Covid-19 Novo Coronavírus SARS-CoV-2 23/04/2020: Relatório de Situação DGS, Notícias

Relatório de Situação nº 052 | 23/04/2020

Relatório de Situação nº 052 | 23/04/2020

Relatório de Situação nº 052 | 23/04/2020

Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação.


Covid-19 | Mais de 300 mil testes

23/04/2020

Portugal ultrapassou a barreira dos 300 mil testes de diagnóstico

Portugal realizou aproximadamente 302.000 testes de diagnóstico à COVID-19 desde o dia 1 de março, tendo atualmente uma taxa de testes por milhão de habitante superior à de países como a Alemanha e a Suíça, adiantou esta quinta-feira o Secretário de Estado da Saúde, António Sales, na conferência de imprensa diária com o balanço da pandemia no país.

“Estamos a falar de uma testagem de 27.925 pessoas por milhão de habitantes, superior mesmo a países como a Noruega , a Suíça, a Itália e a Alemanha”, sublinhou o António Sales.

Do total de amostras processadas até ao momento, 49% dizem respeito a laboratórios públicos, 45% a laboratórios privados e 6% a outras instituições, nomeadamente académicas e militares.

Por outro lado, destacou o Secretário de Estado, “há também cada vez mais utentes inseridos na plataforma Trace COVID”. Neste momento, revelou, “são mais de 135.000 nesta ferramenta, que permite o seguimento através de cuidados de saúde primários de pessoas doentes ou suspeitas de ter COVID-19. Destes, mais de 30 mil estão em vigilância clínica”.

António Sales deixou uma palavra de reconhecimento às pessoas que “estão doentes, em convalescença nas suas casas, respeitando o isolamento obrigatório e garantindo, assim, não só a sua recuperação individual, mas protegendo a nossa saúde coletiva”.

Na ocasião, o Secretário de Estado acrescentou ainda que, desde 9 de março, foram transferidos cerca de 2.300 doentes de hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e, no mesmo período, foram encontradas 230 respostas sociais, que permitiram libertar camas nos hospitais.

“Continuamos empenhados em garantir que o SNS continua a responder positivamente às diferentes fases da epidemia e o esforço de todos continua a ser tão determinante hoje, como foi ontem”, concluiu.


Covid-19 | Medicação crónica

23/04/2020

Renovação automática das prescrições para utentes crónicos

Atendendo à situação atual, e para reduzir a necessidade de deslocações às unidades de saúde no caso dos utentes crónicos que ainda não utilizam o Portal do SNS para pedidos de renovação da medicação, considerou-se necessário adotar medidas para assegurar a continuidade do acesso aos medicamentos nesta situação de emergência.

Para tal, foi publicada a Portaria n.º 90-A/2020, de 9 de abril, que permite a renovação automática das prescrições crónicas e estabelece as regras necessárias para garantir a disponibilidade e o acesso aos medicamentos.

Prescrições abrangidas

Todas as receitas eletrónicas contendo medicação crónica (receitas materializadas/impressas e Receita Sem Papel – RSP) emitidas nos 6 meses anteriores ao dia 3 de abril de 2020 (vigência do estado de emergência) ou nos 30 dias antes para os produtos descritos abaixo. Assim, serão emitidas novas receitas, cuja prescrição ocorreu a partir de:

  • Validade de 6 meses: 2 de outubro de 2019;
  • Validade de 30 dias: 4 de março de 2020.

Consideram-se também renovadas as receitas médicas das prescrições que incluam:

  • Medicamentos pertencentes ao grupo farmacoterapêutico 4.3.1.4 – Outros Anticoagulantes;
  • Produtos dietéticos para doentes afetados de erros congénitos do metabolismo;
  • Alimentos e suplementos alimentares para crianças com sequelas respiratórias, neurológicas e/ou alimentares secundárias à prematuridade extrema.
  • Dispositivos médicos comparticipados que se destinem a tratamentos de longa duração (diabetes, ostomia, incontinência).

