Notícias a 17 e 18/01/2024

Utilização de oxigénio com concentração de 93%

18/01/2024

Recomendações de grupo de trabalho

O Ministério da Saúde divulga esta quinta-feira, 18 de janeiro, o relatório final do grupo de trabalho designado em junho de 2023, por despacho do Ministro da Saúde, para analisar a utilização de oxigénio com concentração de 93% na prática clínica, produzido localmente através do recurso a dispositivo médico.

Após avaliar este modo de produção de oxigénio medicinal, o grupo de trabalho considera que nenhum aspeto impede a utilização de O2 93%, desde que sejam utilizados todos os mecanismos de monitorização obrigatórios e sejam asseguradas pela instituição todas as condições para a prática clínica segura.

Recomendam ainda que a introdução de nova tecnologia seja feita de forma progressiva e preferencialmente testada nas estruturas de ambulatório.

No âmbito do grupo de trabalho, foram recebidos pareceres da Ordem dos Médicos, da Ordem dos Farmacêuticos, da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia e da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos.

O grupo de trabalho foi coordenado por António José Pais Martins, designado pelo Gabinete do Ministro da Saúde, incluindo representantes da Entidade Reguladora da Saúde, da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, do Infarmed, da Administração Central do Sistema de Saúde e ainda duas peritas nesta área.

Consulte:

Relatório


50 anos da Sociedade da Pneumologia

18/01/2024

“A pobreza é um dos maiores determinantes de doença, nomeadamente nas doenças respiratórias”, disse Margarida Tavares

“A pneumologia tem uma história de grande contacto com a população e com o impacto das desigualdades sociais no risco e na carga de doença”, disse Margarida Tavares, nas comemorações dos 50 anos da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), que decorreram no dia 17 de janeiro, em Lisboa.

A Secretária de Estado da Promoção da Saúde defendeu ainda que “a pobreza é um dos maiores determinantes de doença, nomeadamente nas doenças respiratórias”, concretizando que “a incidência é maior, os tratamentos são mais tardios, a letalidade é maior nas pessoas que vivem em situação de maior vulnerabilidade e pobreza”.

O período da pandemia por COVID-19 foi naturalmente referido, tendo Margarida Tavares agradecido o empenho da SPP no esclarecimento dos profissionais de saúde, para uma doença à data desconhecida, através da realização de webinars, de sessões clínicas online e da emissão de documentos com diretrizes e recomendações sobre diversos procedimentos técnicos.

“Ao mesmo tempo, através da forte presença em meios de comunicação social e das redes sociais, a SPP divulgava, para a população, campanhas de apelo à prevenção, vacinação e cumprimento das regras de saúde pública então implementadas”, afirmou a governante.

Margarida Tavares abordou ainda os desafios colocados à sociedade portuguesa. Sem esquecer que “Portugal já não é o país de 1974, o ano em que nasceu a SPP”, alertou que, sem prejuízo “do caminho percorrido em muitas dimensões, nas condições de vida, no acesso à justiça, ao emprego, à saúde, nos níveis de educação”, é ainda necessário “desenvolver mecanismos suficientemente capazes para aproveitar as sinergias e complementaridade da sociedade civil e das associações de base comunitária”.

A secretária de Estado apelou ainda à união em torno do trabalho relativamente à prevenção do tabagismo, referindo que necessário “persistir neste desígnio. No entender da governante, “temos o dever de criar ambientes que reduzam o estímulo a fumar nas gerações mais novas, que é exatamente o contrário do que está a acontecer com os novos produtos de tabaco”.


40 anos de resposta ao VIH

18/01/2024
Margarida Tavares

Margarida Tavares destacou percurso de excelência de Portugal e importância da temática dos direitos humanos

“VIH e Direitos Humanos, 40 anos da resposta ao VIH em Portugal”. Este foi o tema da conferência que decorreu esta quarta-feira, dia 17 de janeiro, em Lisboa, no âmbito da 40ª reunião da Comissão Nacional para os Direitos Humanos. A Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, na sessão de encerramento, agradeceu às organizações de base comunitária e às pessoas que todos os dias dão o seu contributo e o seu trabalho na área do VIH.

“A resposta ao VIH teve o mérito de uma vez mais mobilizar a sociedade para garantir o respeito pelos Direitos Humanos. De mostrar mais uma vez que não podemos deixar para trás seres humanos pela sua condição de doentes”, destacou a Secretária de Estado, reforçando que “além de enfrentarem uma nova infeção, desconhecida na época, sem tratamento e fatal, tiveram também de superar o medo generalizado, a culpabilização, a vergonha, a discriminação, a solidão e a perda”.

