Notícias em 22/03/2023

Casos de tuberculose por 100 mil habitantes diminuíram, mas o diagnóstico ainda é tardio

Casos de tuberculose por 100 mil habitantes diminuíram, mas o diagnóstico ainda é tardio – DGS

Casos de tuberculose por 100 mil habitantes diminuíram, mas o diagnóstico ainda é tardio

O número de casos de tuberculose notificados por 100 mil habitantes em Portugal diminuiu em 2021, uma redução que tem sido consistente nos últimos anos (menos 5,1% por ano entre 2017 e 2021). No entanto, registou-se uma subida dos casos em algumas regiões, nomeadamente no Norte. As regiões do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo continuam a ter as incidências mais elevadas, segundo os dados do Relatório de Vigilância e Monitorização da Tuberculose em Portugal de 2022, que é publicado hoje pelo Programa Nacional para a Tuberculose da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Os homens continuam a ser mais afetados do que as mulheres (66,4% dos 1513 casos notificados em 2021), especialmente na idade adulta. Em 2021, 2,8% do total de casos ocorreram em crianças e adolescentes com idade inferior a 15 anos.

A população imigrante mantém-se como a população de maior vulnerabilidade, com uma taxa de notificação 3,8 vezes superior à média nacional (55,8 por 100 mil em 2021) embora se tenha verificado uma redução na proporção de casos em comparação com 2020.

A identificação dos mais vulneráveis, nomeadamente dos que têm risco acrescido de exposição ou que possam ter dificuldade no acesso aos cuidados de saúde, constitui uma prioridade de intervenção. A sua priorização permitirá acelerar a redução da incidência da doença e apostar no tratamento preventivo, evitando futuros novos casos. Considerando o impacto das intervenções nos grupos suscetíveis, a DGS abriu concursos para apoio financeiro às organizações comunitárias, promovendo o rastreio e apoio na administração da medicação nos grupos vulneráveis, em áreas geográficas de maior incidência.

A redução do tempo até ao diagnóstico, que tem vindo a subir, é outra prioridade. A demora em dias foi, em dois terços dos casos, associada à procura tardia de cuidados de saúde, apresentando o seu valor máximo nas pessoas em situação de sem-abrigo, o que reforça a necessidade de facilitar o acesso aos cuidados de saúde nos mais vulneráveis e a importância do apoio das estruturas sociais e comunitárias. Verificou-se um ligeiro decréscimo na demora de diagnóstico pelos cuidados de saúde. A maior suspeição clínica da doença por parte dos profissionais de saúde, bem como o papel das diferentes ferramentas laboratoriais, podem ter contribuído para o decréscimo.

O compromisso de Portugal com as metas internacionais deve ser traduzido numa atuação centrada no doente, na comunidade, protegendo os mais vulneráveis, facilitando o acesso aos cuidados de saúde e garantindo a possibilidade de tratamento preventivo. A aposta na investigação e tecnologia inovadora, nos fármacos e na produção de uma nova vacina, constituem pontos fundamentais no plano estratégico mundial até 2030.

O Relatório de Vigilância e Monitorização da Tuberculose em Portugal de 2022 está disponível aqui.

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Saúde mental no Ensino Superior

22/03/2023

Ministro da Saúde presente na sessão de abertura de encontro na FMUL

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, anunciou esta quarta-feira, 22 de março, a criação de um plano global de intervenção para os problemas da saúde mental no ensino superior para responder “ao agravamento das queixas” dos jovens relacionadas com problemas de saúde mental.

 “Estamos muito atentos àquilo que são as múltiplas queixas que as gerações mais jovens, incluindo os estudantes de ensino superior, têm feito em relação a um certo sofrimento relacionado com a saúde mental que terá sido muito agravado pelo contexto da pandemia” e pelo isolamento a que obrigou e que “é percecionado pelos jovens de forma ainda mais violenta”, afirmou Manuel Pizarro.

 O ministro falava à margem do I Encontro “Pausa Para a Saúde Mental: Uma reflexão no Ensino Superior”, que decorre na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. O governante sublinhou que a situação também foi agravada por se ter “saído da pandemia para um mundo marcado pela instabilidade causada pela guerra, uma guerra violenta originada pela invasão da Rússia na Ucrânia como todas as suas consequências sociais, económicas, políticas”.

