Notícias em 04/05/2023

Consenso de contraceção adotado pela DGS

04/05/2023

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS), no contexto do acompanhamento que tem vindo a realizar sobre a evolução do setor convencionado com o Serviço Nacional de saúde (SNS), realizou um estudo com o objetivo de aferir as condições de acesso e concorrência em estabelecimentos convencionados com o SNS, em ambulatório, para a realização de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) nas áreas de Cardiologia e de Pneumologia e Imunoalergologia.
De entre as principais conclusões do estudo, destaca-se:

  • Verificou-se a ausência de prestadores convencionados para realização de MCDT de Cardiologia na região correspondente à NUTS III de Terras de Trás-os-Montes (Alfândega da Fé; Bragança; Macedo de Cavaleiros; Miranda do Douro; Mirandela; Mogadouro; Vila Flor; Vimioso; Vinhais);
  • Para a área de Pneumologia e Imunoalergologia, constatou-se a inexistência de prestadores convencionados em 12 NUTS III (Alto Tâmega, Terras de Trás-os-Montes, Douro, Médio Tejo, Oeste, Lezíria do Tejo, Alto Alentejo, Área Metropolitana de Lisboa, Alentejo Central, Alentejo Litoral, Baixo Alentejo e Algarve);
  • O cálculo dos rácios de concentração dos mercados convencionados para os quatro grupos mais representativos que atuam em cada região de saúde (CR4) permitiu confirmar a existência de índices de concentração elevados nas regiões de saúde do Algarve e do Alentejo na área de Cardiologia;
  • Para a área de Pneumologia e Imunoalergologia, o cálculo dos rácios de concentração dos mercados convencionados para os quatro grupos mais representativos que atuam em cada região de saúde (CR4) revelou índices de concentração muito elevados para as regiões de saúde do Alentejo e do Algarve, cujos mercados se apresentam com uma estrutura em oligopólio;
  • 87,9% da população residente em Portugal continental reside a 30 minutos ou menos de tempo de viagem de um estabelecimento convencionado para a realização de MCDT em Cardiologia;
  • 67,5% da população reside a 30 minutos ou menos de tempo de viagem de um estabelecimento convencionado para de realização de MCDT em Pneumologia e Imunoalergologia;
  • Quanto à procura, tendo por base o número de requisições por 100.000 habitantes:
    • No setor convencionado de Cardiologia em 2021 verificou-se um aumento de 45,5% face a 2020 e de 1,6% em relação a 2019;
    • Na área de Pneumologia e Imunoalergologia, em 2021 houve um aumento de 80,6% face a 2020, e uma diminuição de 1,9%, entre 2019 e 2021.
  • Os encargos do SNS com o setor convencionado de Cardiologia apresentaram em 2021 um aumento de 64,7% face a 2020 e de 19,5% em relação a 2019 (ano pré pandemia);
  • Os encargos do SNS com o setor convencionado de Pneumologia e Imunoalergologia aumentaram 121,8% em 2021, face a 2020, e 26,6% entre 2019 e 2021;
  • Em termos de encargos por 100.000 habitantes, a região de saúde do Centro apresentou os valores mais elevados em despesa com serviços de Cardiologia, e a região de saúde do Norte a maior despesa na área de Pneumologia e Imunoalergologia.

O documento integral com as informações da monitorização está disponível aqui.


Consenso de contraceção adotado pela DGS

Consenso de contraceção adotado pela DGS

A Direção-Geral da Saúde, através da Divisão de Saúde Sexual, Reprodutiva, Infantil e Juvenil, responsável pelo desenvolvimento do Programa Nacional de Saúde Reprodutiva, adota o Consenso sobre Contraceção, de 2020, organizado pela Sociedade Portuguesa de Contraceção e elaborado por um conjunto alargado de peritos, atualizando desta forma as Orientações em Saúde Reprodutiva, publicadas em 2008.

Este documento apresenta informação atualizada sobre todos os métodos contracetivos disponíveis em Portugal. Tem como principais objetivos fornecer informação para um aconselhamento contracetivo seguro e ser um instrumento promotor de boas práticas, coadjuvando os profissionais de saúde na sua importante missão de assegurar cuidados de saúde reprodutiva seguros, de qualidade, centrados na pessoa e nos seus direitos.”

