Cuidado Centrado na Funcionalidade: Enfermagem do CHUC Reduz Declínio Funcional de Idosos Internados

Enfermagem do CHUC reduz declínio funcional de idosos internados

O serviço de enfermagem do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) vai implementar, em 2017, o programa Cuidado Centrado na Funcionalidade, que pretende reduzir o declínio funcional dos idosos internados naquela unidade de saúde.

A implementação deste programa, que abrange 2.700 profissionais, resulta de um estudo pioneiro em Portugal realizado este ano no CHUC por um grupo de enfermeiros, explicou António Marques, Enfermeiro Diretor do centro hospitalar. O projeto insere-se na linha estratégica da investigação em cuidados de enfermagem, acrescentou.

O estudo abrangeu as quatro enfermarias de Medicina A dos Hospitais da Universidade de Coimbra, que são as áreas com mais idosos, dividido por um grupo de controlo, em que foi mantida a prática habitual, e outro caso, no qual foi implementado o programa educativo Cuidado Centrado na Funcionalidade.

Os dados foram recolhidos em quatro momentos (até duas semanas antes da hospitalização, entre o terceiro e o quinto dia de internamento, na alta e três meses após a alta), numa amostra de 101 idosos internados.

De acordo com António Marques, o estudo confirmou que “mais de metade dos utentes tem uma perda de funcionalidade a partir da linha de base que lhe foi diagnosticada até ter alta hospitalar”.

“Constatámos ainda que 41,6% das pessoas incluídas no estudo não recuperaram o estado funcional que tinham antes da hospitalização e o que é curioso é que estas pessoas recorrem muito mais ao serviço de urgência após terem alta do que as pessoas que não tiveram episódios de internamento”, salientou.

O Enfermeiro Diretor dos CHUC salientou que o “cidadão que foi cuidado no hospital e teve declínio na funcionalidade procurou a urgência 39,6% a mais, em comparação com aquele que não teve declínio”.

O objetivo da implementação do programa Cuidado Centrado na Funcionalidade é aumentar a taxa de funcionalidade do idoso, uma vez que o “declínio é fator preditor para recorrer mais à urgência”.

“É um trabalho muito recente e temos de estabelecer um rumo realista, não sei qual a percentagem que podemos estimar ganhar neste domínio, mas estou convencido, por causa de resultados comparados a outros níveis, que, no mínimo, somos capazes de conseguir mais de 10% de recuperação da funcionalidade”, sublinhou António Marques.

Desde 2012, com a criação de um núcleo de investigação em enfermagem, que o CHUC tem desenvolvido um plano estratégico que contempla 30 projetos de melhoria, que, segundo António Marques, apresentam uma taxa de consecução de 94%.

Entre eles, destacam-se também o projeto do Sistema de Classificação de Doentes por Graus de Dependência dos Cuidados de Enfermagem, para a determinação da carga de trabalho, que tornou o CHUC no “maior produtor de dados do país”.

Os dados, de acordo com o Enfermeiro Diretor dos CHUC, revelaram um desagravamento da sobrecarga de trabalho dos enfermeiros e a qualidade e fiabilidade dos serviços subiu de 42 para 88%, “o melhor resultado no país”.

Outro dos projetos com grande impacto prende-se com o internamento de pessoas dependentes, em que, nos últimos quatro anos, foram introduzidas medidas corretivas que permitiram aumentar o número de serviços de excelência (acima de 90%) e reduzir a zero os que estavam abaixo de 75%.

O projeto “Sucesso e Benchmarking”, que visou a partilha de experiências bem-sucedidas e a sua adaptação em diversos contextos, contou com a apresentação de 56 iniciativas e a participação de 1.106 enfermeiros, culminando na publicação de duas coletâneas de comunicações.

Para saber mais, consulte:

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE – http://www.chuc.min-saude.pt

Projeto de Telemedicina no SNS – Utentes Vão Ser Seguidos Através da Box da Televisão

Utentes vão poder ser seguidos através da box da televisão

O acompanhamento de utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) através de meios como a televisão está previsto num acordo quadro de telemedicina, que vem agilizar a criação de um centro nacional dotado de pessoal e tecnologias que farão consultas à distância.

Este acordo vai permitir desenvolver o Centro Nacional de TeleSaúde (CNTS), projeto pioneiro a nível europeu, que, depois de equipado com pessoal e tecnologia, vai viabilizar teleconsultas e acompanhamento de doentes em casa à distância.

