Notícias em 12/04/2022

imagem do post do Relatório de situação sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal – 12-04-2022

Relatório de situação sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal – 12-04-2022 – INSA

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12-04-2022

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do Núcleo de Bioinformática do seu Departamento de Doenças Infeciosas, disponibiliza o mais recente relatório de situação sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal. Até à data, foram analisadas 31.984 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 304 concelhos de Portugal.

No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2 que o INSA está a desenvolver, têm vindo a ser analisadas uma média de 520 sequências por semana desde o início de junho de 2021, provenientes de amostras colhidas aleatoriamente em laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 137 concelhos por semana.

Segundo o relatório do INSA, a frequência relativa da linhagem BA.1 atingiu um máximo na semana 2 (95,6%, 10 a 16 de janeiro), altura em que iniciou uma tendência decrescente. Esta linhagem regista uma frequência estimada de 5,8% ao dia 11 de abril, de acordo com a proporção de amostras positivas com “falha” na deteção do gene S (SGTF – S gene target failure).

De acordo com a proporção de amostras positivas não-SGTF (perfil indicador de caso provável de Omicron BA.2), estima-se que a linhagem BA.2 representou 94,2% das amostras positivas ao dia 11 de abril, refere o relatório do INSA. Em relação à linhagem BA.3 não foi detetado qualquer caso nas semanas 12 e 13 (dados em apuramento).

O documento indica também que, recentemente, foram classificadas duas novas linhagens da variante Omicron, BA.4 e BA.5, tendo esta última linhagem (BA.5) sido detetada em apenas um caso no âmbito da amostragem aleatória da semana 13 (28 de março a 3 de abril de 2022; dados em apuramento) na Região de Lisboa e Vale do Tejo e que, até à data, não foi detetado qualquer caso BA.4 em Portugal.

O relatório do INSA refere ainda que, em Portugal, os poucos vírus recombinantes identificados, até ao momento, foram detetados em casos esporádicos nas amostragens aleatórias semanais. Entre estes, destaca-se um caso associado ao recombinante com designação internacional “XM” detetado na semana 13 (28 de março a 3 de abril; dados em apuramento) na região Centro, o qual se caracteriza por um perfil genético híbrido em que a primeira metade do genoma é BA.1 e a segunda é BA.2.

O recombinante “XM” tem sido sobretudo detetado na Alemanha e Países Baixos, não havendo evidência de que apresente diferenças funcionais (ex., diferenças de transmissibilidade ou de evasão do sistema imunitária) em relação às linhagens parentais BA.1 e BA.2.


“Todas as crianças são apenas crianças e não refugiadas ou migrantes”

“Todas as crianças são apenas crianças e não refugiadas ou migrantes”

Refletir sobre o que está a ser feito e o que pode ser melhorado e implementado para proteger as crianças migrantes e refugiadas em Portugal foi o principal objetivo do webinar “Direito à Saúde e Inclusão das Crianças Migrantes e Refugiada em Portugal”, promovido pelo Programa Nacional de Prevenção da Violência no Ciclo de Vida (PNPVCV) em parceria com o Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil (PNSIJ) da Direção-Geral da Saúde (DGS).

“Este tema, devido à urgência humanitária provocada pela guerra na Ucrânia, tornou-se mais premente. Temos de pensar em conjunto o que podemos fazer em relação aos vários direitos da criança em Portugal”, afirmou Bárbara Menezes, coordenadora do PNSIJ e coordenadora-adjunta do PNPVCV.

A iniciativa assinalou a campanha internacional do Mês de Abril – Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância. Vincando que estas crianças estão em situação de vulnerabilidade, a enfermeira recordou os vários programas nacionais promotores dos direitos das crianças, bem como os diversos mecanismos existentes e as recomendações, emitidas recentemente, no sentido de reforçar a vigilância de saúde destas crianças, tendo em conta a sua especial condição. As recomendações são também dirigidas aos serviços de saúde, que deverão estar especialmente alerta para sinais de violência e assegurar a humanização do atendimento.

O webinar contou também com a participação de José Matias, representante do Ministério da Educação na Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, que lembrou o papel da educação enquanto agente de transformação e inclusão. José Matias salientou que todos os cidadãos estrangeiros com idade compreendida entre os 6 e os 18 anos têm acesso à educação com os mesmos direitos que a lei atribui aos que residem em território nacional. Deste modo, as crianças provenientes da Ucrânia serão integradas no Sistema de Educação tão rápido quanto possível, assegurou.

