Notícias em 17/03/2023

Dia Mundial do Sono

17/03/2023

«O sono é essencial para a saúde» é o tema para 2023

Comemora-se esta sexta-feira, dia 17 de março, o Dia Mundial do Sono, uma data promovida pela World Sleep Society (Associação Mundial de Medicina do Sono), que tem como objetivos alertar para os benefícios do sono e sensibilizar para o impacto das perturbações do sono.

«O sono é essencial para a saúde» é o tema escolhido para este ano e lembra que dormir é um comportamento fundamental para o bem-estar físico, mental e social, tal como uma alimentação saudável ou a prática de exercício físico.

CHL assinala data com atividades dirigidas aos pequenos utentes
O Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) assinalou a data com atividades lúdicas e pedagógicas sobre a higiene do sono, dirigidas aos pequenos utentes e seus pais, durante a manhã do dia 17 de março.

A iniciativa decorreu na sala de espera da Consulta Externa de Pediatria, onde foram feitas apresentações sobre o tema e uma atividade intitulada «A Roda do Sono». A iniciativa contou, ainda, com um momento musical e com a leitura de histórias.

Braga alerta para importância do Sono
o Hospital de Braga promoveu, hoje, o evento “SleepTalks”. Esta iniciativa, que pretendeu promover um momento de discussão sobre as patologias do sono, decorreu nos auditórios do Hospital, reunindo médicos de várias especialidades que se dedicam à área da Medicina do Sono.

O programa delineado para o evento abordou diversas temáticas, com os objetivos de divulgar as várias patologias do sono, alertando os participantes sobre a importância do diagnóstico e tratamento, e partilhar conhecimento sobre a medicina do sono com uma perspetiva multidisciplinar.

Para saber mais, consulte:


Portugal afirma direito dos migrantes à saúde

17/03/2023

Secretária de Estado da Promoção da Saúde representou Portugal no 2º encontro interregional da OMS para a saúde dos migrantes e refugiados

“Precisamos de pôr o direito à saúde dos migrantes no topo da agenda”. O apelo foi deixado pela Secretária de Estado da Promoção da Saúde no 2º Encontro Interregional de Alto Nível da OMS Europa, África e Médio Oriente para a Saúde dos Migrantes e Refugiados, que teve lugar no Egito. Margarida Tavares representou Portugal na conferência de dois dias, onde estiveram presentes delegações de 37 países destas três regiões da Organização Mundial da Saúde. O encontro terminou com uma declaração conjunta e o compromisso de que a “cobertura universal de saúde não é universal se excluir migrantes e refugiados”.

Portugal foi convidado a fazer uma das primeiras intervenções do encontro, com um balanço sobre os compromissos alcançados no 1º encontro (Istambul) e pistas sobre os próximos passos, que deverão culminar numa estratégia da OMS para a Saúde dos Migrantes, a aprovar no final do ano.

Margarida Tavares evocou os cinco pilares e objetivos consensualizados em 2022 pelos estados-membros das três regiões da OMS, entre os quais a necessidade de respostas transnacionais e que permitam garantir o acesso à saúde em todo o percurso dos migrantes, sem descontinuação de cuidados e tratamento (em inglês, uma abordagem ‘whole-of-route’). Partilhando a sua experiência como médica infeciologista, em particular na reposta ao VIH, a Secretária de Estado da Promoção da Saúde chamou a atenção para a importância de envolver as organizações de base comunitária e da sociedade civil para chegar às pessoas mais distantes dos serviços de saúde e garantir cuidados de saúde atempados.

“A recente resposta ao COVID-19 e à guerra na Ucrânia mostrou que nos podemos adaptar e agir rapidamente, sem ‘deixar ninguém para trás’, um princípio que todos partilhamos. Perante duas situações extraordinárias, Portugal soube dar uma resposta extraordinária, como muitos outros países também o fizeram”, afirmou a Secretária de Estado da Promoção da Saúde. “A questão agora é como responder à migração estrutural de longo prazo em tempos normais. Isso implica maior consenso, uma saúde pública e um serviço de saúde forte e manter o investimento”, acrescentou.

Defendendo que, para alcançar equidade no acesso à saúde, são necessárias estratégias diferentes para os que vivem em maior vulnerabilidade, Margarida Tavares sublinhou que é preciso “reconhecer as necessidades específicas” de quem chega a um novo país. “Em Portugal, os migrantes são geralmente jovens e saudáveis, mas têm maior probabilidade de ter trabalhos precários ou ilegais e estão também mais expostos a más condições de habitação, exclusão social, violência e tráfico humano. Estes aspetos têm de ser tidos em conta no planeamento das respostas em saúde, incluindo na formação dos profissionais”

“Temos de criar condições de esperança, segurança e prosperidade”