O Centro Nacional de TeleSaúde está formalmente criado, mas só agora poderá arrancar no terreno, uma vez que já foi assinado o acordo quadro de telemedicina, entre a SPMS — Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, EPE (SPMS, EPE) e empresas fornecedoras de serviços de telemedicina.

Para Artur Mimoso, vogal executivo do Conselho de Administração da SPMS, este acordo pretende qualificar pequenas empresas já no terreno, através de consórcios com empresas grandes, para fazerem trabalho de telemedicina.

Essas empresas no terreno desenvolveram projetos piloto de medicina à distância, tendo apresentado bons resultados, mas sem capacidade técnica e financeira para se estender.

Os cinco projetos-piloto, que decorreram em Viana do Castelo, Évora e Beja, incidiram sobre a área da principal doença respiratória, a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), ao longo de 7 meses de acompanhamento de centenas de doentes.

O resultado foi uma “significativa redução” nas idas às urgências, nas hospitalizações (menos 60%) e no número de dias de internamento (que passou de uma média de 276 dias para 105 dias). Foi possível ainda atrasar o começo das complicações das doenças.

A forma de o doente passar a aceder às consultas a partir de casa vai depender da doença e dos equipamentos de que possa dispor.

O acordo prevê usar esses aparelhos em casa de pessoas com menos meios e menos literacia e, numa segunda fase, a possibilidade de colocar as operadoras a funcionar não só com a box de televisão, mas incorporar componentes de medicina através da box. A ideia é não introduzir mais aparelhos e maximizar aparelhos que já existem em casa, dando-lhes novas funcionalidades.

Com esta tecnologia, será possível tornar o SNS acessível a todos, mesmo a quem vive em zonas rurais ou do interior, cabendo ao doente, por exemplo, inserir os seus dados para fazer a medição diária da tensão arterial, da oximetria (quantidade de oxigénio no sangue), da temperatura e do número de passos dados (pedómetro).

Os dados inseridos pelo doente seguem para o call center clínico, composto por uma equipa de técnicos de cardiopneumologia, enfermeiros e farmacêuticos, que fazem a gestão dos dados em tempo real e, em função do estado de saúde do doente, é emitido um alerta no sistema de monitorização e analisado o encaminhamento necessário.

O médico especialista faz a avaliação dos dados e, em casos graves, pode marcar consulta ou direcionar para as urgências.

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10 Sugestões Natalícias de Alimentação Saudável – DGS

DGS apresenta 10 sugestões natalícias de alimentação saudável

De acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS), o Natal não se restringe apenas aos dias 24 e 25 de dezembro, podendo começar mais cedo e terminar no dia de Reis.

Nesta época do ano, o consumo alimentar altera-se frequentemente. Comer para celebrar a vida deve incluir a alegria dos sabores e do convívio. Mas também os saberes ou a sabedoria que permite juntar saúde com prazer à mesa.

Assim, DGS, através do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável,  junta 10 prazeres, que são também 10 sugestões natalícias de alimentação saudável:

10 sugestões natalícias de alimentação saudável:

