 de março, e uma mulher de 62 anos, internada desde 19 de março – fizeram tratamento com antipalúdico, recorrendo-se à hidroxicloroquina, um fármaco usado há muitos anos no tratamento de doenças reumatológicas e que está a ser aplicado, em Portugal, em pacientes com Covid-19.

Refira-se que, de acordo com o HFZ-Ovar, neste momento, a unidade hospitalar tem 16 camas ocupadas com doentes com infeção pelo novo coronavírus que não exigem cuidados intensivos.

O hospital – com os poucos recursos de que dispõe – teve de se organizar muito rapidamente, abrindo um serviço dedicado a doentes em Covid-19”, vincou Inês Costa, salientando, porém, que “o trabalho que está a ser desenvolvido é sustentável e bem alicerçado naquilo que são as melhores práticas nacionais e internacionais. Nesse pressuposto, estamos a fazer um esforço por manter essa lógica”, acrescentou a clínica.

Para saber mais, consulte:

Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar > Notícias


Covid-19 | Sala de Situação Nacional

06/04/2020

Pandemia obriga o INEM a ativar Sala de Situação Nacional

A evolução da pandemia de Covid-19 em Portugal, com o aumento de doentes graves, obrigou o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) a ativar a «Sala de Situação Nacional», o que só acontece em momentos excecionais.

A medida foi tomada 10 dias depois do primeiro caso positivo de covid-19 no país (02 de março), numa decisão comparável à ocorrida nos incêndios de 2017, quando morreram mais de 100 pessoas na região Centro.

No final da semana, quando a agência Lusa esteve a assistir ao trabalho nesta sala, situada no edifício-sede do INEM em Lisboa, eram cinco os técnicos de emergência pré-hospitalar que ali estavam, cada um fazendo 12 horas por dia para assegurarem o serviço 24 horas por dia.

Numa sala contígua decorrem briefing que passaram a ser diários em tempos de pandemia. Os responsáveis do INEM participam nestas reuniões sobre a covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, por videoconferência com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e com altos representantes de todas as forças de segurança.

Trabalho específico para a Covid-19 não interfere na atividade diária

Desde que foram registados os primeiros casos em Portugal, o INEM começou a fazer transporte especializado dos casos suspeitos de infeção, em função das orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Com o aumento desses casos, no dia 12, às 0 horas, a «sala de situação nacional» foi acionada para garantir a centralização e gestão da informação.

Fátima Rato, a responsável pelo departamento de emergência médica do INEM, explicou que a pandemia obrigou a abrir esta sala devido à exigência de um grande número de meios.

Além disso, explicou, desta forma o trabalho específico para a Covid-19 não interfere na atividade diária dos centros de orientação dos doentes urgentes do INEM, que tem de continuar a dar resposta às restantes situações do dia-a-dia.

Covid-19: INEM reforçou n.º de ambulâncias disponíveis para o transporte

Com o aumento progressivo do número de casos e até da sua gravidade, e «à medida que a situação foi evoluindo e todo o sistema de saúde se foi adaptando à realidade», o INEM reforçou o número de ambulâncias disponíveis para o transporte desse tipo de doentes, adiantou Fátima Rato.

«A evolução dos casos determinou também que recentemente fizéssemos alguma mudança em termos de capacidade técnica das ambulâncias que são utilizadas. Neste momento, temos as ambulâncias SIV (Suporte Imediato de Vida) que têm já um equipamento adequado a doentes com uma gravidade maior», afirmou a médica.

Na última semana, houve «um aumento do número de doentes já a necessitar de cuidados em termos de ventilação e essas ambulâncias já têm equipamento se for necessário utilizar para permitir a estabilização desse tipo de doentes», adiantou.

Os pedidos de transporte de casos suspeitos ou confirmados diminuiu porque muitos desses doentes se dirigem agora às áreas dedicadas à Covid-19 que estão na comunidade e é aí o primeiro ponto onde são avaliados.

«Os pedidos que temos recebido em termos de transporte vêm sobretudo de unidades de saúde que pretendem transferir doentes mais graves, nomeadamente doentes ventilados para [uma] unidade de saúde mais diferenciada que tenha tecnicamente e do ponto de vista dos recursos, quer humanos quer técnicos, capacidade para o tratamento desses doentes e, portanto, nesta altura são sobretudo o tipo de doentes que temos que transportar», explicou.

A saúde está a funcionar no seu todo

Ouvido pela Lusa, o coordenador da unidade de gestão de crises do INEM, Bruno Borges, disse acreditar que o instituto se tem preparado para lidar com situações excecionais.

