Notícias em 10/02/2021

Relatório de Situação nº 345 | 10/02/2021

Relatório de Situação nº 345 | 10/02/2021 – DGS

Relatório de Situação nº 345 | 10/02/2021

Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação


Covid-19 | Capacidade de vacinação

10/02/2021

Coordenador prevê capacidade para administrar até 150 mil vacinas por dia

Portugal terá uma capacidade para administrar entre 100 e 150 mil vacinas por dia, podendo duplicar esse número aos fins-de-semana, e os grupos prioritários previstos no plano de vacinação contra a Covid-19 não serão alterados, apesar dos atrasos no fornecimento de vacinas, garante o novo Coordenador da  Task Force do Plano de Vacinação contra a Covid-19, Henrique Gouveia e Melo.

«Não faria sentido mudar as prioridades porque não há vacinas», afirmou o responsável, lembrando que a forma como as pessoas foram priorizadas para serem vacinadas «tem muito a ver com os riscos e patologias».

Henrique Gouveia e Melo, que sucedeu a Francisco Ramos na coordenação da task force,  mostrou-se desfavorável a que a estratificação passe a ser feita por idades, alegando estudos que defendem que «atacar as comorbilidades salva mais pessoas do que atacar por faixas etárias decrescentes».

O responsável, em entrevista à TVI, admitiu ainda que, a manter-se um cenário de escassez de vacinas, a produzida pela AstraZeneca possa ser administrada a pessoas com mais de 65 anos.

No decurso da entrevista, o responsável admitiu que o «o país tem capacidade para um ritmo muito elevado de vacinação, e vamos fazê-lo, assim haja vacinas para isso»,  estimando que o país, usando a capacidade máxima, consiga administrar «entre as 100 e as 150 mil vacinas por dia, em períodos normais e nos fins-de semana duplicar isso».

Numa altura em que o ritmo de vacinação ronda as «22 mil vacinas por dia», o responsável pelo plano prevê que, no segundo trimestre do ano, «se vierem as vacinas que estão contratadas e que se pensam que virão, o ritmo aumentará para cerca de 80 a 81 mil vacinas por dia».

Portugal com 910 postos de vacinação prontos a atuar

A este propósito, Henrique Gouveia e Melo afirmou ainda que Portugal conta atualmente com 910 postos de vacinação prontos a atuar, nos centros de saúde, número que poderá ser alargado para 1.200 postos.

Trata-se, segundo o coordenador do plano de vacinação, de «uma malha que atinge de forma muito capilar a população portuguesa, está espalhada no território nacional» e «pronta para trabalhar».

Com o aumento do número de vacinas, no segundo trimestre no ano, admite a necessidade de encontrar «soluções» como «postos de vacinação massiva, alargar os períodos aos fins-de-semana ou usar outros agentes que possam vacinar, como por exemplo as farmácias».

O vice-almirante que quer chegar ao período de maior capacidade de vacinação «sem improvisações», assegurou ainda que a Task Force da vacinação continuará a «fechar a norma» para impedir mais casos de vacinação abusiva.

«Em cada mil vacinas que foram administradas houve uma que não temos a certeza se cumpriu com as regras», afirmou, sublinhando que «é preciso ter ideia desta proporção».

Em Portugal já foram recebidas 503 mil vacinas, 43 mil das quais foram para a Madeira e para os Açores e 460 mil ficaram no continente.

Destas 460 mil que estão no continente, já foram administradas 400 mil vacinas, estando em reserva 60 mil.

Para saber mais, consulte:

Portal SNS > Vacinação Covid-19


Alerta do Infarmed

10/02/2021

Suspensão da comercialização das máscaras da marca Famapro

O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde alertou, através de circular informativa, para a suspensão da comercialização e retirada do mercado das máscaras cirúrgicas do tipo IIR, marca Famapro, por apresentarem indevidamente a marcação CE e não haver evidência de cumprirem todos os requisitos legais aplicáveis a nível europeu.

