CHUSJ inicia a atividade do Banco de Tecidos Músculo-esqueléticos

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18/12/2020

Teve início, no passado dia 15 de dezembro, a atividade do Banco de Tecidos Músculo-esqueléticos (BTME) do Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ), num novo espaço com condições logísticas e de sistemas de informação que cumpre com os requisitos de qualidade e segurança desta área de atividade.

Este feito torna-se particularmente relevante visto apenas existirem dois BTME a nível nacional (CHUSJ e Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra).

De acordo com o diretor do Serviço de Ortopedia do CHUSJ, António Sousa, o BTME está dotado de «equipamento diferenciado em termos de armazenamento, gestão e segurança do processo», contando com uma nova arca de ultracongelação com características técnicas mais avançadas e com maior capacidade de armazenamento e preservação de tecidos.

Com capacidade de armazenamento suficiente para satisfazer e alargar a utilização atual, destacam-se ainda como mais-valias a disponibilidade imediata de enxertos heterólogos, a possibilidade de recurso a técnicas de reconstrução inovadoras, a menor despesa com a aquisição externa e a possibilidade de sustentabilidade financeira com a sua disponibilização a outras instituições.

De acordo com António Sousa, e no que concerne à especialidade de Ortopedia, este novo equipamento será extremamente importante na medida em que abre espaço a novas opções terapêuticas na reconstrução em ortopedia e de grandes reconstruções associadas à patologia tumoral, assim como da cirurgia de revisão das artroplastias da anca e joelho.

O BTME possui também uma relevância clínica importante no âmbito da neurocirurgia, respondendo aos desafios técnicos e éticos nesta dimensão.

António Mateus, responsável do BTME, afirma que «esta mudança vai permitir ao São João cumprir os requisitos mais avançados de qualidade, segurança e proteção de dados, bem como disponibilizar tecidos para utilização em mais diferenciadas áreas médicas.»

Para o vogal da Unidade Autónoma de Gestão de Cirurgia, João Logarinho, «este investimento irá permitir, a curto-prazo, poder avançar na colheita de maior diversificação de tecidos, para utilização interna e disponibilização para outras instituições hospitalares», o que resultará em melhores cuidados prestados aos doentes.

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