«Ao longo do tempo (…), o INEM tem-se preparado e os seus profissionais também. Contudo, temos de perceber que os recursos esgotam e nessa medida tem de ser feita uma melhor racionalização e otimização dos recursos disponíveis», afirmou.

«Temos de entender que a saúde está a funcionar no seu todo, desde as autoridades locais de saúde, a DGS, o INEM, os hospitais, numa lógica de rede. Estou em crer que todos juntos iremos dar a melhor resposta ao cidadão», considerou Bruno Borges.

Fonte: Lusa

Para saber mais, consulte:

INEM > Notícias


Covid-19 | Mensagens solidárias

06/04/2020

Projeto do CHUC faz chegar mensagens de apoio a doentes internados

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) lançou a iniciativa «Mensagem H2 – MSH2», que consiste em fazer chegar a cada doente internado mensagens de solidariedade enviadas pelos seus familiares e amigos.

De acordo com o CHUC, a iniciativa insere-se no «Projeto H2 – Humanizar o Hospital», criado para atenuar a situação de isolamento em que se encontram os doentes internados, salientando que a «situação criada pela pandemia covid-19 veio introduzir alterações profundas na realidade hospitalar».

«Atualmente, um dos aspetos mais preocupantes no que diz respeito à humanização dos cuidados hospitalares é a situação de grande isolamento em que se encontram os doentes infetados, nomeadamente nas unidades de cuidados intensivos ou intermédios, obrigatoriamente afastados do contacto familiar durante várias semanas», salienta o CHUC.

Por outro lado, acrescenta, «a situação idêntica também se verifica com os doentes internados por outras patologias, uma vez que as atuais regras de gestão clínica obrigam a uma marcada limitação (ou mesmo proibição) das visitas».

Desenvolvimento do projeto será «progressivo e dinâmico»

De acordo com o CHUC, o desenvolvimento da iniciativa «MSH2» do «Projeto H2» será progressivo e dinâmico, dividido em duas fases distintas: a primeira, focada principalmente nos doentes covid-19, e a segunda, em que serão também abrangidos os doentes internados com outras patologias.

«A dinâmica da sua progressão será ajustada de acordo com o que a prática vier a aconselhar», adianta o comunicado, referindo que, «para os doentes e para as respetivas famílias, esta situação de isolamento e afastamento é, naturalmente, geradora de grande angústia e sofrimento».

A iniciativa MSH2, que recebeu parecer favorável da Comissão de Ética do CHUC, funciona através de um sistema de mensagens em suporte digital, com acesso através da página institucional do centro hospitalar na Internet, conclui o CHUC.

Para saber mais, consulte:

CHUC – https://www.chuc.min-saude.pt/


Covid-19 | Cirurgia prioritárias SNS

06/04/2020

Ministra garante resposta para cirurgias «prioritárias e muito prioritárias»

A Ministra da Saúde, Marte Temido, garante que as cirurgias «prioritárias e muito prioritárias», nomeadamente as oncológicas, continuam a ter resposta no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que os vales cirúrgicos emitidos para o sector privado «não foram suspensos».

Na conferência de imprensa diária, ocorrida no dia 5 de abril, Marta Temido foi questionada sobre relatos de adiamento de cirurgias urgentes, nomeadamente na área da oncologia, e relembrou o despacho que fez a 16 de março sobre a remarcação de cirurgias, mas apenas para casos não urgentes, devido à pandemia da Covid-19.

«Em 16 de março foi determinado que as intervenções cirúrgicas que não fossem consideradas clinicamente urgentes e muito urgentes poderiam ser, em função da avaliação da instituição, da direção clínica, e naturalmente da decisão clínica para cada doente, remarcadas e adiadas para uma data posterior», disse a governante.

Marta Temido afirmou que esta orientação procurou «precaver que a capacidade de resposta do SNS ficaria preservada para os casos mais urgentes», continuando a ter resposta no SNS as situações de doentes «prioritários e muitos prioritários».

«É muito importante referir que os vales cirúrgicos emitidos para o setor privado, para setor convencionado, não foram suspensos. Aquilo que é a resposta que o setor com o qual o SNS se articula está preservada, desde que essas instituições permaneçam a funcionar na medida em que são tendencialmente instituições menos afetados pela covid-19», frisou.

Marta Temido acrescentou que esta situação é idêntica para os meios complementares de diagnósticos e de terapêutica.