De acordo com o documento, as máscaras, fabricadas pela empresa “Nah Anh Equipment Trading Production Co. Ltd., com mandatário Seamodal Cargo, Lda.,” ostentando marcação CE indevida, apresentam ainda documentação técnica incompleta.
Por esse motivo, o Infarmed determina a suspensão imediata da distribuição desse lote e informa que as entidades que possuam este lote em stock não o podem vender, dispensar ou administrar, devendo proceder à sua devolução.

Assim, o Infarmed determinou a imediata suspensão da comercialização e retirada do mercado nacional dos referidos dispositivos, alertando que as entidades que eventualmente disponham de unidades deste dispositivo médico não as devem utilizar e devem entrar em contacto com o mandatário.

Para saber mais, consulte:

Infarmed > Circular informativa


Covid-19 | Distribuição de vacinas

10/02/2021

Capacidade da indústria aquém das expetativas, afirma Marta Temido

A Ministra da Saúde afirmou esta quarta-feira durante uma audição na Comissão Parlamentar de Saúde que a capacidade da indústria farmacêutica de fazer a distribuição de vacinas contra a Covid-19 está aquém das expectativas.

«Se é certo que a ciência respondeu e conseguimos ter uma vacina muito rapidamente, se é certo que conseguimos também ter aprovações relativamente às vacinas num período relativamente célere, o que é facto é que a capacidade produtiva destas companhias não está a responder ao nível que desejaríamos», observou Marta Temido.

A Ministra salientou que Portugal, que assume atualmente a presidência da União Europeia, tem «uma responsabilidade especial» nesta matéria.

Compras autónomas: «Não queremos esse caminho, de facto»

Relativamente à questão das patentes, a Ministra da Saúde afirmou que «a questão da quebra das patentes é um tema que tem sido muito discutido».

«Mas a questão que se coloca é que a quebra das patentes não nos iria resolver o problema de capacidade produtiva e de capacidade industrial e, portanto, quando muito ficaríamos com a possibilidade de ter uma fórmula para fabricar, mas continuaríamos a não ter onde a fabricar e essa é a nossa dificuldade», justificou.

A governante explicou que se fossem quebradas as patentes, ficavam com a receita, mas não com o produto. «Só para fazer demonstrações de força, não penso que sirva o melhor interesse dos portugueses e penso que, sobretudo, teria custos no médio e longo prazo muito elevados».

Para a Ministra da Saúde, compras autónomas «seria o pior» que poderia acontecer, recordando «aquilo que foi a luta pelos ventiladores».

«Não queremos esse caminho, de facto», vincou Marta Temido, sublinhando que «Portugal tem apoiado vivamente, esforçadamente», o mecanismo Covax (mecanismo de acesso mundial às vacinas) e inclusivamente está empenhado no envio também de doses adquiridas pelo país, quando for considerado oportuno e possível em termos técnicos, para países africanos de língua oficial portuguesa.

Fotografia: João Bica | Portal do Governo


Covid-19 |Realizados 7,6 milhões testes

10/02/2021

Ministra da Saúde defende testagem massiva e pondera testes gratuitos

A Ministra da Saúde defendeu hoje a necessidade de uma testagem massiva à Covid-19, não descartando a hipótese da realização de testes gratuitos.

«Acompanhamos inteiramente a necessidade de utilizar massivamente testes, desde testes PCR, a testes rápidos de antigénio, até aos testes de saliva que já se encontram também disponíveis, independentemente das recomendações que recebemos recentemente», afirmou Marta Temido na Comissão de Saúde, na Assembleia da República.

Por isso, sublinhou, «já exortamos a Direcção-Geral da Saúde (DGS) a rever as orientações técnicas, considerando para o efeito de realização de testes que devem ser considerados todos os contactos e não restringir a contacto de risco».

O aumento da testagem tem sido defendido por vários especialistas, nomeadamente pelo epidemiologista Manuel do Carmo Gomes, que disse na terça-feira que a testagem em massa é a «arma principal» no combate à pandemia.

Segundo a governante, pode ser ponderado o uso das várias tipologias de teste no mercado, segundo o nível de risco do contacto. Adiantou ainda que solicitou à Direção-Geral da Saúde que avalie «a realização de testes em setores que não estão parados, como a indústria, construção civil» e que estão associados «a maiores surtos por altura do desconfinamento de maio do ano passado».

