Notícias em 18/11/2022

Norma nº 012/2022 de 18/11/2022

Norma nº 012/2022 de 18/11/2022 / DGS

Norma nº 012/2022 de 18/11/2022

Via Verde do Trauma no Adulto


HFZ-Ovar | Exames de radiologia

18/11/2022

Nova ferramenta permite melhoria do rastreio dos níveis de radiação

O Hospital Dr. Francisco Zagalo-Ovar (HFZ-Ovar) implementou o «Sectra DoseTrack», uma ferramenta abrangente de gestão de dose pró-ativo, que permite um acesso fácil e seguro às informações relacionadas com radiação. O novo sistema garante ainda o acesso rápido à dose do paciente e a exposição de radiação em toda a instituição.

Em comunicado, o Presidente do HFZ-Ovar, Luís Miguel Ferreira, explica que «este sistema de controlo de dose permite-nos uma maior operacionalidade de processos» e que, «nesta época de transformação digital, estamos empenhados em manter a nossa aposta na inovação e temos adquirido, nesse sentido, vários equipamentos de vanguarda e soluções de software, primando, sempre, pela qualidade e segurança dos diferentes serviços que oferecemos».

«Com o apoio da tecnologia, conseguimos, hoje em dia, sem margem para qualquer dúvida, agilizar o trabalho prestado e melhorar a perceção do utente sobre os serviços de saúde», sublinha Luís Miguel Ferreira.

Para o gestor do projeto, Rui Parreira, esta é «uma solução que tem como objetivo o registo e controlo em tempo real da dose radiação ionizante aplicada aos utentes, sendo uma ferramenta chave na comparação desses mesmos registos tendo em conta os diferentes equipamentos produtores de radiação ionizante e os intervalos de tempo em análise».

Para saber mais, consulte:

HFZ-Ovar – https://www.hovar.min-saude.pt/


Resposta ao surto Monkeypox em Portugal

18/11/2022

Ministério da Saúde agradece elevado compromisso da comunidade e da saúde pública

Assinalam-se esta sexta-feira, 18 de novembro, seis meses desde que foi declarado em Portugal um surto causado pelo vírus Monkeypox, que contabilizou até à data 948 casos. A resposta a este surto reforçou a importância da colaboração entre profissionais de saúde, associações de base comunitária, pessoas e setores mais afetados pela infeção.

Portugal foi um dos primeiros países a detetar casos de infeção por Monkeypox. Tratando-se de um surto com características diferentes de situações anteriores, e que viria a tornar-se uma emergência de saúde pública de âmbito internacional, foi necessário, em Portugal e nos outros países, identificar os principais sintomas, períodos de incubação e vias de transmissão, de forma a informar e definir medidas de prevenção eficazes e interromper cadeias de transmissão.

Adicionalmente, a partir de julho, disponibilizou-se a vacina, inicialmente apenas para contactos de casos, dada a escassez do número de vacinas a nível global, e posteriormente esta foi sendo alargada a outras pessoas em maior risco. Até ao momento foram vacinadas 1190 pessoas.

O Ministério da Saúde agradece nesta data o elevado compromisso, esforço e empenho da Direção Geral da Saúde, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e da comunidade na abordagem atempada e serena deste surto.

Reconhecendo o contributo decisivo da sociedade civil nesta resposta, a Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, acompanhada pela Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, e pelo Delegado de Saúde Regional de Lisboa e Vale do Tejo, António Carlos Silva, visitou esta semana o centro comunitário Checkpoint LX do GAT – Grupo de Ativistas em Tratamentos, um dos locais onde foi dado o alerta precoce para a circulação do vírus Monkeypox em Portugal. Com uma longa experiência na prevenção e resposta a infeções sexualmente transmissíveis, o Ministério da Saúde reconhece todos os esforços desenvolvidos e a enorme qualidade do trabalho desta organização, nomeadamente o seu contributo para diagnosticar a infeção e na vacinação, bem como a criação de uma linha telefónica de apoio nesta área.

Foi detetado apenas um caso de Monkeypox em novembro, o balanço mais reduzido desde o início da epidemia. É um balanço muito positivo, mas não significa a erradicação do vírus, pelo que se manterá a vigilância.

Apesar da baixa circulação do vírus atualmente, recomenda-se fortemente a vacinação das pessoas em risco. A vacina para Monkeypox mantém-se com marcação prévia, mediante o cumprimento de critérios de elegibilidade.

