Covid-19 Novo Coronavírus SARS-CoV-2 23/12/2020: Relatório de Situação DGS, Atualização ERS, Notícias

Relatório de Situação nº 296 | 23/12/2020

Relatório de Situação nº 296 | 23/12/2020 – DGS

Relatório de Situação nº 296 | 23/12/2020

Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação


Alerta de supervisão n.º 15/2020 (Atualização) – ERS

Condições para utilização dos Testes Rápidos de Antigénio (TRAg) para SARS-CoV-2 instituídas pela Circular Informativa Conjunta n.º 006/CD/100.20.200, de 16/12/2020

Considerando a publicação da Circular Informativa Conjunta n.º 006/CD/100.20.200, de 16 de dezembro de 2020, que revogou a Circular Informativa Conjunta n.º 005/CD/100.20.200, de 13 de novembro de 2020, tendente à fixação das condições de utilização dos Testes Rápidos de Antigénio (TRAg) para SARS-CoV-2 e ao alargamento dos estabelecimentos autorizados à realização dos TRAg, bem como, os diversos pedidos de clarificação que têm sido remetidos à Entidade Reguladora da Saúde (ERS) sobre os estabelecimentos autorizados à realização dos referidos TRAg e os requisitos mínimos a observar para o efeito, a ERS, no exercício dos seus poderes de supervisão, procedeu à atualização do Alerta de Supervisão N.º 15/2020 dirigido a todas as entidades responsáveis por estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde


Instituto Ricardo Jorge atualiza relatório de situação sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2

imagem do post do Instituto Ricardo Jorge atualiza relatório de situação sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2

23-12-2020

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do Núcleo de Bioinformática do seu Departamento de Doenças Infeciosas, disponibiliza um novo relatório de situação sobre a diversidade genética do coronavírus SARS-CoV-2, desenvolvido no âmbito do “Estudo da diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 (COVID-19) em Portugal”, realizado em colaboração com o Instituto de Gulbenkian de Ciência (IGC). O documento resume a distribuição e frequência das variantes genéticas do SARS-CoV-2 detetadas em Portugal desde o início de novembro.

De acordo com o mais recente relatório, foram analisadas, até à data, 2234 sequências do genoma do novo coronavírus SARS-CoV-2, obtidas de amostras colhidas em 68 laboratórios/hospitais/instituições, representando 199 concelhos de Portugal. Nesta atualização foram inseridas mais 449 sequências do genoma de SARS-CoV-2, colhidas desde o início de novembro em 19 laboratórios/hospitais colaboradores dispersos por todo território nacional, estando representados 16 distritos de Portugal Continental e da Região Autónoma dos Açores, num total de 113 concelhos.

Do total de vírus sequenciados pelo INSA e pelo IGC, não se encontrou qualquer vírus com a combinação de mutações apresentada pela variante atualmente a circular no Reino Unido ou pelas variantes associadas a surtos de SARS-CoV-2 em explorações de martas na Dinamarca.

Ainda segundo o relatório de situação agora divulgado, as três variantes mais frequentes do coronavírus SARS-CoV-2, cada uma delas reconhecida por uma alteração diferente na proteína Spike (A222V, S477N ou S98F), foram detetadas em todas as regiões de Portugal Continental, sugerindo que terão sido estas variantes as principais corresponsáveis pela segunda vaga epidémica de SARS-CoV-2. A variante A222V representa cerca de 70% dos genomas virais analisados.

O relatório do INSA destaca ainda o facto de não ter sido detetada a variante genética que marcou a primeira vaga da epidemia de COVID-19 em Portugal (com a mutação na Spike D839Y; ver relatório de 21 de agosto) nos genomas analisados da segunda vaga, o que sugere que as medidas de saúde pública implementadas terão mitigado a continuação da sua transmissão.

O INSA tem vindo a desenvolver o “Estudo da diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 (COVID-19) em Portugal“, desde o passado mês de abril, através da análise do genoma do novo coronavírus. Este trabalho de âmbito nacional tem como objetivo principal determinar os perfis mutacionais do SARS-CoV-2 para identificação e monitorização de cadeias de transmissão do novo coronavírus, bem como identificação de novas introduções do vírus em Portugal.

Mais informações sobre este estudo coordenado pelo INSA podem ser obtidas aqui.


Apelo para evitar comportamentos de risco

23/12/2020

Governo reforça da campanha de informação para esclarecer a população

O Governo renovou hoje o apelos a que se evitem comportamentos de risco na quadra natalícia, pedindo aos cidadãos que cumpram o uso de máscara e não permaneçam por muito tempo em espaços fechados.

Em comunicado, o Governo refere que lançou já uma campanha, com o lema “Não deixes o vírus entrar”, que tem como objetivo “sensibilizar os portugueses para evitarem comportamentos de risco na quadra natalícia”.

“Além das medidas que adotou especificamente para este período, o executivo tem vindo a alertar a população para que nos convívios típicos desta época sejam cumpridas as normas definidas pela Direção-Geral da Saúde de modo a conter a propagação da pandemia de covid-19. Foi neste âmbito, e tal como havia sido anunciado anteriormente pelo primeiro-ministro, António Costa, que o Governo colocou nas redes sociais oficiais, bem como nos órgãos de comunicação social, essa campanha”, refere-se.

No mesmo comunicado, o Governo adianta que se pretende com essa campanha “reforçar os cuidados a ter no Natal e contribuir para um esclarecimento da população em geral sobre os comportamentos que devem ser seguidos além do estrito cumprimento das regras especialmente definidas para estes dias aplicáveis a todo o território nacional”.