A Ministra da Saúde avançou ainda que está também em estudo «o acesso gratuito a estas metodologias e acesso em locais simples, prescindido da prescrição clínica».

Capacidade de rastreio quase triplicou entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021

Marta Temido referiu que já foram realizados 7,6 milhões de testes à Covid-19, sublinhando que a capacidade de rastreio quase triplicou entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021.

Questionada também pelos deputados sobre os critérios de vacinação, a Ministra da Saúde afirmou que são utilizados critérios técnicos.

«Nós não os inventámos, eu não inventei nenhum critério de vacinação. Foram aqueles que foram propostos pela comissão técnica de vacinação contra a covid-19, que é uma estrutura independente Task Force do Plano de Vacinação contra a Covid-19 e foram depois remetidos ao Ministério da Saúde pela DGS», sublinhou.

Quanto ao alargamento do prazo entre primeira e segunda dose, Marta Temido afirmou que «a comissão técnica de vacinação contra a Covid-19 fez essa proposta, a task force não a secundou e a DGS não a secundou».

Simulador: Elegíveis para vacinação

Sobre convocatória dos mais velhos para a vacinação, a Ministra da Saúde explicou que, neste momento, as pessoas que estão elegíveis para vacinação ainda nesta primeira fase irão ser contactados por uma de três vias: serviço de mensagens curtas (SMS), telefone ou carta.

Os centros de saúde receberam a listagem das pessoas que estão inscritas e que têm 80 anos ou mais ou entre 50 anos e 79 anos e uma de quatro comorbilidades (insuficiência renal, doença pulmonar obstrutiva crónica, doença cardíaca ou insuficiência coronária).

Estas pessoas serão contactadas e a sua vacinação será agendada a partir do final desta semana, disse, avançando que haverá também um simulador onde as próprias pessoas, ou com a ajuda de um familiar, inserir os seus dados e verificar se estão incluídas ou não.


CHUCB | Unidade de Apoio Pós-Alta

10/02/2021

Unidade de apoio de retaguarda abre no início da próxima semana

O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB) prevê abrir, já no início da próxima semana, a Unidade de Apoio Pós-Alta, que permitirá proporcionar aos utentes com alta clínica, mas que não dispõem de autonomia, apoio familiar ou condições adequadas no domicílio.

Em comunicado, o centro hospitalar revela que a unidade, criada nas instalações cedidas do Seminário do Tortosendo, e que conta com 20 camas hospitalares, doadas pela iniciativa «Aconchegar» é uma solução adequada, «fruto de uma parceria entre o CHUCB e a Câmara Municipal da Covilhã, que permitirá aliviar a pressão que se faz sentir nas áreas de internamento hospitalar».

Recorda-se que o projeto «Aconchegar» nasceu como resposta à necessidade de levar conforto a todos os que mais precisam, como os doentes e profissionais que estão no combate à pandemia de Covid-19, sendo que até ao momento já foram doadas, por esta via mais de 150 camas.

Para saber mais, consulte:

CHUCB > Notícias


Ministra na Comissão de Saúde

10/02/2021

Capacidade de rastreio quase triplicou entre dezembro e fevereiro

A capacidade de rastreio dos casos de covid-19 quase triplicou entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021, afirmou hoje a Ministra da Saúde, Marta Temido, sublinhando que a resiliência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi “posta à prova”.

Numa audição na Comissão de Saúde, na Assembleia da República, em Lisboa, Marta Temido lembrou que as autoridades avançaram também com a “simplificação dos inquéritos epidemiológicos” e a “adoção de modelos colaborativos” a este nível, que, de acordo com a governante, permitem “na maioria do país” a garantia de contacto com as pessoas nas primeiras 24 horas.

Reconhecendo um mês de janeiro que colocou “duramente” à prova o SNS, a Ministra da Saúde vincou que “a resposta foi dada” e que a capacidade de trabalho demonstrada tornou todo o sistema “mais forte”.