18 de novembro de 2022


Conselho de Gestão da Direção Executiva do SNS

18/11/2022
Comunicado

Cinco elementos vão apoiar diretor-executivo na melhoria da resposta em rede do SNS

O Conselho de Gestão da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi hoje, 17 de novembro, aprovado em Conselho de Ministros. Os cinco elementos agora designados juntam-se a Fernando Araújo na missão, atribuída à nova estrutura, de coordenar a resposta das várias unidades de saúde do SNS. Iniciam funções no primeiro dia útil do mês de dezembro.

Com esta alteração orgânica, que marca um novo caminho nas mais de quatro décadas de história do Serviço Nacional de Saúde, pretende-se adaptar a capacidade de resposta às atuais necessidades, o que passa por assegurar um melhor funcionamento em rede e adaptar e otimizar a capacidade de resposta das várias instituições, traduzindo-se a nova dinâmica em mais e melhor acesso à saúde para todos os cidadãos, conforme compromisso assumido pelo XXIII Governo Constitucional.

O Diretor Executivo do Serviço Nacional de Saúde, Fernando Araújo, tinha entrado em funções no passado dia 2 de novembro, na sequência do determinado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 98/2022.

Breve súmula curricular do Conselho de Gestão

  • Fátima Fonseca, médica especialista em Medicina Geral e Familiar, foi vogal executiva com funções de diretora clínica para a área dos Cuidados de Saúde Primários da Unidade Local de Saúde do Alto Minho entre 2018 e 2022 e médica na mesma ULS e em várias estruturas da Administração Regional de Saúde do Norte e Centro.
  • Francisco Goiana, médico,foi Programe Manager – Strategic Partnerships Policy na Google – Youtube EMEA (2021 a 2022), consultor da Organização Mundial de Saúde (2019 a 2022) e técnico especialista do Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde (2015 a 2018).
  • Filomena Cardoso, enfermeira, integrou o Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de São João como enfermeira diretora entre 2016 e 2022, foi vogal do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde do Norte (2009 a 2011) e enfermeira diretora da Maternidade Júlio Dinis (1998 a 2007).
  • Rita Moreira, gestora, foi vogal executiva do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Porto entre 2019 e 2022, vice-presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde do Norte (2016 a 2019) e assessora financeira do Centro Hospitalar do Porto (2012 a 2016).
  • Jaime Alves, jurista, foi vogal do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central entre 2019 e 2022, chefe do gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde (2015 a 2018) e desempenhou várias funções como técnico especialista, adjunto e chefe do gabinete no Ministério das Finanças.

A Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, com orgânica aprovada pelo Decreto-Lei n.º 61/2022, de 23 de setembro, tem como missão coordenar a resposta assistencial das unidades de saúde do SNS. Passará também a coordenar a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e a Rede Nacional de Cuidados Paliativos, o que permitirá acompanhar de forma mais abrangente as respostas aos utentes nos vários ciclos de vida, um objetivo estabelecido pela equipa governativa do Ministério da Saúde.

A entrada em pleno funcionamento deste instituto público de regime especial integrado na administração indireta do Estado, prevista para 1 de janeiro de 2023, corresponde a uma profunda alteração à orgânica do SNS, determinante para uma visão mais global do sistema de saúde. Desta forma, a Direção Executiva conduzirá as adaptações necessárias à concretização das principais políticas e prioridades em saúde definidas pelo Ministério da Saúde, nomeadamente as que constam da proposta do Orçamento do Estado para 2023, já aprovada na generalidade.

17 de novembro de 2022


Mostra “Centenário do nascimento de Laura Ayres” inaugurada no âmbito das comemorações do Dia do Instituto Ricardo Jorge

imagem do post do Mostra “Centenário do nascimento de Laura Ayres” inaugurada no âmbito das comemorações do Dia do Instituto Ricardo Jorge

18-11-2022

No âmbito das comemorações do Dia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) 2022, foi inaugurada, nas instalações do INSA em Lisboa, a mostra “Centenário do nascimento de Laura Ayres”. Resultado de uma parceria entre a Câmara Municipal de Loulé e o INSA, a iniciativa visa comemorar os 100 anos do nascimento da investigadora Laura Ayres, sendo composta por trabalhos artísticos e painéis desenvolvidos por estudantes e objetos da coleção do Museu da Saúde.

Entre as peças que compõem esta mostra, destaque para as obras executadas pelos alunos da Escola Secundária Dra. Laura Ayres, em Quarteira. O painel “Laura Ayres”, elaborado por uma turma de alunos estrangeiros, aborda o tema do Património da Região através do reaproveitamento de teclas de teclados e retira inspiração da calçada portuguesa para criar o retrato de Laura Ayres. O segundo painel, intitulado “Janela Aberta Sobre a Laura Ayres”, é também um retrato da investigadora, feito por alunos do 10º ano da disciplina de Desenho-A através de uma mista de técnicas.