Representantes do Conselho Nacional de Crianças e Jovens também participaram no webinar, onde foi ainda analisada a temática “Boas práticas de inclusão e não discriminação de crianças migrantes e refugiadas”, por Andreia Coelho e Dora Estoura, respetivamente, coordenadora do Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco Oriental e coordenadora da Casa de Acolhimento para Crianças Refugiadas.

O tema “Crianças migrantes e refugiadas: proteção e garantia dos seus direitos” foi abordado por Maria João Fernandes, vice-presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, Fernanda Silva, coordenadora do Gabinete da Saúde do Centro Nacional de Apoio a Integração de Migrantes na ARS Lisboa e Vale do Tejo, e de Rita Penedo, chefe de equipa do Observatório do Tráfico de Seres Humanos.

A sessão de encerramento ficou a cargo de Marta Chaves, coordenadora-adjunta do PNPVCV da DGS.


Conferências de Saúde Pública da Guarda

12/04/2022

“Doenças de notificação obrigatória evitáveis por vacinação” é o tema em debate

A Unidade de Saúde Pública a Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda organiza o I Ciclo de Conferências de Saúde Pública da Guarda, a decorrer durante o ano de 2022. Este ano, como área temática, serão abordadas as “Doenças de notificação obrigatória evitáveis por vacinação”.

O Programa Nacional de Vacinação permitiu controlar e eliminar um conjunto de doenças que, no passado, apresentavam elevada morbilidade e mortalidade. O sucesso do programa levou, no entanto, a uma diminuição da perceção do risco por parte dos profissionais de saúde, levando a que doenças como o sarampo, a tosse convulsa ou a rubéola possam não ser identificadas de forma precoce na prática clínica.

De acordo com a ULS da Guarda, objetivo do I Ciclo de Conferências é assim a capacitação dos profissionais de saúde para o diagnóstico e abordagem de casos suspeitos ou confirmados destas doenças, em estreita articulação com os serviços de Saúde Pública.

A primeira sessão decorrerá em formato online, via Teams, às 11h de dia 26 de abril e será dedicada ao tema “Difteria e Tosse Convulsa”.

Esta sessão é gratuita, mas carece de inscrição, até dia 21, através do link: https://forms.office.com/r/GWk9tFCJzE

Para saber mais, consulte:

ULS Guarda > Notícias


Coimbra | Procedimento pioneiro

12/04/2022

Substituição de válvula no coração sem recurso a cirurgia

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) realizou, pela primeira vez, a substituição de uma prótese valvular percutânea no coração de uma doente que não podia ser novamente sujeita a cirurgia, por método não invasivo, devido ao elevado risco operatório.

O procedimento consistiu na colocação de uma prótese valvular biológica por via minimamente invasiva não cirúrgica, com vista ao tratamento da regurgitação valvular tricúspide grave e sintomática.

A intervenção foi realizada com sucesso pela equipa de cardiologia de intervenção do Serviço de Cardiologia do CHUC, constituída por Marco Costa, Luis Paiva e Manuel Santos, com o apoio do Serviço de Cirurgia Cardíaca.

Este procedimento vai permitir a esta doente a melhoria das queixas de insuficiência cardíaca, o aumento da sua qualidade de vida e a redução do risco de reinternamento hospitalar.

 “A regurgitação desta válvula cardíaca provoca o refluxo de sangue do ventrículo direito para a aurícula direita, tendo impacto na qualidade de vida destes doentes. Estes doentes referem dificuldade progressiva para realizar esforços físicos, edemas generalizados no corpo e predispõem a internamentos hospitalares frequentes por descompensação cardíaca”, explicou Lino Gonçalves, diretor do Serviço de Cardiologia.

De acordo com Lino Gonçalves, esta “opção terapêutica menos invasiva possibilita o tratamento de mais doentes com esta patologia, sobretudo naqueles mais idosos, frágeis e com elevado risco cirúrgico e que frequentemente não tinham acesso a qualquer tratamento valvular para ajudar à sua estabilização clínica. Abre-se, assim, uma porta para o futuro que vai permitir a outros doentes poder beneficiar deste tipo de intervenção”.

Para saber mais, consulte:

CHUC – http://www.chuc.min-saude.pt/