Na sua intervenção, a Ministra lembrou o reforço da capacidade de rastreio das autoridades de saúde pública, “quer através da mobilização de funcionários da administração central e local, estudantes e de elementos das forças de segurança e armadas”. “Em 13 de dezembro, o número de profissionais, equivalentes a tempo integral, a realizar inquéritos epidemiológicos era de 427 e em 04 de fevereiro ultrapassavam os 1.100”, realçou.

Relativamente às medidas de resposta à pandemia de Covid-19, Marta Temido salientou a “melhoria e expansão da linha SNS24”, o “reforço da capacidade laboratorial” através de um programa vertical de reforço orçamentado em 8,4 milhões de euros, “que permitiu passar de uma autonomia de 6.000 testes PCR por dia para cerca de 22.000 só na rede SNS”, e o “programa centralizado de financiamento de cuidados intensivos”.

A governante destacou também a compra de mais de 1.100 ventiladores desde o início da pandemia e revelou também ter assinado na terça-feira um despacho que autoriza uma “despesa de mais de nove milhões de euros para ampliação” de outros serviços de medicina intensiva nos hospitais do SNS.

Sobre os recursos humanos, a Ministra destacou o regime excecional de contratação para a resposta à covid-19, permitindo “a celebração de 8.452 contratos que ainda se encontram ativos, dos quais mais de 1.300 já foram convertidos em contratos sem termo”, sendo que outros 800 estão em concurso e mais 1.251 são “suscetíveis de conversão ate ao final do primeiro trimestre”.

Ainda sobre esta temática, Marta Temido referiu que a rede pública de saúde contava no final de 2020 com mais 9.123 trabalhadores, entre os quais 614 médicos especialistas, 3.263 enfermeiros e 3.207 assistentes, que se traduziu num aumento da despesa que estava prevista.

A Ministra indicou como metas para este ano a “aceleração da vacinação e a expansão da testagem”, a “recuperação das necessidades assistenciais não covid” e a “aprovação do estatuto do SNS”, para concretizar ainda no primeiro semestre.


Recolha voluntária de lotes do medicamento Respreeza – Antitripsina alfa-1, 1000 mg-20 ml, Pó e solvente para solução para perfusão – Infarmed

InfarmedImg

Circular Informativa N.º 016/CD/550.20.001 Data: 02/02/2021

Para: Hospitais, ARS, Centros de Saúde, Ordens Profissionais, Associações Profissionais, Distribuidores por Grosso de Medicamentos

Tipo de alerta: med

Contactos

  • Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde (CIMI); Tel. 21 798 7373; E-mail: cimi@infarmed.pt; Linha do Medicamento: 800 222 444

10 fev 2021

Na sequência de uma notificação de defeito de qualidade emitida pela Autoridade Europeia do Medicamento (EMA na sigla em inglês) relativamente aos medicamentos Respreeza (Antitripsina alfa-1), 1000 mg/20 ml, na forma farmacêutica – Pó e solvente para solução para perfusão, com o número de registo 5761937, a CSL Behring, Lda., irá proceder à recolha voluntária dos lotes do medicamento conforme tabela em baixo, por medida cautelar, na sequência de ter sido detetado uma falha na fase de enchimento dos frascos do medicamento, podendo conduzir a contaminação microbiológica do produto.

Assim, o Infarmed determina a suspensão da utilização e a recolha imediata dos seguintes lotes do medicamento:

Produto Lote Prazo de validade
Respreeza® (Antitripsina alfa-1), 1000 mg/20 ml P100266784 2023-04-30
Respreeza® (Antitripsina alfa-1), 1000 mg/20 ml P100258963 2022-12-31
Respreeza® (Antitripsina alfa-1), 1000 mg/20 ml P100043497 2021-08-31
Respreeza® (Antitripsina alfa-1), 1000 mg/20 ml P100079861 2021-11-30
Respreeza® (Antitripsina alfa-1), 1000 mg/20 ml P100126451 2022-01-31

Face ao exposto:

  • Atendendo a que este medicamento é utilizado apenas em meio hospitalar, as entidades que que deles disponham não os poderão vender ou administrar, devendo proceder à sua devolução.

O Conselho Diretivo