Para a governante, “a magnitude é tão notável que podemos afirmar, sem hesitação, que o VIH mudou o mundo, as sociedades, o ativismo e transformou a história da medicina”. “Indo aos inícios da epidemia, sabemos que foram as próprias pessoas com VIH, e muitas pessoas LGBTI+, que se organizaram para conseguir avanços na prevenção e no desenvolvimento de tratamentos eficazes e para ultrapassar o estigma”, acrescentou.

Margarida Tavares lembrou ainda que “as pessoas mobilizaram-se de todas as formas que conseguiram, com ação direta, com criatividade, investigação, advocacia, trabalho político. Não aceitaram um papel passivo na história, nem se conformaram com os tempos habituais do desenvolvimento dos tratamentos farmacológicos ou da implementação das políticas públicas. Mobilizaram-se com a urgência de quem tinha tudo a perder”.

“Esta é uma história dura, feita de sofrimento, dor e morte. Mais de 40 milhões de óbitos desde o início da epidemia. Mais de 15.700 mortes só em Portugal”, lamentou a governante, mas que lembrou também a “história de conquistas”. “Houve avanços no desenvolvimento dos tratamentos, disputas legais e acordos internacionais que permitiram alargar o acesso a esses fármacos, e uma sociedade civil que conquistou um lugar sem paralelo noutras áreas da saúde, mostrando que melhoramos com a participação das pessoas e das comunidades mais afetadas”.

“O VIH tornou evidente que as violações de Direitos Humanos facilitam a transmissão da infeção, atrasam o diagnóstico, limitam o acesso aos tratamentos, e prejudicam a vida das pessoas que vivem com o VIH”, disse também Margarida Tavares.

Sobre o caminho em Portugal, a governante defendeu que “demos passos importantes e muitas vezes precoces”. “No início do século adotámos uma abordagem inovadora na área das drogas, descriminalizando a posse e o consumo, enquanto se fazia um alargamento das respostas de prevenção, de redução de danos e de tratamento. Anos mais tarde, essa abordagem tornar-se-ia um modelo e uma referência para outros países, com resultados impressionantes”, evidenciou.

Finalmente, a Secretária de Estado reconheceu os muitos desafios a que falta ainda responder, para modernizar as respostas e prevenir e diagnosticar mais cedo. Ainda assim, frisou que “temos uma rede de serviços desenvolvida desde há 40 anos: um SNS de qualidade e humanizado, iniciativas da sociedade civil e do setor social financiados por todo o país, circuitos criados, conhecimento e massa crítica. E é este conjunto de serviços, projetos e intervenções que é capaz de diminuir de forma sustentada o número de novas infeções, como referido, de manter mais de 40.000 pessoas em tratamento”.


Transplantes Hepáticos em Coimbra | Novos Marcos

18/01/2024

CHUC realizou transplante de fígado com dador em paragem cardiocirculatória

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) realizou, em dezembro de 2023, o primeiro transplante hepático com um fígado de um dador em paragem cardiocirculatória, proveniente de Espanha, para uma jovem em falência hepática aguda.

“Esta conquista representa um avanço na busca pela otimização dos recursos disponíveis e pela oferta de uma melhor qualidade de vida aos nossos doentes”, sublinhou o Presidente da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra, Alexandre Lourenço, em comunicado.

A Coordenadora da Unidade de Transplantes Hepáticos de Adultos, Dulce Diogo, salientou que “no ano de 2023 se registou, no CHUC, a atividade mais elevada de sempre na transplantação”, com 88 transplantes hepáticos, 79 dos quais em recetores adultos e nove em recetores pediátricos, “só comparável com o ano de 2016 em que foram realizados 78 transplantes hepáticos”.

Desde o início do programa da transplantação hepática no CHUC, em outubro de 1992, até dezembro de 2023, foram realizados 1.679 transplantes, “sendo que 307 são pediátricos (18% do total de transplantes), 33 em dador vivo e nove ‘splits’ (desde 2012) de lobos direitos utilizados em doentes adultos no CHUC e seis enviados para outros centros”.

