Criado Grupo de Trabalho para o Futuro Hospital do Oeste

«Despacho n.º 556/2023

Sumário: Constitui um grupo de trabalho para análise técnica com vista à decisão sobre a localização do futuro Hospital do Oeste e respetivo perfil funcional, bem como sobre a calendarização, o modo de operacionalização e o financiamento do processo da sua construção.

O Centro Hospitalar do Oeste, E. P. E. (CHO) tem como área de influência os concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estêvão das Galés e Venda do Pinheiro), num total de cerca de 300 mil habitantes.

São reconhecidas as dificuldades que enfrenta na prestação assistencial hospitalar a essa população. Disperso por três instituições hospitalares – Unidade Hospitalar das Caldas da Rainha, Unidade Hospitalar de Peniche e Unidade Hospitalar de Torres Vedras – o CHO confronta-se com a necessidade de distribuir a atividade dos seus profissionais pelas três unidades assegurando duas urgências médico-cirúrgicas, duas urgências pediátricas, uma urgência de ginecologia-obstetrícia, uma urgência básica e dois blocos operatórios, em locais geograficamente distintos.

Acresce que se trata, sobretudo nos casos das Caldas da Rainha e de Torres Vedras, de instalações vetustas, estruturalmente limitadas, que tornam impossível a sua reconversão e condicionam em definitivo a capacidade dos seus serviços de internamento e a sua atividade de ambulatório. Nenhum dos hospitais está equipado com uma unidade de cuidados intensivos e as salas de cuidados intermédios são também muito insuficientes.

O CHO enfrenta ainda uma significativa carência de profissionais de saúde, face à reduzida capacidade de atração de profissionais, a que se adiciona a necessidade de lidar com uma limitada capacidade de gestão dos seus recursos humanos, resultante da considerável distância geográfica que separa as suas diferentes unidades.

Neste contexto, tornou-se evidente a necessidade de construção de uma nova infraestrutura hospitalar que permita oferecer à população da Região do Oeste qualidade e segurança assistencial adequadas. Para desenvolver esse processo foi estabelecida uma parceria entre a Comunidade Intermunicipal do Oeste (Oeste CIM), a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I. P. (ARSLVT) e o CHO com vista à análise estratégica das várias opções que permitissem uma solução eficiente de racionalização da oferta de cuidados de saúde, alargando e qualificando a resposta do SNS às necessidades da população desta área geográfica. Neste âmbito, a Oeste CIM solicitou à Nova IMS – Nova Information Management School um estudo técnico, cujos resultados foram apresentados em 21 de novembro de 2022.

Considerando a necessidade de promover uma análise complementar e multidisciplinar dos dados agora conhecidos, determina-se:

1 – A constituição de um Grupo de Trabalho, que terá como missão assegurar o desenvolvimento e conclusão das seguintes tarefas:

a) Avaliar as propostas de localização do Novo Hospital do Oeste (NOE) e propor a localização definitiva a considerar;

b) Propor o perfil funcional para o futuro Hospital;

c) Avaliar os modelos alternativos de financiamento a adotar, propondo os procedimentos a desenvolver para a sua concretização e estabelecendo cronograma previsível, desde a fase da preparação e do desenrolar do concurso, até à edificação e equipamento do novo Hospital;

2 – O Grupo de Trabalho será composto pelos representantes de cada uma das seguintes entidades:

a) Ana Maria Teodoro Jorge, médica pediatra, que coordenará;

b) Marta Maria Ferreira Aldrabinha, em representação do Gabinete do Secretário de Estado da Saúde;

c) Rita Gonçalves Moreira, em representação da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde, I. P.;

d) Ana Sofia Alves Coutinho, em representação da Administração Central do Sistema de Saúde, I. P. (ACSS);

e) Laura Maria Figueiredo de Sousa Dâmaso da Silveira, em representação da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I. P.;

f) Elsa Maria Baião Ferreira Airoso Banza, em representação do Centro Hospitalar do Oeste, E. P. E.;

g) Paulo Jorge Lopes Simões, em representação da Comunidade Intermunicipal do Oeste (Oeste CIM).

