Notícias em 10/04/2023

Relatório n.º 17 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização

Relatório n.º 17 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização – DGS

Relatório n.º 17 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização

A Direção-Geral da Saúde (DGS) publica hoje o Relatório n.º 17 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização (27.03.2023 a 02.04.2023).

Os pontos do resumo desta semana são:

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

– Na semana em análise (semana 13 de 2023), observou-se uma ligeira descida no final da semana da temperatura do ar. Prevê-se um aumento gradual das temperaturas do ar.

– As coberturas vacinais contra a COVID-19 e contra a Gripe são elevadas. A cobertura vacinal contra a gripe (75%) alcançou o valor recomendado pelo ECDC e OMS para as pessoas com 65 ou mais anos.

– Foi reportada a deteção de casos positivos para o vírus da gripe nas redes de vigilância. Desde o início da época, verificou-se um predomínio do subtipo A(H3) (79,3%), acompanhado de um aumento da proporção de casos do tipo B, correspondente a 8,4% dos casos.

– Na região europeia, na semana 12 de 2023, a atividade gripal diminuiu para 22% (24% na semana anterior). Foram detetados os tipos A e B, com predomínio do tipo B nos sistemas de vigilância sentinela e não-sentinela.

– A notificação de casos de infeção por SARS-CoV-2 manteve uma tendência estável. A prevalência da variante Ómicron BA.5 manteve uma tendência decrescente. Observou-se um aumento da sub-linhagem XBB (XBB.1.5 e XBB.1.9), com maior capacidade na evasão ao sistema imunitário.

– Relativamente à infeção por SARS-CoV-2/COVID-19, a nível mundial, durante os últimos 28 dias (27/02 a 26/03/2023), o número de novos casos e de novos óbitos diminuiu (-27% e -39%, respetivamente), comparativamente com os 28 dias anteriores. Globalmente, na semana 10/2023, a prevalência de XBB.1.5 foi de 45,1%, um aumento face à semana 06/2023 (35,6%).

– O número de consultas médicas nos Cuidados de Saúde Primários do Serviço Nacional de Saúde aumentou face à semana anterior. As proporções de consultas por síndrome gripal e por infeções respiratórias agudas diminuíram.

– A procura geral do SNS24 diminuiu e a do INEM aumentou.

– As proporções de episódios de urgência hospitalar por síndrome gripal e por infeção respiratória diminuíram. Os episódios reportados por síndrome gripal corresponderam sobretudo a adultos. Os episódios por síndrome gripal com destino internamento diminuíram.

– Em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), a ocupação de camas dedicadas a COVID-19 mantém-se e a proporção de casos com gripe diminuiu.

– O número de internamentos em enfermaria por Vírus Sincicial Respiratório em crianças com menos de 2 anos de idade manteve uma baixa incidência.

– A mortalidade geral esteve de acordo com o esperado ao nível nacional. A mortalidade específica por COVID-19 apresentou uma tendência estável, abaixo do limiar definido pelo ECDC.

RECOMENDAÇÕES

– A análise semanal sustenta a manutenção da vacinação sazonal contra a COVID-19.

– Reforça-se a necessidade de utilização do SNS24 como primeiro ponto de contacto com o sistema de saúde.

– A atividade dos vírus respiratórios sustenta o reforço da comunicação da adoção de medidas de proteção individual pela população, sobretudo com grupos vulneráveis. Mais informação disponível aqui.

– Recomenda-se manter os planos de contingência ativados e medidas previstas.

Abrir documento


CHBM renova certificação

10/04/2023

Serviço de pediatria com certificação renovada

O serviço de pediatria do Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) renovou a sua certificação pela Direção-Geral da Saúde (DGS), em conformidade com o Modelo de Acreditação da Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucía (ACSA), adotado pelo Ministério da Saúde Português, reconhecimento que obteve em 2016.

O modelo ACSA é o adotado pela DGS para a certificação das unidades de saúde por ser o que melhor se adapta aos critérios definidos na Estratégia Nacional para a Qualidade em Saúde e por ser um modelo consolidado e reconhecido, concebido para um sistema público de saúde de organização semelhante ao português.