“Mural Portátil Laura Ayres” é o terceiro e último trabalho realizado por estudantes da referida escola, da qual Laura Ayres é patrona. Esta instalação que aproveita caixas de computadores portáteis para, através da pintura com tinta de têmpera, prestar homenagem à vida e obra da especialista em Saúde Pública, que se evidenciou como virologista, médica e docente, tendo a sua vida profissional ficado intimamente ligada ao INSA, instituição onde desempenhou diversos cargos, entre os quais o de subdiretora.

Laura Guilhermina Martins Ayres (1922-1992) licenciou-se em medicina, em 1946, e iniciou a sua carreira nos hospitais onde se interessou pelo estudo das doenças transmissíveis. Anos mais tarde, em 1955, começou a sua carreira de virologista no então designado Instituto Superior de Higiene (ISH), quando a área da Virologia era praticamente inexistente. Partindo de uma pequena unidade do ISH, o Centro Nacional da Gripe, Laura Ayres conseguiu desenvolver o Laboratório de Virologia, com autonomia a partir de 1971, tornando-se num dos melhores laboratórios de Virologia Clínica e Epidemiológica. Em 1985, criou o Centro de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis.

Além do trabalho pioneiro que desenvolveu na área da Virologia, Laura Ayres foi também a “voz e a figura” da luta contra a SIDA em Portugal, estando na origem da Comissão Nacional da Luta Contra a SIDA e na criação do Laboratório de Referência da SIDA do INSA, uma das primeiras instituições portuguesas a desenvolver o diagnóstico laboratorial da infeção VIH/SIDA. Pelo seu importante papel na investigação em Saúde Pública, foi agraciada com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada (1992).


Instituto Ricardo Jorge participa em reunião de lançamento de projeto europeu de partilha de dados genómicos

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18-11-2022

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não-Transmissíveis, participou, dias 17 e 18 de novembro, em Bruxelas, na reunião de lançamento da European Genomic Data Infrastructure (GDI), um novo projeto da União Europeia (UE) para desbloquear a possibilidade da aplicação da genómica humana na saúde, investigação e inovação.

Alicerçado na atividade preparatória desenvolvida pelos dois grupos de trabalho “1+MG” e do projeto “B1MG”, nos quais o INSA também participa, o projeto GDI reúne 20 Estados-membros da UE com as organizações de infraestruturas Biobanking and Biomolecular Resources Research Infrastructure (BBMRI) e European Molecular Biology Laboratory (EMBL) com o objetivo de apoiar a visão da Iniciativa 1+MG para proporcionar melhores cuidados de saúde aos cidadãos europeus, permitindo o acesso e a partilha de cerca de um milhão de genomas e respetivos dados clínicos.

Com um valor global de cerca de 40 milhões de euros, cofinanciado pela Comissão Europeia no âmbito do Programa Europa Digital e pelos Estados-membros participantes, este novo projeto é coordenado pela European Life-science Infrastructure for Biological Information (ELIXIR). A coordenadora do GDI e chefe da equipa do ELIXIR – Human Genomics and Translational Data,  Serena Scollen, vê como fundamental a existência de uma infraestrutura para os dados genómicos, sublinhando que, em breve, será “rotineiro requisitar genomas no âmbito dos cuidados de saúde”.

A responsável por este novo projeto europeu considera ainda que “a falta de infraestruturas necessárias para apoiar a descoberta, acesso, partilha e análise de dados genómicos humanos em grande escala” é “um dos maiores desafios a ultrapassar”, pelo que apenas “trabalhando juntos, os países poderão implantar uma infraestrutura para facilitar o acesso seguro a dados entre os países participantes”, com benefício para “os cidadãos europeus e de todo o mundo”.

O GDI é um projeto europeu que visa desbloquear o acesso a uma mega rede de dados de genomas humanos para servir de referência clínica e para investigação, criando novas oportunidades de desenvolvimento de atividades de cooperação entre os vários países em medicina personalizada, aplicáveis às doenças comuns, raras e infeciosas. Os utilizadores autorizados dos dados tais como médicos, investigadores e inovadores, poderão expandir o seu conhecimento da genómica para tomada de decisões clínicas, diagnósticos, tratamentos e medicina preditiva mais precisos e rápidos, e para melhorar as medidas de saúde pública para benefício os cidadãos europeus, sistemas de saúde e a economia em geral.