“Portugal é um dos líderes internacionais em transplantação hepática e ocupa “os primeiros lugares na doação em morte cerebral (3.º lugar, com 30,8/pmh, segundo dados de 2022), registe-se também que a taxa de transplantação hepática de adultos na região Centro que ultrapassa largamente a média nacional”, lê-se no comunicado.

Visite:

CHUC  –  http://www.chuc.min-saude.pt/


Otorrinolaringologia | Implementação de técnicas modernas

18/01/2024

ULS Nordeste inova e desenvolve um atendimento especializado de proximidade

A equipa do Serviço de Otorrinolaringologia (ORL) da Unidade Local de Saúde do (ULS) do Nordeste desenvolve um atendimento especializado de proximidade, que se diferencia pela evolução contínua ao nível da implementação de técnicas modernas, que contribuem para a melhoria contínua dos cuidados de saúde disponibilizados aos utentes.

O Serviço de Otorrinolaringologia da ULS do Nordeste, integrado na área cirúrgica, conta com uma equipa com vasta experiência nesta área, que é composta por quatro médicos especialistas de ORL e uma audiologista, nas três Unidades Hospitalares – Macedo de Cavaleiros, Mirandela e Bragança -, proporcionando assistência aos utentes do distrito de Bragança e dando ainda resposta a utentes de algumas áreas vizinhas, como por exemplo Vila Nova de Foz Côa e Valpaços.

Para saber mais, consulte:

ULS do Nordeste > Notícias


Reforço da RNCCI na região de Lisboa

18/01/2024

Aberto concurso para 2182 camas de cuidados continuados na região de Lisboa e Vale do Tejo

Já foram publicados os avisos para a ampliação da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) na região de Lisboa e Vale do Tejo, acrescendo aos avisos já publicados para a região Norte, Centro, Alentejo e Algarve.

No âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, para a região de Lisboa e Vale do Tejo fica agora disponível o financiamento de 2182 novas camas das diferentes tipologias de cuidados, a que se somam ainda 172 novos lugares em Unidades de Dia e Promoção de Autonomia (UDPA), 312 lugares de cuidados continuados integrados de saúde mental e duas equipas de apoio domiciliário também na área da saúde mental.

Os mais de 2 mil novos lugares na rede geral de cuidados continuados integrados distribuem-se da seguinte forma: 400 camas para cuidados convalescença, 220 camas para cuidados de média duração, 1480 para cuidados de longa duração e 82 camas em Unidades de Cuidados Paliativos.

Com a ampliação da RNCCI para LVT financiada pelo PRR, que será concretizada até ao final de 2025, a rede passará a contar com mais de 5500 camas na região, cumprindo-se o compromisso de dotar o país de uma oferta adequada às necessidades em saúde da população.

O financiamento das novas camas foi aumentado em 40% em junho de 2023, passando de 30 mil euros para 42 mil euros por cama. O Governo decidiu subir este valor para responder ao aumento dos preços das matérias primas e da mão de obra, especialmente no setor da construção, que ocorreu em resultado da crise global da energia e da guerra na Ucrânia, garantindo uma melhor execução do investimento.

Com a reprogramação de outubro de 2023, o financiamento PRR para reforço da RNCCI passou a totalizar 235 milhões de euros, investimento que permitirá, até 2025, abrir cerca de 5500 camas e aumentar a resposta a nível nacional para cerca de 15 mil camas.

Saiba mais, consulte:

Candidaturas-PRR – Recuperar Portugal


ULS de Leiria já realiza ecoendoscopia brônquica

18/01/2024

Exame permite realizar ecografia através da árvore brônquica

O Serviço de Pneumologia da Unidade Local de Saúde da Região de Leiria (ULS RL) iniciou no início de janeiro a realização de uma técnica minimamente invasiva que associa, num só procedimento, ecografia e broncoscopia: a ecoendoscopia brônquica, ou EBUS (Endobronchial Ultrasound). O novo broncoscópio representou um investimento de cerca de 160 mil euros.

Neste exame efetuado com anestesia geral ou sedação, o médico pneumologista introduz o fibroscópio (tubo flexível) pela boca ou pelo nariz do utente, equipado com uma sonda de ecografia, permitindo aceder com maior facilidade a lesões pouco visíveis em exames convencionais de broncoscopia, tendo como objetivo visualizar e puncionar (obter biópsias) massas pulmonares e mediastínicas, gânglios linfáticos, paredes das vias aéreas e outras estruturas.