Para a Diretora do Serviço de Pediatria, Cristina Didelet, manter este reconhecimento “numa fase de constrangimentos no Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente nas Urgências Pediátricas, é um incentivo para toda a equipa que, apesar de todas as dificuldades mantém padrões de qualidade e competência que constituem um motivo de orgulho e reforçam a vontade de manter a continuidade da atividade e melhoria contínua”.

O serviço de pediatria desenvolve a sua atividade ao nível do internamento (Pediatria, Neonatologia e Obstetrícia) e ambulatório (Consulta Externa, Hospital de Dia e Urgência). No ano passado, registou 619 internamentos na Pediatria, 227 na Neonatologia e 1.502 no Berçário/Obstetrícia; e realizou 10.516 consultas médicas, 4.557 consultas de enfermagem, e 1.068 sessões de Hospital de Dia. Registou ainda 39.607 atendimentos na Urgência Pediátrica, mais 45,3% do que no ano anterior. Em média, foram observadas 119 crianças/adolescentes todos os dias.

Atualmente o CHBM tem mais sete serviços certificados: Aprovisionamento, Radioterapia, Oncologia, Bloco Operatório, Imunohemoterapia, Recursos Humanos e a Unidade de Cirurgia de Ambulatório – Montijo.

Para saber mais, consulte:

CHBM > Destaques


Novo modelo de gestão do SNS

10/04/2023

Secretário de Estado da Saúde encerrou conferência Estados Gerais em Évora

“Discutir e debater o Serviço Nacional de Saúde demonstra que queremos que ele evolua e se adapte às necessidades em saúde da população, às suas exigências e às suas legítimas expetativas.” Esta foi uma das afirmações proferidas pelo Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, durante a iniciativa “Estados Gerais sobre Saúde –Salvaguardar e Transformar o SNS”, organizada pela Fundação para a Saúde – SNS, que decorreu em Évora, com o objetivo de reunir a visão e reflexão própria de cada região sobre o SNS, contribuindo para a construção do futuro do serviço público de saúde.

O Secretário de Estado da Saúde, que presidiu no sábado, dia 1 de abril, ao encerramento da iniciativa, afirmou que é preciso melhorar o desempenho do SNS, para acompanhar os desafios que hoje a saúde atravessa. Ricardo Mestre lembrou alguns sinais de sucesso das quatro décadas de história do SNS – como a esperança média de vida, que passou de pouco mais de 70 anos, em 1979, para mais de 80 anos, agora. Contudo, esta mudança acarreta outros desafios. “Temos claramente uma população com necessidades diferentes e com expetativas diferentes. Temos de encontrar soluções e medidas para resolver problemas conjunturais, mas olhando também para as questões estruturais”.

O governante reconheceu que o tema dos recursos humanos é dos mais sensíveis. “Apesar do esforço e do investimento e da capacidade de contratar mais profissionais de saúde que temos tido, o SNS precisa de continuar a fazer esse investimento nas várias áreas”, acrescentou, reforçando que este caminho é complementado pela valorização das carreiras e pela requalificação das condições de trabalho, evocando ainda as negociações que estão a decorrer com as estruturas sindicais, em especial dos médicos.

Ricardo Mestre deu alguns exemplos de reformas que estão em curso, em particular a criação de novas Unidades Locais de Saúde. “Queremos reorganizar o SNS, nomeadamente criando novas Unidades Locais de Saúde (ULS), que apostem no trabalho em equipa e que partam essencialmente da criação de novos instrumentos de gestão, que lhes permitem estar melhor preparadas para responder aos desafios e que possam ter ganhos mais rápidos do que as ULS que já temos no país”, reforçou o Secretário de Estado.

Para o Secretário de Estado, esta reforma carece de novos instrumentos, a começar pela capacidade de estratificar o risco da população, bem como de criar processos clínicos verdadeiramente digitais, numa reforça que está a ser impulsionada pelo Plano de Recuperação e Resiliência. A aposta nas ULS passa também pela capacidade de criar incentivos diferentes para a remuneração das equipas e pela aposta em modelos de prestação mais integrada de cuidados, nomeadamente tirando partido de novas ferramentas, como a telessaúde.