Margarida Tavares frisou ainda que, sendo Portugal um país historicamente de migrantes, tem hoje um recorde de mais de 700 mil residentes de nacionalidade estrangeira, incluindo refugiados e cerca de 500 menores não acompanhados.  “Temos de conseguir a sua integração, criando condições de esperança, segurança e prosperidade”, disse, lembrando que Portugal é hoje também um dos países mais envelhecidos do mundo e deve encarar a imigração com uma oportunidade para o desenvolvimento socioeconómico: “Devido à imigração, algumas regiões do nosso país estão a voltar a ter crianças nas escolas e a brincar nas ruas. Uma sociedade que sabe acolher novas pessoas, beneficia da sua energia, dos seus sonhos e objetivos, e também da sua contribuição para o desenvolvimento económico”.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, os 122 países das três regiões presentes no encontro, Europa, África e Médio Oriente, acolhem, atualmente, cerca de 170 milhões de refugiados e migrantes, representando dois terços dos migrantes a nível global.

Saiba mais aqui: WHO EMRO: Second high-level interregional meeting on the health of refugees and migrants


Transferência de Competências na Saúde

17/03/2023

Manuel Pizarro: “Vamos transformar e salvaguardar o futuro do SNS, em benefício de todas os cidadãos, também com o Poder Local”

“Estamos a fazer um imenso trabalho de reorganização do Serviço Nacional de Saúde, não porque o SNS esteja mais fraco, mas porque precisamos de preparar o sistema para responder a todas as necessidades das populações”, disse Manuel Pizarro, sexta-feira, 17 de março, em Gondomar, na sessão de assinatura do auto de transferência de competências na área da Saúde.

Face à dimensão do desafio, o governante apelou à mobilização do Poder Local como “aliado indispensável” na reorganização do Serviço Nacional de Saúde. Manuel Pizarro disse precisar dos Municípios porque “há uma componente comunitária e de proximidade muito grande na Saúde”. Nesse sentido, “os municípios são aliados fundamentais na prevenção da doença e na promoção da saúde”, disse.

A transferência de competências da Saúde para os municípios permite acompanhar em proximidade as respostas em saúde, assegurado a continuação do acesso a serviços de saúde de qualidade, com a capacidade de adaptar em permanência os recursos às necessidades identificadas no terreno.

O Ministro da Saúde assumiu a ambição de “transformar o SNS em benefício das pessoas”, alertando desde logo para “a impossibilidade de reorganizar o SNS de um dia para o outro” e prevenindo que “o caminho não é isento de dificuldades”. Contudo, Manuel Pizarro garantiu que “não faltará ao Governo a determinação e a capacidade de mobilizar a sociedade portuguesa e os profissionais de saúde” em torno da importância do serviço público de saúde.

O Ministro da Saúde relembrou que “o SNS vive pressionado por uma procura crescente e cada vez mais exigente”. Manuel Pizarro referia-se às mais de 53 milhões de consultas de realizadas em 2022, salientado que em média cada português contactou com o SNS 5,3 vezes.

Para atestar os bons resultados em Saúde, o ministro relembrou que “entre 2019 e 2021, ao contrário da média europeia e da generalidade dos países desenvolvidos, a esperança média vida à nascença dos portugueses aumentou”. Nas palavras de Pizarro, isto significa que “apesar das dificuldades, temos um grande serviço público de saúde”, incomparável “na capilaridade, no número de contactos, na distribuição no território nacional, e que atende a todos os problemas dos cidadãos”.

Com a assinatura do auto de transferência de competências da área da Saúde com a Câmara de Gondomar, são já 86 os municípios a aderir à descentralização na área da Saúde, um reforço no processo que tem vindo a ser aprofundado nos últimos meses com o diálogo entre o Ministério da Saúde e as autarquias.


Novo Bastonário dos Médicos

17/03/2023

Ministro da Saúde promete diálogo, mas recusa discurso catastrofista

O Ministro da Saúde marcou presença, esta quarta-feira, dia 15 de março, na tomada de posse do novo bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes. Na sua intervenção, Manuel Pizarro elogiou o papel dos médicos na construção do Serviço Nacional de Saúde e prometeu continuar a trabalhar para resolver os problemas, mas sem deixar de reconhecer o muito que é feito pela saúde dos portugueses.

“Hoje é um dia muito importante para a Ordem dos Médicos. E um dia muito importante para a OM é também um dia muito importante para a saúde em Portugal”, começou por afirmar o Ministro da Saúde.

O governante aproveitou a ocasião para agradecer ao bastonário cessante, Miguel Guimarães, “pelo longo caminho de dedicação à defesa dos médicos e da saúde em Portugal”, elogiando a “coragem e o seu estilo interventivo”, que fizeram a diferença em alguns dossiers, como o processo de vacinação. “A forma determinada como os médicos portugueses defenderam a ciência e a vacinação foi decisiva”, afirmou o Ministro.