3 – O Grupo de Trabalho pode ainda proceder à consulta ou solicitar a participação e audição de outras entidades, públicas e privadas, bem como de personalidades de reconhecido mérito, cujo contributo seja considerado relevante para a prossecução dos trabalhos.

4 – O Grupo de Trabalho funciona com o apoio logístico e administrativo da ACSS.

5 – O exercício de funções no Grupo de Trabalho não confere o direito a qualquer remuneração ou suplemento.

6 – O Grupo de Trabalho deve apresentar uma proposta integrada até ao dia 31 de março de 2023.

7 – O Grupo de Trabalho extingue-se com a apresentação da proposta referida no número anterior.

8 – O presente despacho entra em vigor no dia seguinte ao da respetiva publicação.

3 de janeiro de 2023. – O Ministro da Saúde, Manuel Francisco Pizarro de Sampaio e Castro.»


Futuro Hospital do Oeste

11/01/2023

Grupo de trabalho vai decidir localização e perfil funcional

Foi hoje publicado o despacho do Ministério da Saúde que constitui o Grupo de Trabalho que irá proceder a uma análise técnica com vista à decisão sobre a localização do futuro Hospital do Oeste e respetivo perfil funcional, bem como a calendarização, o modo de operacionalização e de financiamento da sua construção, desde a fase da preparação e lançamento de concurso até à edificação e equipamento do novo Hospital.

O Ministério da Saúde reforça assim o compromisso de valorização do Serviço Nacional de Saúde (SNS), nomeadamente com o investimento em melhores equipamentos e melhores infraestruturas para responder às novas realidades e exigências de Saúde.

O Grupo de Trabalho é composto por Ana Jorge, médica pediatra, que coordenará, por Marta Ferreira, em representação do Gabinete do Secretário de Estado da Saúde, e por Rita Moreira, em representação da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS). Integram ainda o Grupo de Trabalho, Sofia Coutinho, em representação da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), Laura Silveira, em representação da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), Elsa Baião, em representação da Centro Hospitalar do Oeste (CHO), e Paulo Simões, em representação da Comunidade Intermunicipal do Oeste (Oeste CIM).

Os elementos do Grupo de Trabalho deverão promover uma análise complementar e multidisciplinar da informação e dos dados existentes, nomeadamente do estudo técnico solicitado pela Oeste CIM à Nova IMS – Nova Information Management School, cujos resultados foram apresentados em 21 de novembro de 2022.

O Grupo de Trabalho deverá apresentar uma proposta integrada até ao dia 31 de março de 2023, extinguindo-se após esta apresentação.

O mesmo despacho determina ainda que o grupo pode proceder à consulta ou participação e audição de outras entidades, públicas e privadas, bem como de personalidades de reconhecido mérito, cujo contributo seja considerado relevante para a prossecução dos trabalhos.

O CHO tem como área de influência os concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estevão das Galés e Venda do Pinheiro), num total de cerca de 300 mil habitantes.

Os desafios reconhecidos na resposta assistencial hospitalar à população, a dispersão de cuidados por três instituições hospitalares, a distância geográfica que separa as diferentes unidades, os limites de reconversão de parte das atuais instalações e a reduzida capacidade de atração e gestão de recursos humanos tornam evidente a necessidade de construção de uma nova infraestrutura hospitalar que permita oferecer à população do Oeste e visitantes qualidade e segurança assistencial adequadas às novas e crescentes necessidades em saúde.

O futuro Hospital do Oeste permitirá potenciar a modernização e utilização de recursos, garantindo igualmente uma resposta articulada entre diferentes valências, o que contribuirá de uma forma decisiva para a melhoria dos cuidados de saúde assegurados pelo Serviço Nacional de Saúde nesta região do país.

Para saber mais, consulte:

Despacho n.º 556/2023
Saúde – Gabinete do Ministro
Constitui um grupo de trabalho para análise técnica com vista à decisão sobre a localização do futuro Hospital do Oeste e respetivo perfil funcional, bem como sobre a calendarização, o modo de operacionalização e o financiamento do processo da sua construção