Áreas de investigação e ensino clínico

10/04/2023

CHUA recupera com forte dinâmica no ano de 2022, após o período pandémico

O Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) registou um ano bastante produtivo, após o período pandémico, nas áreas da investigação e ensino clínico, tendo registado 1.347 pedidos de estágio, entre os meses de janeiro e dezembro de 2022.

De acordo com os dados do relatório de atividades do Departamento de Ensino, Inovação e Investigação do CHUA, foram acolhidas nas suas unidades de saúde estudantes de 60 instituições de ensino (superior, secundário e profissionalizante), tendo sido a Universidade do Algarve e o Instituto Piaget (Silves) as instituições com maior número de pedidos realizados.

“O Centro para o Ensino e Formação teve ainda um ano bastante produtivo no que se refere especialmente ao número de horas de formação oferecidas, tendo-se concretizado um volume formativo de 21.975 horas, resultantes de 3.557 participações de profissionais do CHUA”, refere a direção do Departamento.

Investigação clínica em mais de 20 áreas efetuada por 164 investigadores

No que se refere à atividade de investigação, o CHUA registou indicadores bastante positivos, sendo de destacar as 20 áreas de investigação clínica mais relevantes: Medicina Interna Cirurgia, Cuidados Intensivos, Urgência Geral, Pediatria, Oncologia, Neurologia, Gastroenterologia, Pneumologia, Ginecologia, Cuidados Intermédios, Nefrologia, Obstetrícia, Hematologia, Infeciologia, Imagiologia, Cardiologia, Neurocirurgia, Medicina Físicas e Reabilitação e Gestão Estratégica.

Para o desenvolvimento da sua atividade de investigação, o CHUA contou em 2022 com a atividade de 164 investigadores, os quais desenvolveram trabalhos de investigação principalmente nas áreas de especialidade do Centro Hospitalar.

Foram ainda apurados 16 ensaios clínicos, tendo os mesmos sido desenvolvidos nas áreas de investigação clínica mais ativas, nomeadamente as áreas de Cardiologia, Gastrenterologia, Oncologia e Unidade Cérebro-Vascular (AVC).

Quanto à produção científica, os profissionais do CHUA participaram em 634 eventos técnico científicos em 2022, tendo sido o Departamento de Medicina aquele em que foi identificada maior atividade.

Para saber mais, consulte:

Análise gráfica

CHUA > Notícias


Instituto Ricardo Jorge promove 14º Workshop Rede de Vigilância de Vetores – REVIVE

imagem do post do Instituto Ricardo Jorge promove 14º Workshop Rede de Vigilância de Vetores – REVIVE

08-04-2023

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Centro de Estudos de Vetores e Doenças Infeciosas (CEVDI) Doutor Francisco Cambournac, promove, dia 13 de abril, o 14º Workshop da Rede de Vigilância de Vetores – REVIVE. O evento, que decorrerá em formato híbrido, através da plataforma Teams, e presencialmente nas instalações do CEVDI, em Águas de Moura (Palmela), tem como destinatários os profissionais das equipas que participam anualmente na Rede REVIVE.

A iniciativa tem como principal objetivo apresentar os resultados nacionais e regionais do programa REVIVE relativos a 2022. O programa do Workshop inclui ainda, entre outras, uma comunicação sobre o projeto do INSA “PRAGMATICK: antecipar para mitigar doenças emergentes”. Os profissionais das equipas REVIVE interessados em participar deverão efetuar a sua inscrição até ao dia 12 de abril.

Coordenado pelo INSA, através do seu Departamento de Doenças Infeciosas, o programa REVIVE tem como objetivos monitorizar a atividade de artrópodes hematófagos e caracterizar as espécies e sua ocorrência sazonal. A Rede visa também identificar agentes patogénicos importantes em saúde pública, dependendo da densidade dos vetores, o nível de infeção ou a introdução de espécies exóticas para alertar para as medidas de controlo.

A criação do REVIVE, em 2008, deveu-se principalmente à necessidade de instalar capacidades nas diversas regiões, visando aumentar o conhecimento sobre as espécies de vetores presentes, sua distribuição e abundância, impacte das alterações climáticas, explicar o seu papel como vetores e para detetar espécies invasoras em tempo útil, com importância na saúde pública. O INSA, como autoridade competente na vigilância epidemiológica, formação e divulgação de conhecimento, participa no REVIVE através do CEVDI, coordenando a atividade deste grupo.


