Neuropediatria do CHLC distinguida com o Prémio Dr. Orlando Leitão

29/11/2017

A Neuropediatria do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) recebeu o Prémio Dr. Orlando Leitão, atribuído pela Tecnifar, na área da epilepsia.

O prémio, no valor de três mil euros, distingue o projeto de cooperação com Cabo Verde, que tem vindo a decorrer nos últimos seis anos.

O trabalho premiado tem por título «Cuidar da Epilepsia em Cabo Verde: Crianças e Adolescentes seguidos no Hospital Agostinho Neto (2011-2017)» e é da autoria de Albertina Lima, Ana Isabel Dias, Antónia Fortes, Rita Lopes da Silva e Teresa Temudo. No âmbito do trabalho, foram feitas a caracterização e a casuística dos doentes com epilepsia no hospital cabo-verdiano, desde o início do projeto de cooperação.

O valor recebido será aplicado em cursos online para formação das duas neurologistas cabo-verdianas que colaboram com a Neuropediatria no âmbito do projeto.

O prémio toma o nome do Dr. Orlando Leitão, mestre de várias gerações de neurologistas e neuropediatras, referência ímpar nesta área da medicina.

O balanço do projeto de cooperação, após 11 missões realizadas, é muito positivo, sublinham os neuropediatras do CHLC. «Constata-se que o projeto está a consolidar-se e a ampliar-se, com resultados palpáveis, nomeadamente na diminuição do número de doentes evacuados. As consultas têm cada vez maior participação de pediatras, enfermeiros, psicólogos e terapeutas de várias áreas. Tem havido sempre sessões de formação bastante participadas», destacou a neuropediatra Ana Isabel Dias.

Após o alargamento do projeto a outras áreas, como nefrologia pediátrica, urologia pediátrica e fisioterapia, em breve será concretizada a colaboração por telemedicina (Hospital Agostinho Neto – CHLC), acrescentou.

Para saber mais, consulte:

Centro Hospitalar de Lisboa Central – http://www.chlc.min-saude.pt/

Prémio Nobel da Medicina 2017: Academia distingue investigadores do relógio biológico

03/10/2017

O Prémio Nobel da Medicina de 2017 foi atribuído a Jeffrey C. Hall, Michael Rosbash e Michael W. Young. Segundo anunciou a academia, a distinção visa reconhecer as suas descobertas de mecanismos moleculares que controlam o ritmo circadiano.

A vida na Terra depende da rotação do planeta. Durante muitos anos, pensou-se que os organismos vivos, incluindo os humanos, tinham um relógio interno, biológico, que lhes permitia antecipar e adaptar ao ritmo regular do dia. Mas como é que esse relógio realmente funciona? O trabalho de Jeffrey C. Hall, Michael Rosbash e Michael W. Young pretende elucidar esse funcionamento interno, explica a organização, designadamente, como é que plantas, animais e humanos adaptam o seu ritmo biológico, de forma a sincronizá-lo com as revoluções da Terra.

Os laureados conseguiram, utilizando moscas da fruta como modelo, isolar o gene que controla o ritmo biológico diário. Demonstraram que este gene codifica uma proteína que se acumula na célula durante a noite e, em seguida, é degradada durante o dia. Subsequentemente, identificaram componentes adicionais da proteína, expondo o mecanismo que governa o relógio autossustentável dentro da célula. Reconhece-se, agora, que os relógios biológicos funcionam de acordo com os mesmos princípios das células de outros organismos multicelulares, incluindo humanos.

O nosso relógio interno é responsável por readaptar, com grande precisão, a nossa fisiologia a fases dramaticamente diferentes do dia. Regula funções críticas, como comportamento, níveis hormonais, sono, temperatura corporal e metabolismo. O nosso bem-estar é afetado quando há um desencontro entre o ambiente externo e este relógio biológico interno, por exemplo, quando atravessamos diferentes fusos horários e experienciamos jet lag. Há também indicações de que um desalinhamento crónico entre o nosso estilo de vida e o ritmo ditado pelo nosso organismo pode estar associado ao aumento do risco de diversas doenças.