  • Ajude e proteja os artesãos alimentares da sua região
    • Escolhendo produtos da nossa tradição gastronómica, não massificados, promovendo a biodiversidade e o emprego local. O Natal é a altura certa para procurar o produto alimentar que corre riscos de desaparecer. E Portugal tem bastante variedade. Desde A de Azeite de Trás-os-Montes até T de Travia da Beira Baixa são inúmeros os produtos que vale a pena preservar e proteger através da sua compra para momentos especiais.
  • Inicie as suas refeições natalícias com uma sopa
    • De preferência com hortícolas. Em vez da batata pode utilizar leguminosas como feijão, a ervilha ou grão. Este tipo de sopa promove a saciedade por um período mais longo de tempo, hidrata, é fonte de vitaminas, fibra, minerais e antioxidantes e fornece poucas calorias comparada com outras entradas da época.
  • Acompanhe as refeições com hortícolas e outros produtos vegetais sempre que possível
    • Desde as tradicionais couves cozidas aos grelos, cogumelos, purés de lentilhas, de ervilhas, de castanhas até às mais recentes beringelas ou curgetes são excelentes formas de reduzir a ingestão de calorias, gordura animal e colesterol.
  • Dê atenção a preparados culinários mais simples
    • Estufados (sem refogar os alimentos), cozidos a vapor ou grelhados a outros que degradam mais os nutrientes como os assados. Evite fritar. Se assar, retire as partes mais escuras ou queimadas antes de servir.
  • Enfeite a mesa com uns bonitos jarros de água e escolha copos de água de qualidade.
    • Nestes dias festivos, a omnipresença de uma boa água mineral na mesa é uma opção saudável e que pode contribuir para uma melhor diurese, para a regulação da pressão arterial, aumentar a saciedade, e acima de tudo evitar o consumo excessivo de bebidas açucaradas e até alcoólicas de maior valor calórico.
  • Disponha de pão fresco de qualidade, de várias variedades e com algum pão integral pela mesa
    • O pão de qualidade fornece menos calorias, gordura e sal do que bolachas, salgados e outros aperitivos além de ter uma excelente digestibilidade e ser uma boa fonte de vitaminas.
  • Opte pelo arroz
    • Em Portugal cozinha-se o arroz como nenhum outro país na europa. Arroz simples, arroz malandro com hortícolas ou feijão é uma opção de acompanhamento nutricionalmente adequada no Natal e em qualquer época do ano.
  • Reabilite os figos, ameixas, passas e alperces secos
    • Podem ser uma alternativa às bolachas, aperitivos doces e bolos indiferenciados que se colocam na mesa nesta altura do ano. Embora tenham mais açúcar que os frutos frescos (e por isso devem ser consumidos com moderação) são ricos em fibra, pobres em gordura e com baixo teor de sal, o que não acontece com a maioria da doçaria.
  • Invista numa grande e colorida salada de frutas
    • Deve fazer parte do centro de todas as mesas de Natal. Enfeitada com uma romã dará um excelente efeito natalício. Uma salada de fruta é garante de grande densidade nutricional, ou seja de muitos nutrientes e menos calorias. E também de fibra e água e assim sendo, menos vontade de comer as “bombas calóricas” seguintes.
  • Atividade física
    • Não existe um Natal saudável sem uma compensação de maior gasto energético. Com equipamento adequado todas as oportunidades são boas. Desde caminhar às compras até a um bom passeio em família ou mais uma hora no ginásio num dia menos apressado. Cada minuto a mais conta. E em janeiro ou no próximo Verão o fato de banho vai agradecer.
Para saber mais, consulte:

Blog do Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável –http://nutrimento.pt/

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Alimentação Saudável

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe de 28 de Novembro a 4 de Dezembro – INSA

Autoridades atentas a casos de gripe, mas não há epidemia

A Direção-Geral da Saúde (DGS) está a monitorizar os casos de gripe em Portugal, embora neste momento não exista qualquer epidemia, apenas casos esporádicos, garante a Subdiretora-Geral da Saúde, Graça de Freitas.

“Ainda estamos dentro da atividade basal da gripe, ainda não há epidemia, há casos esporádicos, no entanto, até agora, de facto, os vírus encontrados são H3N2, que são o tipo de vírus mais capaz de se propagar e que dá epidemias mais intensas”, declarou a especialista , à margem de um seminário realizado, no dia 9 de dezembro de 2016, na Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve.

De acordo com a responsável, o número de vírus que até agora foi identificado “ainda é muito pequeno” para que as autoridades possam ter a certeza de que o H3N2 venha a ser o vírus dominante nesta época, mas, caso seja, é um tipo de vírus “mais competente” e que se propaga “com muita facilidade”, originando “epidemias grandes”, alertou.

“Os que foram identificados até agora são [H3N2]. Pode acontecer que seja uma época gripal de grande intensidade”, afirmou, sublinhando que este é um tipo de vírus que afeta muita gente e, como tal, “a percentagem de pessoas que tem uma doença grave, que é internada ou que morre acaba por ser proporcional a esse número de pessoas afetadas”.

Recordando que, este ano, já foram registadas pela DGS quatro mortes causadas pela gripe, de um total de dez pessoas internadas em cuidados intensivos, Graça  Freitas ressalvou, contudo, que esse número está “dentro do padrão habitual”, uma vez que se tratavam de pessoas de risco, idosas, com patologias ou que não tinham sido vacinadas.

A Subdiretora-Geral da Saúde esclareceu ainda que a época gripal dura entre oito a doze semanas, coincidido, habitualmente, em Portugal, com o final de dezembro e o início de janeiro.

