Surto de Doença dos Legionários no Hospital de São Francisco Xavier está terminado – DGS

Doença dos Legionários no Hospital São Francisco Xavier

Doença dos Legionários no Hospital São Francisco Xavier

Comunicado da Diretora-Geral da Saúde sobre o fim do Surto de Doença dos Legionários no Hospital de São Francisco Xavier.


Veja também o último Boletim:

Doença dos Legionários 26 novembro 2017 – atualizado 19h30

Doença dos Legionários 26 novembro 2017 - atualizado 19h30

Boletim Epidemiológico atualizado sobre Doença dos Legionários no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.


Informação do Portal SNS:

Surto no Hospital de São Francisco Xavier está terminado

No seguimento de comunicações anteriores, a Direção-Geral da Saúde (DGS) anuncia o fim do surto de doença dos legionários no Hospital de São Francisco Xavier.

Em comunicado, emitido a 27 de novembro, a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, declara:

  • No dia 3 de novembro de 2017, o Hospital de São Francisco Xavier (HSFX) informou a DGS relativamente ao diagnóstico de três casos de doença dos legionários. Foi iniciada, de imediato, investigação epidemiológica e ambiental, com o objetivo de detetar as possíveis fontes de infeção.
  • A interrupção da transmissão ocorreu a 4 de novembro, horas após a identificação do surto e das potenciais fontes emissoras de aerossóis contaminados com a bactéria legionella, quando, pelo princípio da precaução em saúde pública, se procedeu ao encerramento e tratamento dessas fontes. Os hospitais da região de Lisboa demonstraram respostas assistenciais adequadas, com diagnóstico e tratamento de doentes segundo as melhores práticas clínicas.
  • De acordo com a literatura científica, o período de incubação é de 2 a 10 dias na maioria dos doentes, não estando descritos casos que ultrapassem os 20 dias. Assim, com a informação disponível, considera-se que este surto está terminado, uma vez que todos os casos diagnosticados, independentemente da data de início de sintomas ou de diagnóstico, tiveram contacto com o hospital e contraíram a infeção antes do encerramento da fonte de transmissão (4 de novembro). No entanto, as autoridades de saúde continuam atentas à situação.
  • Até dia 27 de novembro, foram confirmados 56 casos de doença dos legionários com ligação ao HSFX, encontrando-se ainda outros cinco casos em investigação epidemiológica e laboratorial.
  • Dos 56 doentes:

– A maioria com 70 ou mais anos de idade, doença crónica subjacente e fatores de risco;
– 42 (75 %) tiveram alta clínica;
– 7 (13 %) estão atualmente internados em enfermaria;
– 2 (4 %) estão internados em unidades de cuidados intensivos;
– 5 (9%) faleceram.

  • A articulação intersectorial e a prontidão de intervenções conjuntas concorreram para a celeridade quer da investigação, quer do controlo do surto. A análise do risco e as intervenções de saúde pública foram rápidas e efetivas, integrando a Direção-Geral da Saúde, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, o Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, o Agrupamento de Centros de Saúde de Lisboa Ocidental e Oeiras, o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, outros parceiros e especialistas.
  • A comunicação com os cidadãos foi clara, rigorosa e transparente, com conferências de imprensa, comunicados e boletins epidemiológicos diários. O primeiro comunicado da Diretora-Geral da Saúde foi emitido no dia 3 de novembro, horas após o alerta, na sequência da avaliação do risco e caracterização da situação.
  • Prosseguem os trabalhos científicos de base epidemiológica e laboratorial à luz das recomendações internacionais, bem como o reenquadramento normativo para reforço da prevenção e do controlo da doença dos legionários.

Para saber mais, consulte:

DGS > Legionella

Doença dos Legionários 23 novembro 2017 – atualizado 13h30

Doença dos Legionários 23 novembro 2017 - atualizado 13h30

Boletim Epidemiológico atualizado sobre Doença dos Legionários no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.


Informação do Portal SNS:

Mais dois casos ligados ao surto no Hospital São Francisco Xavier

A Direção-Geral da Saúde (DGS) diagnosticou mais dois casos de legionella ligados ao surto no Hospital São Francisco Xavier, integrado no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, que infetou 56 pessoas, cinco das quais morreram.

De acordo com a última atualização sobre o surto, os dois doentes, diagnosticados na passada segunda-feira, dia 20, apresentaram os primeiros sintomas a 13 e 16 de novembro, respetivamente. Estes doentes foram alvo de investigação epidemiológica para apurar toda a evolução da doença. Por este motivo, estiveram anteriormente classificados «em investigação», refere a DGS.

As autoridades consideram que estes dois casos não significam o «recrudescimento do surto», pois referem-se a doentes «cuja exposição à fonte de infeção foi anterior à tomada de medidas que interromperam a emissão de aerossóis».

Tendo em conta que a fonte emissora de aerossóis do Hospital de São Francisco Xavier foi encerrada no dia 4 de novembro, considera-se que estes casos se encontram ainda no período de incubação descrito na literatura médica, que pode ultrapassar os 10 dias, explica a Direção-Geral da Saúde.

«Poderão surgir casos isolados com eventual ligação a este surto. Estes eventuais casos, sempre excecionais, terão de aguardar por resultados analíticos para poder tirar-se conclusões», acrescenta.

Os dois doentes, com idades superiores a 80 anos, com historial de doença crónica grave e fatores de risco, encontram-se internados em enfermaria, um no Hospital  São Francisco Xavier e outro no Hospital Egas Moniz, com situação clínica estável.

Surto de legionella no Hospital São Francisco Xavier

  • 56 casos confirmados de doença dos legionários, desde 31 de outubro de 2017, dos quais:
    • Todos com história de doença crónica e/ou fatores de risco
    • 32 (57 %) do sexo feminino
    • 38 (68 %) com idade ≥ 70 anos
    • 35 (62 %) tiveram alta clínica
    • 14 (25 %) atualmente internados em enfermaria
    • 2 (4 %) atualmente internados em Unidades de Cuidados Intensivos
    • 5 (9 %) óbitos

legionella é uma bactéria responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até dez dias.

A DGS sublinha que a doença se transmite através da inalação de aerossóis (gotículas de vapor) contaminados com a bactéria e não através da ingestão de água.

A infeção, apesar de poder ser grave, tem tratamento efetivo.

Para saber mais, consulte:

DGS