Artigo INSA: Substitutos vegetarianos da carne em receitas tradicionais como fontes de vitaminas do grupo B

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03-09-2020

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Alimentação e Nutrição, efetuou um trabalho com o objetivo de avaliar algumas variedades de leguminosas consumidas em Portugal, nomeadamente, favas, ervilhas, grão-de-bico e feijão, como fontes de quatro vitaminas do grupo B: tiamina (B1), riboflavina (B2), niacina (B3) e piridoxina (B6). Os dados obtidos indicam que estas leguminosas poderão ter um contributo importante para a ingestão destas vitaminas, com especial relevo para a tiamina.

Para a tiamina (B1), os valores encontrados são, em todas as variedades, superiores a 30% do valor de referência, sendo de realçar o feijão-preto onde cada 100g poderá contribuir para a ingestão de 87% do valor de referência no caso dos homens e de 107% nas mulheres. O feijão-branco é a variedade que menos contribui para a ingestão de niacina (B3) com valores inferiores a 5%, sendo o feijão-preto o que apresenta o teor mais elevado desta vitamina, podendo contribuir com 31% do valor de referência indicado para as mulheres.

No caso da riboflavina (B2) e da piridoxina (B6), as ervilhas são a única leguminosa avaliada com valores inferiores a 10% do valor de referência por 100g. Nas outras leguminosas, os contributos médios estão entre 10% e 16%; e entre 14% e 31%, para a riboflavina (B2) e piridoxina (B6), respetivamente.

Para a realização deste trabalho foram recolhidos dados relativos ao teor vitamínico daquelas leguminosas em algumas das Tabelas de Composição dos Alimentos incluídas na lista de tabelas do EuroFIR – European Food Information Resource Network (a maior plataforma online de tabelas de composição de alimentos) e calculado o valor médio para cada uma das variedades avaliadas. O valor obtido, para cada uma das vitaminas, foi comparado, em termos de percentagem, com os valores de referência para adultos.

“Substitutos vegetarianos da carne em receitas tradicionais como fontes de vitaminas do grupo B” foi publicado no Boletim Epidemiológico Observações, publicação científica periódica editada pelo Instituto Ricardo Jorge em acesso aberto. Para consultar o artigo de Cristina Flores, Tânia Gonçalves Albuquerque, Mariana Santos e Isabel Castanheira, clique aqui.