        Manuel Pizarro defendeu que as queixas dos jovens precisam de “uma resposta articulada”, que não seja apenas do sistema de saúde. “Embora o sistema de saúde tenha o seu papel nesta resposta, tem que haver uma resposta na comunidade”.

   “Muitas destas queixas são, felizmente, queixas de menor gravidade clínica e têm de ser tratadas com proximidade, com solidariedade e o que nós entendemos é que era muito útil que, entre as instituições de ensino superior, e o ministério que tutela o Ensino Superior, o Ministério da Saúde e o SNS, com o envolvimento dos próprios jovens e das suas associações, fosse criado um plano global de intervenção para os problemas da saúde mental no ensino superior”, dando “uma maior expressão às múltiplas iniciativas que as universidades e o SNS já tomaram de ‘per si”, avançou Manuel Pizarro.

    Na sua intervenção no encontro, o secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Nuno Teixeira, adiantou que o plano vai ser estruturado por um grupo técnico, que irá identificar “a forma mais eficaz de atuar nesta área”.

    “Pedimos alguma urgência para que nos entregassem os resultados até maio, junho, para que possamos avançar rapidamente”, disse Pedro Nuno Teixeira.

    Presente na sessão de abertura do encontro, o diretor clínico do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, Rui Tato Marinho, afirmou que a sua principal preocupação neste momento é a saúde mental dos profissionais de saúde e dos alunos. O Ministro da Saúde reconheceu o trabalho a fazer nesta área e o impacto “desproporcionado” dos anos da pandemia em alguns grupos populacionais, em particular os jovens mas também nos profissionais de saúde, sublinhando o investimento que está a ser feito no SNS para robustecer as respostas de saúde mental. No âmbito do PRR, o investimento nesta área ascender a 80 milhões de euros e permitirá criar, até 2026, um total de 20 equipas comunitárias de saúde mental e concluir a restruturação dos serviços hospitalares.

Manuel Pizarro destacou também o maior reconhecimento social da importância da saúde mental, considerando que os jovens, que hoje falam muito mais abertamente, têm sido motores de mudanças na perceção pública nas necessidades nesta área. “As gerações mais jovens estão a ter um papel determinante no combate ao estigma em torno da saúde mental”, afirmou o ministro da Saúde.


Ressonância Magnética em Beja

22/03/2023

ULSBA apresenta projeto do novo edifício do Hospital de Beja

A Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) apresentou o projeto de instalação do novo edifício que vai albergar o equipamento de Ressonância Magnética no Hospital de Beja.

O novo edifício vai organizar-se em dois níveis. Ao nível do piso 0 encontram-se a extensão da sala de espera, a sala de exames (onde será colocado o equipamento de ressonância magnética), bem como os restantes espaços de apoio ao seu funcionamento (sala de comando, sala técnica, vestiários, recobro, instalação sanitária e sala de relatórios). Ao nível do piso -1, encontra-se a área técnica de apoio ao edifício, que albergará o equipamento técnico associado à climatização e tratamento do ar, as escadas de emergência e os pilares de sustentação da edificação.

De acordo com o Conselho de Administração da ULSBA, «este investimento é crucial para a ULSBA e de extrema importância para a região. Não só permitirá a prestação desta tipologia de exames em Beja, em proximidade, evitando deslocações dos doentes, como proporcionará uma diferenciação tecnológica que nos permite recuperar a idoneidade formativa na especialidade de Imagiologia».

O valor do contrato é de €1.346.850,00 € e a sua construção deverá estar concluída no final do ano.

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CHUSJ com cirurgia inovadora

22/03/2023

São João realiza primeira cirurgia nanoscópica do joelho

O Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) começou a realizar cirurgias nanoscópicas do joelho, uma técnica recente que permitirá reduzir listas de espera e aumentar a qualidade de vida dos doentes.

A cirurgia nanoscópica consiste na utilização de equipamentos e dispositivos de dimensão reduzida (nano) em comparação com as técnicas endoscópicas já utilizadas. Sendo uma técnica recente, está a dar agora os primeiros passos nos atos cirúrgicos em Ortopedia e Traumatologia a nível mundial.

Segundo António Nogueira de Sousa, Diretor do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do CHUSJ, a Cirurgia Nanoscópica do Joelho tem particular interesse «na abordagem das pequenas articulações e dos procedimentos em idade pediátrica», mas ainda «como alternativa à Ressonância Magnética, no seguimento dos resultados de uma técnica artroscópica, e na resolução de lesões menos acessíveis pela via clássica».