5ª edição da conferência internacional sobre contaminantes alimentares já tem website – INSA

imagem do post do 5ª edição da conferência internacional sobre contaminantes alimentares já tem website

10-04-2023

Já se encontra disponível para consulta o website da 5.ª edição da conferência internacional sobre contaminantes alimentares “International Conference on Food Contaminants: Challenges on exposure assessment, health impacts and sustainability of food systems (ICFC 2023). Promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), em colaboração com o Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) e a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo, o evento terá lugar, no Instituto Agronómico de Campinas (Brasil), entre os dias 4 e 6 de setembro.

À semelhança de edições anteriores, a ICFC 2023 é dedicada aos desafios futuros na área da segurança alimentar e saúde humana, este ano relacionados com a exposição a contaminantes químicos, o seu impacto na saúde humana e a sustentabilidade dos sistemas alimentares, enquanto veículo para uma alimentação mais segura. Esta será a primeira edição deste evento a ocorrer fora de Portugal com vista a desenvolver uma reflexão mais alargada sobre a temática, promovendo o contacto, para além da Europa, com a realidade do Brasil e países vizinhos.

No site ICFC 2023 estão reunidas informações sobre o programa e a composição dos comités científico e organizador, prazos de submissão de resumos de comunicações orais ou em formato poster, formulários de inscrição e detalhes sobre o prémio para o melhor em poster, assim como informação sobre edições anteriores do evento. A ICFC é uma conferência multidisciplinar onde investigadores de todo o mundo, independentemente da sua experiência e notoriedade, podem partilhar ideias e conhecimento sobre a saúde humana e os contaminantes alimentares.

A principal via de exposição a contaminantes químicos é a via alimentar, pelo que a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) estabeleceu como obrigatória a análise dos riscos (Risk Analysis) associados à cadeia alimentar. A avaliação do risco pretende estudar os efeitos adversos para a saúde, que resultam da exposição do homem a perigos com origem nos alimentos.


ACSS participa em debate sobre o futuro do Value Based Health Care

imagem do post do ACSS participa em debate sobre o futuro do Value Based Health Care

A ACSS participou na iniciativa “Meeting With Health Innovation – Advancing High-Value Health Outcomes” levada a cabo pelo Health Cluster Portugal, em parceria com o Global Coalition for Value in Healthcare, que decorreu no dia 29 de março no auditório da Associação Nacional de Farmácias (Lisboa).

Este debate, centrado nas questões diretamente relacionadas com a temática do Value Based Healthcare e dos resultados que a sua aplicação pode trazer para o Sistema de Saúde Português, partiu de exemplos internacionais como o do Pais de Gales, dos Estados Unidos da América e da Dinamarca.

No encontro foram abordados variados subtemas relacionados com esta temática, nomeadamente, as oportunidades que podemos criar aperfeiçoando os modelos de pagamento e o que podemos melhorar nessa área que possa representar um acréscimo de valor para os resultados sentidos pelo doente.

A reflexão passou também pela necessidade da criação de um registo clínico único centrado no doente, como chave para desbloquear o total potencial dos dados registados, sobretudo,  no que diz respeito á implementação, avaliação e monitorização.

Vanessa Ribeiro, coordenadora do Núcleo de Planeamento e Inovação, participou no painel dedicado ao futuro do Value Based Health Care em Portugal onde afirmou que, entre nós, “já estão implementados dois modelos de pagamento que induzem cuidados baseados em valor: os budle payments – para condições específicas como o tratamento HIV e vários tipos de cancro – e os pagamentos por capitação nas ULS”.

O evento contou com a presença e intervenção do secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, na sessão de abertura, bem como de Yasmin Dias Guichot, coordenadora de transformação de sistemas de saúde do Fórum Economico Mundial, e representantes da indústria, incluindo start-ups que impulsionam cuidados de saúde centrados no doente.

As conclusões deste debate serão compiladas num white papper que será publicado em breve na página web do Health Cluster Portugal.

Publicado em 10/4/2023