Jeffrey C. Hall nasceu nos EUA, em 1945. Concluiu o doutoramento, em 1971, na Universidade de Washington, em Seattle. Fez estudos de pós-doutoramento no Instituto de Tecnologia da Califórnia, entre 1971 e 1973. Passou pela Universidade Brandeis, nos EUA, até ficar associado à Universidade do Maine.

Michael Rosbash nasceu em 1944, em Kansas City, nos EUA. Fez o doutoramento no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, tendo passado os três anos seguintes na Universidade de Edimburgo, na Escócia. Trabalha na Universidade Brandeis desde 1974.

Michael W. Young, que nasceu em 1949, nos EUA, doutorou-se na Universidade do Texas, em 1975. Nos dois anos seguintes, dedicou-se à investigação na Universidade de Stanford. Está, desde 1978, na Universidade Rockefeller, em Nova Iorque.

Para saber mais, visite:

Prémio Nobel – Comunicado (em inglês)

IPO Lisboa acreditado: Serviço de Medicina Nuclear recebe distinção internacional

22/09/2017

A unidade de PET-TC (tomografia por emissão de positrões com tomografia computorizada) do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa) foi acreditada pela Sociedade Europeia de Medicina Nuclear, tonando-se assim a primeira do país a receber esta distinção. É o reconhecimento da qualidade do trabalho dos profissionais do Serviço de Medicina Nuclear.

O Serviço de Medicina Nuclear do IPO Lisboa é o primeiro do país a receber a acreditação da sua unidade de PET-TC. Esta distinção foi concedida pela Sociedade Europeia de Medicina Nuclear, que trabalha sob a égide da Associação Europeia de Medicina Nuclear.

Trata-se de uma acreditação técnica da qualidade dos estudos realizados no equipamento (PHILIPS Gemini TF16 com TOF), um reconhecimento que deixou a responsável do serviço muito satisfeita. «Esta acreditação garante a boa prática técnica na execução dos exames, constituindo o Serviço de Medicina Nuclear como centro de excelência e garantindo as condições para participar em estudos clínicos multicêntricos», explica Lucília Salgado, Diretora do Serviço de Medicina Nuclear.

Na unidade de PET-TC realizam-se exames de diagnóstico com recurso à tomografia por emissão de positrões, um moderno equipamento de medicina nuclear, não invasivo e indolor, que utiliza moléculas com componente radioativo. Através deste tipo de exame é possível detetar e localizar lesões oncológicas, auxiliando o diagnóstico e a escolha de terapêutica futura. Para além da oncologia, este tipo de exame é igualmente importante noutras áreas, nomeadamente em cardiologia e neurologia.

Anualmente, no IPO Lisboa, efetuam-se mais de quatro mil exames PET-TC, um número que está em crescendo, pois, para além dos doentes do instituto, também recebem doentes de outras unidades de saúde: «Damos apoio ao Centro Hospitalar Lisboa Norte, com o qual temos um protocolo desde 2014, e também realizamos alguns exames para o Centro Hospitalar de Lisboa Central, Hospital do Litoral Alentejano e Hospital do Funchal», afirma Lucília Salgado.

Para saber mais, consulte:

IPO Lisboa – www.ipolisboa.min-saude.pt

17.ª Edição dos Prémios Bial: Distinguidos Trabalhos sobre doenças reumáticas e diabetes

 

A Fundação Bial entregou, dia 21 de abril, os Prémios Bial 2016. Um estudo sobre as doenças reumáticas foi o vencedor do Grande Prémio Bial de Medicina, no valor de 200 mil euros, enquanto um trabalho na área da diabetes recebeu o prémio de Medicina Clínica.

A cerimónia de entrega contou com as presenças do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e realizou-se no Auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, Campus de Campolide, em Lisboa. Não podemos colocar vírgulas entre sujeitos e verbos.

De acordo com informação da fundação, o Grande Prémio Bial foi para uma equipa liderada por Jaime Cunha Branco, Professor e Diretor do Serviço de Reumatologia do Hospital Egas Moniz, pelo projeto «EpiReumaPt – Estudo Epidemiológico das Doenças Reumáticas em Portugal».