Para saber mais, consulte:

Infarmed > www.infarmed.pt


Programa Nacional de Vacinação

23/04/2020

Região Centro mantém coberturas elevadas de vacinação

A vacinação na região Centro mantém coberturas elevadas, com percentagem entre os 98 e 99%, anunciou esta quarta-feira a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), após conhecer os resultados do Programa Nacional de Vacinação (PNV) de 2019.

Em comunicado, a ARSC realça que, no ano passado, as coberturas vacinais foram elevadas nos grupos avaliados, tendo sido administradas 270.322 vacinas nas unidades funcionais dos agrupamentos de centros de saúde e nas unidades locais de saúde de Castelo Branco e Guarda.

«De uma maneira geral, as coberturas vacinais na infância são elevadas. No âmbito da estratégia de vacinação do BCG, dirigida a grupos de risco, foram vacinadas 1.996 crianças com idade inferior a seis anos (idade recomendada), tendo o processo decorrido em 24 pontos de vacinação», destaca a nota.

Segundo a ARSC, as atividades desenvolvidas pelas unidades de saúde da região Centro em 2019 permitiram alcançar resultados que «só foram possíveis com a sensibilização e o envolvimento continuado de todos os profissionais de saúde que trabalham nesta área».

Os resultados «revelam terem sido atingidos os níveis necessários para conferir imunidade de grupo e para cumprir os objetivos dos programas prioritários de erradicação da poliomielite e de eliminação do sarampo e da rubéola, na componente da vacinação».

«A vacinação, que constitui o maior avanço da medicina moderna, permite o bem-estar da população, previne doenças, contribui para um envelhecimento saudável, previne vários tipos de cancro e reduz a ameaça da resistência aos antibióticos», sublinha o comunicado.

Fonte: Lusa


Covid-19 | Notificações SINAV

23/04/2020

Médicos devem notificar todos os casos, apesar de limitações

Os médicos e os laboratórios devem notificar todos os casos confirmados ou suspeitos de Covid-19 no Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE) apesar das limitações da plataforma, que a Diretora-Geral da Saúde reconheceu não ser ideal.

Durante a conferência de imprensa diária de atualização de informação sobre a Covid-19 em Portugal, ocorrida na quarta-feira, dia 22 de abril, Graça Freitas reconheceu que o sistema que os médicos e laboratórios utilizam para identificar os casos confirmados ou suspeitos de infeção pelo novo coronavírus, que provoca a doença Covid-19, não é ideal, justificando que quando a plataforma foi criada não se previa este fluxo.

«Estamos sempre a tentar melhorar estas plataformas, que foram construídas para situações de carga completamente diferente da que temos agora», explicou, reiterando que, ainda assim todos os médicos e laboratórios são obrigados a notificar o sistema.

SINAV: informação é necessária para acompanhar a evolução da pandemia

A Diretora-Geral da Saúde aproveitou a conferência de imprensa para justificar o aumento do número de casos suspeitos no boletim epidemiológico do dia 18 de abril, sobre o qual tinha sido questionada na terça-feira, explicando que esse aumento traduziu um apelo da Direção-Geral da Saúde aos laboratórios.

Segundo Graça Freitas, alguns laboratórios não estavam a notificar o sistema de vigilância dos resultados negativos aos testes de diagnóstico e a DGS enviou a todos um pedido para que essa informação fosse atualizada.

«No dia 18 de abril, 80% das notificações que entraram no sistema SINAVE eram laboratoriais e destas 40% tinham uma validação de exame prévia à data que em que foram incluídas. A mais antiga era mesmo de 20 de março», explicou, reforçando que toda esta informação é necessária para acompanhar a evolução da pandemia.

Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o decreto presidencial que prolongou a medida até 02 de maio prevê a possibilidade de uma “abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais».

SINAVE

O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica é um sistema que permite monitorizar a ocorrência de doenças transmissíveis suscetíveis de constituir um risco para a saúde pública, implementar com rapidez e segurança medidas de prevenção e controlo destas doenças e cortar a cadeia de transmissão na comunidade e ocorrência de novos casos de doença e surtos.

Este sistema reforça o compromisso do Estado na proteção da saúde da população, respondendo aos novos desafios que se colocam na vigilância das doenças infeciosas.

Para saber mais, consulte:

DGS > SINAV