Depois, Manuel Pizarro saudou Carlos Cortes, pelo “longo percurso profissional e cívico pelas causas da saúde em Portugal” e aproveitou a tomada de posse para agradecer, em nome do Ministério da Saúde, a disponibilidade do novo bastonário “para aceitar este exigente cargo, defender os médicos, mas defender sobretudo a saúde dos portugueses e a saúde dos doentes”.

“Encontrará em nós este espírito de quem quer dialogar de forma aberta e franca para alcançarmos os objetivos que o país espera que sejamos capazes de alcançar, garantindo a modernização do SNS e a defesa da saúde de todos”, destacou.

O Ministro citou algumas afirmações feitas pelo novo bastonário no âmbito das eleições. Na apresentação da sua candidatura, o Dr. Carlos Cortes afirmou que este passo de almejar ser agora bastonário representa “uma enorme responsabilidade”, que “a história do Serviço Nacional de Saúde funde-se com a história da Medicina contemporânea, com a profissão médica” e que “os médicos têm a responsabilidade de continuar a alimentar o sonho fundador” de modo a que se tenha “uma enorme esperança no SNS”.

“É com este estado de espírito que eu conto para um diálogo que será sempre exigente e que terá as suas dificuldades. Que possamos aproveitar o espírito fundados do SNS e os extraordinários ganhos que o SNS trouxe aos portugueses e que o saibamos refundar”, acrescentou o governante, evocando também António Arnaut, que dizia que “nada se pode fazer contra a vontade do povo e o povo não deixará perder esta conquista”.

“Não vejo nenhum tema na vida política nacional que desperte tanta atenção, paixão e interesse como os problemas da saúde”, reforçou o Ministro, que recordou o papel dos médicos na construção do SNS, nomeadamente com o Serviço Médico à Periferia e o Relatório das Carreiras Médicas.

Manuel Pizarro citou indicadores que melhoraram de forma espantosa desde a criação do SNS, como a esperança média de vida e a mortalidade infantil. Mas reconheceu, todavia, que ainda há muito para fazer, num caminho que prometeu percorrer em diálogo com os profissionais. Ainda assim, asseverou que “temos obrigação de, sem diminuir os problemas concretos, e sem deixar de tomar as medidas necessárias, de não alimentar o discurso catastrofista que não nos ajudará a superar os problemas com que estamos confrontados”.

Ainda sobre o papel dos médicos, elogiou a importância da liderança clínica e técnica no sucesso dos serviços de saúde, insistindo que “continuamos a precisar da voz ativa dos médicos” para refundar o SNS.


10º Simpósio Nacional “Promoção de uma Alimentação Saudável e Segura – SPASS 2023” – INSA

imagem do post do 10º Simpósio Nacional “Promoção de uma Alimentação Saudável e Segura – SPASS 2023”

17-03-2023

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Alimentação e Nutrição (DAN), promove, dia 1 de junho, em formato híbrido, o 10º Simpósio Nacional “Promoção de uma Alimentação Saudável e Segura – SPASS 2023”, este ano subordinado ao tema “Desafios da alimentação saudável e segura na infância e na adolescência”. A iniciativa tem como objetivo debater as temáticas relacionadas com a promoção da alimentação saudável, na infância e na adolescência, como fator determinante da boa saúde futura do adulto.

A criação de ambientes alimentares saudáveis, requer uma análise global de vários domínios, nomeadamente a composição dos alimentos, rotulagem alimentar, marketing alimentar e literacia alimentar. Neste simpósio pretende-se fazer uma abordagem integrada de todas estas temáticas, analisando fatores de risco modificáveis e contribuindo para a promoção de escolhas alimentares saudáveis a partir da infância, com o fim último de obter ganhos em saúde.

Dirigido a todos os interessados no tema, entre os quais, profissionais da saúde, de laboratórios, da indústria e de empresas de restauração e de distribuição alimentar, estudantes e comunidade científica, o evento, que será transmitido através da plataforma Zoom, tem inscrição gratuita mas obrigatória, podendo a mesma ser feita através deste formulário. O programa da sessão será divulgado oportunamente.

Estudos científicos têm demonstrado que uma alimentação saudável, na infância e na adolescência, é determinante da boa saúde futura do adulto. Incentivar as crianças e adolescentes a adquirir hábitos alimentares adequados e limitar a sua exposição a alimentos considerados não saudáveis, constitui um desafio para todos.

A alimentação da criança e do adolescente é moldada por diversos fatores, tais como a disponibilidade e o acesso aos alimentos em casa, as práticas alimentares, a publicidade e o contexto social, para além das experiências alimentares precoces e da influência genética. Neste sentido, a análise dos fatores que podem contribuir para a promoção de escolhas alimentares saudáveis a partir da infância, como forma de evitar o desenvolvimento de doenças crónicas não transmissíveis, e com o fim último de obter ganhos em saúde, é de grande relevância.