“Nós só sabemos que atingimos o pico da gripe quando começamos a descer, mas ainda não atingimos a atividade epidémica clara, ainda não iniciámos a subida”, concluiu.

Taxa de incidência gripal

A taxa de incidência gripal entre 28 de novembro e 04 de dezembro foi de 30 por 100.000 habitantes, com tendência crescente, segundo o Boletim de Vigilância Epidemiológica divulgado esta semana pelo Instituto Nacional Ricardo Jorge.

Vigilância da gripe

A gripe é uma doença respiratória sazonal que afeta, todos os invernos, a população portuguesa, com especial importância nos grupos dos mais jovens e idosos e em doentes portadores de doença crónica, entre os quais pode originar complicações que conduzam ao internamento hospitalar.

A vigilância da gripe a nível nacional é suportada pelo Programa Nacional de Vigilância da Gripe, que visa a recolha, análise e disseminação da informação sobre a atividade gripal, identificando e caracterizando de forma precoce os vírus da gripe em circulação em cada época, bem como a identificação de vírus emergentes com potencial pandémico e que constituam um risco para a saúde pública.

Compete ao Departamento de Doenças Infeciosas, através do seu Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe, a vigilância epidemiológica da gripe, em colaboração com o Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge.

Para saber mais, consulte:
Visite:

DGS  – https://www.dgs.pt/

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Gripe

Gratuito: Encontro de Registos Oncológicos – 2016, no Porto a 12 de Dezembro

IPO Porto acolhe encontro, dia 12, no seu auditório

O Registo Oncológico Regional do Norte (RORENO) promove, no dia 12 de dezembro, o “Encontro de Registos Oncológicos – 2016”. 

No encontro, a decorrer no Auditório Azul do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, vão ser apresentados os mais recentes projetos em que o RORENO se encontra envolvido, assim como estudos de base hospitalar que decorrem da análise de dados na área da oncologia.

O final da tarde vai ser dedicado à discussão de aspetos práticos do registo oncológico, sendo reservada aos profissionais que trabalham nos Registos Oncológicos.

Sobre o RORENO

O Registo Oncológico Regional do Norte, sedeado no IPO Porto, tem como missão contribuir para a diminuição da incidência de cancro e melhoria da prestação de cuidados de saúde a doentes oncológicos, através da manutenção de uma base de dados, o mais completa e atualizada possível, de todos os casos de doença oncológica ocorridos na região Norte de Portugal, assim como do seu seguimento ao longo da vida.

Visite:

RORENO – http://www.roreno.com.pt/

Encontro Registos Oncológicos 2016

12 Dez 2016

IPO Porto

Realizar-se-á no dia 12 de Dezembro o próximo Encontro dos Registos Oncológicos, organizado pelo RORENO.

Serão apresentados estudos que recorrem a dados provenientes de registos oncológicos.

O final da tarde será dedicado à discussão de aspectos práticos do registo oncológico, sendo reservada aos profissionais que trabalham nos Registos Oncológicos.

A inscrição é gratuita mas obrigatória, podendo ser efectuada através de:

e-mail: roreno@ipoporto.min-saude.pt

Telefone: 225084067

O programa do Encontro está disponível aqui.

Relatório: Ácidos Gordos Trans Nos Alimentos Portugueses – OMS / DGS

Ácidos Gordos trans nos alimentos portugueses

A Organização Mundial da Saúde-Europa em colaboração com a Direção-Geral da Saúde acaba de publicar o relatório sobre a situação dos ácidos gordos trans em Portugal. Este tipo de gordura, presente em alimentos como margarinas, bolachas, produtos de pastelaria, chocolates…representa um importante risco para a saúde pública quando ingerida excessivamente. Em particular para a saúde cardiovascular.

O trabalho contou com a colaboração da Professora Susana Casal, uma das maiores especialistas nacionais na área e resulta de uma parceria e investigação, já longa nesta área que agora vê a luz do dia neste formato, acessível a todos.

Consulte o documento aqui

Informação do Portal SNS:

OMS Europa publica relatório sobre ácidos gordos trans em Portugal

A Organização Mundial da Saúde (OMS) Europa, em colaboração com a Direção-Geral da Saúde, publica o relatório “Ácidos gordos trans nos alimentos portugueses”.

Este tipo de gordura, presente em alimentos como margarinas, bolachas, produtos de pastelaria, chocolates e outros, representa um importante risco para a saúde pública quando ingerido excessivamente.