Consensos 2020 DigitalBook DGS v1                                                               Consensos 2020DigitalBook DGS v2

Consensos 2020 PrintBook DGS v1                                                                  Consensos 2020 PrintBook DGS v2


Inovação na área de Cardiologia

04/05/2023

Hospital de Vila Franca de Xira implanta primeiro pacemaker

O Serviço de Cardiologia do Hospital Vila Franca de Xira (HVFX), no distrito de Lisboa, implantou o primeiro dispositivo de pacemaker no dia 2 de maio, anunciou a unidade hospitalar.

Pedro Custódio, médico de cardiologia do HVFX afirma que foram “indispensáveis” duas condicionantes que permitiram ao Serviço de Cardiologia dar “este importante passo. Por um lado a equipa médica do Serviço, e por outro haver abertura por parte do Hospital para o investimento em infraestruturas e recursos humanos necessários para a implantação destes devices“. “Acredito que este é um passo sólido na direção de sermos um serviço de vanguarda e uma referência nacional, em termos de cardio-diagnóstico”, reforça Pedro Custódio.

Nelson Cunha foi o cardiologista que efetuou a intervenção e estava muito satisfeito com o resultado do procedimento.”Conseguiu-se fazer o procedimento de forma simples e eficaz e, portanto, considero que foi um sucesso”, afirmou.

O cardiologista destacou ainda, “a possibilidade de se fazer este procedimento, neste hospital, com todas as condições de segurança e com uma equipa que está em crescimento, muito empenhada e muito dotada de saber, o que será uma grande mais valia para uma articulação fácil entre todos e que tem um potencial de crescimento”.

Para saber mais, consulte:

HVFX > Notícias


Instituto Ricardo Jorge promove seminário sobre técnica do inseto estéril (SIT)

imagem do post do Instituto Ricardo Jorge promove seminário sobre técnica do inseto estéril (SIT)

04-05-2023

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Centro de Estudos de Vetores e Doenças Infeciosas (CEVDI) Doutor Francisco Cambournac, promove, dia 9 de maio (10:00-12:30), um seminário sobre a integração da técnica do inseto estéril (SIT, Sterile Insect Technique) no controlo do mosquito vetor invasor Aedes albopictus em Portugal. O evento contará com a participação do investigador Antonios Michaelakis, responsável pelo laboratório de entomologia do Benaki Phytopathological Institute (Grécia) e coordenador científico do projeto “moSquiTo”.

Intitulado “Sterile Insect Technique (SIT): an innovation strategy as part of an Integrated Vector Management”, o seminário, que decorrerá em formato híbrido, através da plataforma Teams, e presencialmente nas instalações do CEVDI, em Águas de Moura, tem como destinatários profissionais das equipas REVIVE, outros profissionais de saúde pública, agentes de responsáveis pela monitorização e controlo de mosquitos vetores e partes interessadas na investigação entomológica aplicada à saúde pública. A participação é gratuita, mas carece de inscrição obrigatória, até dia 8 de maio (15:00), após a qual será enviado link de acesso.

O INSA encontra-se atualmente a desenvolver um projeto de investigação que visa a integração desta técnica no controlo do mosquito Aedes albopictus em Portugal. Desenvolvido em articulação com os Serviços de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Algarve e financiado pela Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), este projeto permitirá reunir investigação científica com a produção de conhecimento ao desenvolvimento de medidas de Saúde Pública, tendo como base abordagens inovadoras para o controlo de mosquitos vetores e doenças associadas.

A técnica do inseto estéril consiste na produção de mosquitos machos estéreis por irradiação e posterior libertação na região alvo, para que ao acasalarem com fêmeas selvagens não gerem descendência, levando progressivamente à supressão da população de insetos. Este estudo está a decorrer no Algarve, onde a espécie Ae. albopictus se encontra estabelecida e em disseminação, havendo por isso risco para a circulação de doenças associadas a mosquitos.

Os mosquitos representam uma ameaça à saúde pública por serem potenciais vetores doença. A espécie Aedes albopictus (mosquito Tigre Asiático) é considerada a principal espécie invasora a nível global, tendo competência para a transmissão de vírus como dengue, chikungunya, encefalite japonesa, Zika ou febre-amarela. Esta espécie foi introduzida na Europa e encontra-se estabelecida em várias regiões, estando associada a surtos de dengue, Zika e chikungunya reportados nos últimos 15 anos.