«No mesmo despacho também é dada uma orientação para que os meios complementares de diagnóstico e de terapêutica, que não correspondem a situações urgentes, possam ser remarcados», disse, frisando que abrange as situações de eventual rastreio.

Segundo a Ministra, a fragilidade e a pressão que está neste momento no sistema de saúde pode constituir uma oportunidade de risco que se quer de toda a forma evitar.

«Naturalmente que as situações que clinicamente e, por isso contamos com o juízo institucional das direções clínicas e de serviço e, em última instância do próprio médico assistência, forem consideradas como situações que tem de ter seguimento são seguida, designadamente aquilo que é a atividade da área oncológica que seja considerada prioritária e muito prioritária», disse.


Covid-19 | Mais 500 enfermeiros

06/04/2020

Contratados cerca de 500 enfermeiros para reforçar combate à pandemia

O Ministério da Saúde contratou meio milhar de enfermeiros para reforçar o combate da pandemia no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Entre 13 de março e a última sexta-feira, dia 3 de abril, iniciaram funções, nas diversas unidades de saúde, em regime de contrato de trabalho, cerca de 500 enfermeiros.

O Governo autorizou a contratação, pelas instituições do Ministério da Saúde, dos profissionais de saúde necessários à resposta do sistema para efeitos da prevenção, controlo e tratamento da infeção por novo coronavírus.

Os contratos de trabalho foram celebrados a termo resolutivo certo por um período de quatro meses e podem ser eventualmente renovados.

7,42 € é o valor base/hora do enfermeiro em início de carreira

O Sindicato de Todos os Enfermeiros Unidos exigiu, no dia 5 de abril de 2020, que o Governo contrate «imediatamente» enfermeiros para reforçar o SNS, denunciando situações «insustentáveis» que «já são crónicas», mas «agravaram-se» devido à pandemia Covid-19.

«O défice de enfermeiros no SNS é crónico e denunciado há muitos anos, mas o enorme afluxo de doentes nas últimas semanas está a tornar a situação impossível. Os enfermeiros estão a trabalhar horas intermináveis sem folgas, sem condições de proteção mínimas, expostos ao contágio. E a situação ainda vai piorar mais com a subida esperada de casos nas próximas semanas», refere a presidente do SITEU, Gorete Pimentel, citada num comunicado enviado à agência Lusa.

De acordo com o SITEU, o Governo está a oferecer para a entrada de novos enfermeiros, com contratos de quatro meses, 6,42 euros por hora, e os concursos lançados «estão a ficar desertos».

«Quem quererá ir para o olho do furacão nestas condições, sem treino e sem equipamento de proteção? Numa altura em que não sabemos quando atingiremos o pico [da pandemia], quanto mais regressar à normalidade?», pergunta a direção do sindicato.

O Ministério da Saúde respondeu que «7,42 [euros] é o valor base/hora do enfermeiro em início de carreira, a que acresce eventuais suplementos que sejam devidos».

Fonte: Lusa


SNS 24 lança Aconselhamento Psicológico

Serviço com o apoio da Fundação Gulbenkian e da Ordem do Psicólogos

O SNS 24 disponibiliza,  desde o dia 1 de abril, a linha de Aconselhamento Psicológico, através de uma parceria entre a Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Ordem dos Psicólogos Portugueses, tendo em conta a prioridade atribuida à saúde mental dos cidadãos neste período.

A Linha de Aconselhamento Psicológico conta com 63 novos psicólogos que prestam aconselhamento quer a profissionais de saúde, proteção civil e forças de segurança, quer à população em geral.

Este novo serviço tem objetivos claros:

– Ajudar a uma melhor gestão de emoções como o stress, a ansiedade, angústia, medo;

– Promover a resiliência psicológica;

– Reforçar o sentimento de segurança da população e dos cuidadores encaminhando para entidades de apoio emergente em caso de necessidade.

Na fase inicial de funcionamento, este projeto será acompanhado por uma comissão que irá otimizar a integração e articulação com a rede de serviços de Saúde Mental.

A Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito do Fundo de Emergência COVID-19 e em linha com prioridade que sempre deu à saúde mental, contribuiu com um montante de 300 mil euros.

A Ordem dos Psicólogos prestou o seu contributo na conceção e desenho da linha, na formação dos profissionais e ainda na supervisão clínica do serviço.

O SNS 24 reforça, assim, uma das suas missões, que passa por assegurar melhor acessibilidade à saúde e maior eficiência na gestão dos recursos, prestando mais apoio aos cidadãos, designadamente a lidar com o isolamento e os problemas de saúde mental associados, no momento crítico que o país atravessa.