Já existe evidência científica consistente relativamente aos efeitos prejudiciais do consumo de gordura trans produzida industrialmente, nomeadamente no aumento do risco de doença cardiovascular, de cancro e diabetes.

O relatório agora divulgado contém os resultados de um inquérito sobre o teor de ácidos gordos trans nos alimentos vendidos em Portugal.

O documento explora as categorias de alimentos conhecidas como a principal fonte de ácidos gordos trans industriais, com base em pesquisas internacionais semelhantes, detalhando dados individuais para um total de 268 amostras de alimentos. Além disso, regista as principais categorias de alimentos responsáveis pela presença de ácidos gordos trans na dieta portuguesa, bem como os principais determinantes da sua presença.

O objetivo deste relatório é fornecer dados atualizados sobre o teor de ácidos gordos trans nos alimentos portugueses. Assim, detalha os resultados de 268 amostras adquiridas entre outubro e dezembro de 2013. As amostras foram categorizadas em vários grupos de alimentos, como, por exemplo, margarinas e gorduras, gordura de chocolate para barrar, batatas fritas, padaria industrial, cereais de pequeno-almoço, produtos de pastelaria, entre outros.

Os resultados destacam a necessidade de uma atenção aumentada ao conteúdo de ácidos gordos trans nos alimentos portugueses, particularmente na pastelaria tradicional. O tipo de gordura utilizada na preparação dos produtos a nível da produção e a leitura dos rótulos por parte dos consumidores são essenciais.

Para saber mais, consulte:

OMS Europa > Ácidos gordos trans nos alimentos portugueses – em inglês

ARS Algarve Vai Distribuir Metadona a Turistas

Algarve pioneira, no país, na distribuição de metadona a turistas

O Algarve vai tornar-se na primeira região do país a distribuir metadona a turistas estrangeiros, uma forma de monitorizar o tratamento e de diminuir os riscos de propagação de doenças ou comportamentos criminosos, de acordo com a Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve.

Ao abrigo do projeto da Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos nas Dependências (DICAD), que deverá avançar já no próximo ano, os toxicodependentes que estejam de férias na região e referenciados pelos serviços de saúde dos seus países podem adquirir metadona nos centros de atendimento espalhados pela região, segundo revela o Presidente do Conselho Diretivo da ARS Algarve, João Moura Reis.

O responsável da ARS acrescenta que “trata-se de uma forma de monitorizar o tratamento dos toxicodependentes estrangeiros que vêm para cá e também de reduzir alguns riscos associados ao transporte de grandes quantidades de metadona, como a possibilidade de tráfico ou assaltos, por exemplo”.

O projeto implica que os toxicodependentes estejam referenciados pelos serviços de saúde dos seus países de origem, informação que deve ser partilhada com os serviços de saúde da região para que possam prosseguir o tratamento.

“O turista é referenciado no seu país para o Serviço Nacional de Saúde, que por sua vez o orienta para os locais mais próximos”, acrescentou o Presidente do Conselho Diretivo da ARS Algarve, entidade que tutela a DICAD, observando que o projeto é pioneiro em Portugal.

Ainda no âmbito da relação entre turismo e saúde, a ARS Algarve está a preparar um protocolo com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge no sentido de alertar os operadores turísticos da região para as condições mais favoráveis ao desenvolvimento e propagação de doenças como a dengue ou a febre do Nilo Ocidental.

“Os charcos dos campos de golfe e as piscinas, por exemplo, são potenciais viveiros para a proliferação de mosquitos e outro tipo de insetos que podem ser vetores de determinadas patologias”, ilustrou João Moura Reis.

O plano envolverá também a Região de Turismo do Algarve, entidade com a qual a ARS quer ainda firmar outro protocolo, neste caso na área do Suporte Básico de Vida, que será desenvolvido em conjunto com o Instituto Nacional de Emergência Médica.

Segundo João Moura Reis, o objetivo é que a ARS Algarve seja certificada para ministrar cursos de formação em Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa. Ao tornar-se uma entidade credenciada para dar formação nesta área, o objetivo seria, depois, formar profissionais de hotelaria e funcionários de estabelecimentos comerciais, entre outros, conclui o Presidente do Conselho Diretivo da ARS Algarve.

Visite:

ARS Algarve  – http://www.arsalgarve.min-saude.pt/