A ecoendoscopia brônquica é utilizada para diagnosticar lesões pulmonares, despistar as suspeitas de doença maligna intra ou extratorácica e tumores de localização central, para fazer o estadiamento ou restadiamento de cancro do pulmão, e ainda o estudo de adenopatias hilares e mediastínicas, como a sarcoidose, a tuberculose ganglionar ou doenças linfoproliferativas.


Hospital de Serpa com resposta cirúrgica

17/01/2024

Unidade Médico-Cirúrgica com acordo com o SNS

O Hospital de São Paulo, em Serpa, vai voltar a ter resposta cirúrgica. A unidade da Santa Casa de Misericórdia do Serpa funciona com acordo com a ARS Norte/Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, dando resposta a utentes da região. O hospital já não tinha resposta cirúrgica há cerca de 20 anos, o que irá ser retomado na nova Unidade Médico-Cirúrgica inaugurada no dia 16 de janeiro.

O Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, visitou a unidade, salientando o esforço que tem de ser feito para preservar o Hospital de São Paulo enquanto resposta de proximidade, estando a unidade agora a ser gerida pela União das Misericórdias Portuguesas. O acesso a fundos comunitários permitiu a construção da nova ala, que vai iniciar atividade nas próximas semanas com capacidade para 2500 a 3000 cirurgias por ano, contribuindo para a atividade clínica e sustentabilidade da instituição.

“A Misericórdia é muito importante para esta região”, disse o governante, deixando votos de que este seja um virar de página na recuperação de atividade do Hospital de São Paulo.

“A União das Misericórdias Portuguesas é um parceiro do Estado na resposta à população. O que nos traz aqui hoje é um exemplo do que se passa no país. O SNS está hoje mais forte em Serpa”, acrescentou Ricardo Mestre.

Esta terça-feira foi também reaberto o serviço de urgência no Hospital de São Paulo, disponível das 8 às 24 horas.


Psiquiatria e Pedopsiquiatria no Hospital em Ovar

17/01/2024

ULS de Aveiro com duas novas consultas no Hospital Dr. Francisco Zagalo

A desta quarta-feira, dia 17 de janeiro, a população de Ovar passa a ter acesso às consultas de psiquiatria e pedopsiquiatria no Hospital Dr. Francisco Zagalo (Ovar), anuncia a Unidade Local de Saúde (ULS) de Aveiro.

De acordo com a ULS de Aveiro, numa fase inicial haverá consulta de Psiquiatria às quartas-feiras (8h30 até às 17h30) e sextas-feiras (8h30 até às 13h30) e de Pedopsiquiatria, às sextas-feiras (08h30 até às 17h30).

O início desta consulta de especialidade no Hospital de Ovar surge no âmbito da criação da ULS da Região de Aveiro, que, entre outros, tem como objetivo o da aproximação à comunidade e da melhor integração dos cuidados de saúde prestados à população da Região de Aveiro.

A ULS da Região de Aveiro foi criada a 1 de janeiro de 2024 e integra os hospitais de Aveiro (Infante D. Pedro), Águeda (Conde de Sucena), Estarreja (Visconde de Salreu) e Ovar (Dr. Francisco Zagalo) e ainda todos os Centros de Saúde e unidades de cuidados de Saúde primários do, agora extinto, Agrupamento de Centro de Saúde do Baixo Vouga.


Infarmed lança livro sobre a história dos Dispositivos Médicos ao longo dos últimos 30 anos

Livro 30 anos de DM

18 jan 2024

No evento comemorativo do 31º aniversário do Infarmed foi apresentado o novo livro “30 Anos de Dispositivos Médicos no Infarmed” que reflete a história dos Dispositivos Médicos ao longo dos últimos 30 anos e revela as principais mudanças a operar no futuro nesta área.

Este livro não é apenas um testemunho do conhecimento e experiência acumulados pelo Infarmed ao longo dos anos ou uma retrospetiva histórica, mas também representa uma ferramenta orientadora para o futuro como fonte de informação valiosa para profissionais e instituições de saúde, agentes do setor dos dispositivos médicos, academia e cidadãos.

Ao antecipar as principais tendências e mudanças que estão por vir, o Infarmed demonstra, mais uma vez, o seu compromisso contínuo com a inovação, qualidade e segurança na área dos dispositivos médicos.

Esta publicação está disponível online, permitindo o download, para garantir que o conhecimento e as lições aprendidas possam ser partilhados de forma ampla.

Pode também consultá-la, bem como às outras publicações editadas pelo Infarmed, na página “Publicações” do site.