“Além das medidas, o Governo recomendou desde a primeira hora que, neste período natalício, se evitasse juntar muita gente, estar muito tempo sem máscara e permanecer em espaços fechados, pequenos e pouco arejados”, acrescenta-se.


Nova variante de coronavírus

23/12/2020

Mecanismos de vigilância para detetar nova estirpe vão ser reforçados

O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, garantiu esta quarta-feira que ainda não há registo da nova estirpe do coronavírus em Portugal, mas que vão ser reforçados os mecanismos de vigilância.

No final de uma deslocação ao Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV), o governante referiu que «o Instituto Ricardo Jorge e o Instituto Gulbenkian, no mês de novembro, fizeram o rastreio de cerca de 400 amostras, e não foi encontrada em Portugal esta variante» e que agora vão ser reforçados «os mecanismos de vigilância laboratorial e epidemiológica para ter respostas mais robustas nos próximos tempos».

Com o início da vacinação agendado para 27 de dezembro, o Secretário de Estado assegura que está tudo pronto para começar esta operação «serenamente e com tranquilidade».

António Lacerda Sales considera que é preciso vacinar o maior número de pessoas no menor espaço de tempo para o país atingir a imunidade de grupo o mais rápido possível, a começar pelos grupos prioritários: profissionais de saúde, pessoas em lares, cidadãos «com morbilidades».

Esta quarta-feira, dia 23 de dezembro, António Lacerda Sales, deslocou-se a Viseu para acompanhar a situação epidemiológica e resposta à pandemia no distrito, bem como para desejar as Boas Festas aos profissionais que exercem funções nesta quadra festiva.

A visita foi acompanhada pelo Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, que acompanha a execução do estado de emergência na Região Centro.

Nesta deslocação, o governante teve a oportunidade de visitar a obra de ampliação e requalificação do Serviço de Urgência Polivalente do CHTV, seguindo-se uma visita ao Laboratório de Biologia Molecular.

O Secretário de Estado aproveitou ainda a ocasião para cumprimentar os profissionais de saúde da instituição e desejar umas festas felizes.


Exposição | Memória da Covid-19

23/12/2020
pessoas na rua saude

Profissionais do CHULC homenageados em exposição de fotografia

Os “tempos difíceis” de pandemia vividos pelos profissionais do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC) estão retratados numa exposição fotográfica que é inaugurada esta quarta-feira e que é uma homenagem a todos os trabalhadores.

«Os nossos Profissionais são o nosso Rosto» é o tema da exposição composta por seis conjuntos de cinco fotografias selecionadas entre as centenas de imagens obtidas no CHULC durante o mês de maio de 2020 pela lente do fotógrafo Rodrigo Cabrita.

De acordo com a Presidente do Conselho de Administração do CHULC, Rosa Valente de Matos, «Esta exposição é uma homenagem a todos os que trabalham no CHULC nestes tempos extremamente difíceis que nós enfrentamos de pandemia» e «é fruto do envolvimento de todas as áreas, das instalações e equipamentos às pessoas que trabalham na prestação direta de cuidados».

As 30 fotografias que são parte de um trabalho que integra a «Memória da Covid-19» vão passar, até ao início de fevereiro, pelos seis hospitais que integram o CHULC (S. José, Capuchos, Curry Cabral, Santa Marta, D. Estefânia e Maternidade Alfredo da Costa).

«É um projeto que pretende documentar e divulgar a assistência prestada a todos aqueles que procuraram o nosso centro hospitalar, portanto envolve, efetivamente, os nossos utentes, mas envolve, essencialmente, os nossos profissionais. Portanto, é uma exposição de profissionais para profissionais», adiantou Rosa Valente de Matos.

O fotógrafo Rodrigo Cabrita recordou, em declarações à Lusa, como começou este trabalho que deu origem à exposição: «Eu sou freelancer e na altura propus-me fazer um trabalho sem ter grande perspetiva de publicação», sublinhando que o que pretendia era ter um registo deste «tempo tão novo, diferente e mau» no seu acervo e deixar a sua marca.

Contactou o Conselho de Administração do CHULC que deu o parecer favorável para juntos fazerem o projeto “Memória da Covid-19”, que tinha também como finalidade criar «um acervo sobre a adaptação dos seis hospitais» para memória futura.

Para Rodrigo Cabrita, esta exposição homenageia não só os profissionais de saúde da «linha da frente», mas também aqueles que «são da linha da frente, que não se veem, mas que dão outro tipo de conforto».

«O que me trouxe mais-valia ao trabalho foi que tanto estive a fotografar o senhor que alcatroa um bocadinho da estrada, o senhor da manutenção que arranja um cano, a senhora da lavandaria que está a tratar da roupa, as senhoras da cozinha, que tratam do outro conforto, como também estive no centro do furacão», contou.

Para Rosa Valente de Matos é importante que a «memória» deste tempo de pandemia fique retratada em fotografias porque o CHULC foi «o primeiro centro hospitalar da zona sul de referência à Covid-19» e, portanto, «também temos esse dever de deixar este trabalho para o futuro, para que mais tarde as pessoas venham a perceber, através da fotografia e de alguns testemunhos que vamos ter daquilo que se fez, das dificuldades, dos sucessos, porque passámos neste tempo tão emblemático, que nos trouxe tantas incertezas como foi o ano 2020».

Para saber mais, consulte:

CHULC – http://www.chlc.min-saude.pt/