A redução para cerca de 1/3 da dimensão do material de artroscopia – técnica que permite aceder a uma articulação através de pequenas incisões na pele –, torna-a ainda menos invasiva e com menor morbilidade para o doente. Assim, o procedimento passa a ser realizado através da incisão de uma «agulha» de apenas 2 milímetros de diâmetro. Para o utente, o procedimento passa a ser semelhante ao ato de uma infiltração. Também em relação à anestesia, esta técnica apresenta vantagens: o bloqueio nervoso periférico com sedação endovenosa permite alta quase de imediato.

A baixa morbilidade permitirá também que alguns procedimentos sejam realizados de forma segura fora do bloco operatório, com impacto positivo quer na comodidade do doente, quer na otimização de recursos e redução de custos por parte do hospital.

O CHUSJ estima realizar cerca de 40 cirurgias deste tipo até ao final do ano.

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Hospital de Braga com novo serviço

22/03/2023

Serviço de Hematologia vai permitir tratamento de proximidade

O Hospital de Braga vai aumentar as suas valências através da criação do Serviço de Hematologia, alargando as patologias atualmente tratadas e evitando a transferência de utentes para outras instituições.

De acordo com Paula Vaz Marques, diretora clínica, «o Hospital de Braga tem um nível de diferenciação tal que obriga à existência de um Serviço de Hematologia, de forma a poder oferecer mais serviços os seus utentes e tratá-los em proximidade, evitando que estes tenham de se deslocar a outras instituições para verem o seu problema investigado e tratado».

A Hematologia Clínica dedica-se ao diagnóstico e tratamento das doenças do sangue e dos órgãos que intervêm na sua formação. Até agora, os hematologistas do Hospital de Braga estavam integrados no Serviço de Oncologia. Contudo, a premência em dar resposta às necessidades crescentes da população, motivou a contratação de mais médicos, permitindo, assim, aumentar também o portefólio de serviços a oferecer aos utentes.

Para saber mais, consulte:

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Dia Mundial da Água 2023 – INSA

imagem do post do Dia Mundial da Água 2023

22-03-2023

Assinala-se a 22 de março o Dia Mundial da Água, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1993, com o objetivo de promover a reflexão e discussão sobre problemas relacionados com os recursos hídricos. Em 2023, a data é subordinada ao tema “Acelerar a mudança para resolver a crise de água e saneamento”, encontrando-se atualmente a decorrer uma campanha global, intitulada “Be the change”, que incentiva as pessoas a agirem nas suas vidas, para mudar a maneira como usam, consomem e gerem a água.

As ameaças ao ambiente, do qual dependemos para a nossa estratégia de vida saudável, são cada vez mais numerosas e graves. Para além da destruição dos ecossistemas, a deterioração ambiental tem repercussões mais ou menos graves na saúde e qualidade de vida do Homem e das populações, destacando-se entre as ameaças ao ambiente e/ou à saúde pública os riscos associados à qualidade da água e o papel do Homem na génese deste quadro de poluição.

De facto, são várias as fontes de contaminação de natureza antropogénica (indústria, agricultura, pecuária, as atividades domésticas) que contribuem através das suas águas residuais, de emissões gasosas, de resíduos sólidos para a poluição dos reservatórios de água. A destruição dos recursos naturais atinge atualmente proporções mundiais, sendo por isso necessário ganhar consciência de que as ações individuais têm impactos globais.

Atentos a todos estes fatores de risco para a saúde pública e para os ecossistemas, o Departamento de Saúde Ambiental do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge desenvolve estudos visando a identificar, caracterizar e monitorizar situações de risco para a saúde humana produzindo evidência científica e analítica necessárias para fundamentar e enquadrar a tomada de decisão técnica, como, por exemplo, o Plano AgIR, que visa melhorar a capacidade de resposta operacional das Fábricas de Água, com vista à erradicação de afluências indevidas nos sistemas de recolha, tratamento e valorização, reduzindo assim potenciais riscos ambientais.

Promovido pela Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa (UNECE), pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), o Dia Mundial da Água é todos os anos assinalado a partir de um tema, com o objetivo de chamar a atenção para a importância da água doce e defender uma utilização e controlo sustentáveis dos recursos de água potável, de forma a proteger o ciclo da água e melhorar a qualidade de vida das populações. Para mais informações, consulte o site do Dia Mundial da Água 2022 (em inglês).