«Estas ausências de diagnóstico e/ou desinformação surgiram sobretudo nas regiões mais interiores do país e nas zonas limítrofes dos grandes centros urbanos», refere a fundação em comunicado, salientando os «elevados custos económicos» das doenças reumáticas, estimando a equipa de Jaime Cunha Branco que só em perdas de produtividade se chegue aos 910 milhões de euros, 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto).

O prémio de Medicina Clínica distinguiu o trabalho «Pé Di@bético – soluções para um grande problema», de Maria de Jesus Dantas, responsável pela Consulta Multidisciplinar de Pé Diabético no Centro Hospitalar Tâmega e Sousa.

«Os pacientes diabéticos são amputados 15 vezes mais do que os não-diabéticos. Em Portugal são amputados cerca de cinco doentes por dia devido à diabetes», diz-se também no documento da Bial, explicando que o trabalho descreve um plano de tratamento do pé diabético nas suas variadas vertentes e que pode ser implementado nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde.

Quanto às menções honrosas, uma foi para Bruno Silva-Santos, Vice-Diretor do Instituto de Medicina Molecular e Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, pelo trabalho «Cancer immunotherapy: changing the paradigma» (Imunoterapia do Cancro: Mudar o paradigma), que já deu origem a patentes internacionais e a uma empresa de biotecnologia.

A outra foi entregue ao projeto «Changing the paradigm of osteoporotic fracture prevention in Portugal. From national evidence to clinical practice and guidelines» (Mudar o paradigma da prevenção da fratura osteoporótica em Portugal. Dos dados nacionais à prática e orientações clínicas), de José Pereira da Silva, Professor de Reumatologia e Diretor do Serviço de Reumatologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, e a Andréa Marques, enfermeira no mesmo centro hospitalar. Resulta de uma pesquisa de quatro anos sobre osteoporose e fraturas associadas.

Fundada em 1924, a Bial é o maior grupo farmacêutico português.

Fonte: Lusa

IPO de Coimbra renova a distinção a nível europeu como centro clínico de qualidade

IPO distinguido a nível europeu como centro clínico de qualidade

O Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra foi reacreditado como Centro Clínico do Cancro pela Organização Europeia de Institutos de Cancro, que distingue a qualidade no diagnóstico e tratamento oncológico.

De acordo com um comunicado do IPO Coimbra, “Este estatuto, atribuído até 2022, coloca o IPO de Coimbra no lote dos mais importantes institutos de cancro da Europa e em linha com o que de melhor se faz em matéria de diagnóstico e tratamento em oncologia”.

A auditoria, realizada em junho de 2016, por uma equipa de auditores externos de vários institutos de cancro europeus, observou e concluiu, através da verificação das respetivas evidências, estarem cumpridos os critérios de qualidade exigíveis nos vários domínios em que se desdobra a atividade clínica.

Segundo o comunicado, o trabalho desenvolvido ao longo dos anos pelos grupos multidisciplinares por patologia, “a quem se reconhece o conhecimento e experiência no tratamento do cancro, e pelas ações levadas a efeito nos domínios da prevenção, rastreio, ensino e investigação, foram determinantes na obtenção da reacreditação”.

“A reacreditação reflete não apenas a qualidade intrínseca dos cuidados de saúde, da investigação clínica e da formação dos seus profissionais, mas também a importância que o reconhecimento da excelência deste centro de referência assume como pilar do sucesso da estratégia da prevenção primária e secundária, do diagnóstico e tratamento das doenças oncológicas, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde”, lê-se no documento.

O IPO de Coimbra, conjuntamente com o do Porto e mais três prestigiados institutos europeus – FIVO de Valência (Espanha), The Christie NHS Foundation Trust de Manchester (Reino Unido) e o NKI-AVL de Amsterdão (Holanda) – foram os primeiros institutos de cancro na Europa a verem reconhecida a qualidade do trabalho que desenvolvem nas diversas áreas e abordagens oncológicas.

O certificado será entregue durante a realização da Assembleia Geral da Organização Europeia de Institutos de Cancro, que vai decorrer em junho em Brno, na República Checa.

Para saber mais, consulte:

IPO Coimbra – http://www.ipocoimbra.pt/