IPO Porto | Cancro da mama: Estudo da assinatura genética reduz necessidade de quimioterapia

27/10/2017

O Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil (IPO Porto) divulgou, esta sexta-feira, dia 27 de outubro, que o estudo da assinatura genética do cancro da mama, iniciado em julho, já deu resultados muito positivos. Dos 23 casos de risco intermédio que efetuaram o referido teste, até agora, num terço (39 %) foi possível evitar a necessidade de efetuar quimioterapia adjuvante, ficando estes casos apenas propostos para hormonoterapia adjuvante.

A Clínica de Mama foi a primeira com modelo de cuidados centrados no doente, recebendo cerca de 1200 novos doentes e realizando mais de 30 mil consultas anuais. De 2007 até agora tem registado um aumento anual de cerca de 20 % de novos doentes.

Ao longo destes 10 anos, a Clínica de Mama do IPO Porto tratou mais de 10 mil novos doentes com cancro da mama, tendo atualmente em seguimento cerca de 50 mil doentes.

À medida que os números aumentam, também a ciência evolui e os resultados da investigação nesta área são contínuos e muito promissores, em especial no que toca à redução significativa da toxicidade e das sequelas dos tratamentos. Os índices de qualidade de vida e satisfação proporcionados aos doentes são fatores que motivam o trabalho desenvolvido nesta área no Instituto.

A investigação levada a cabo na Clínica de Mama, que participa de forma contínua em inúmeros ensaios clínicos internacionais, permite que os seus doentes tenham acesso a tratamentos inovadores muito antes de estes estarem disponíveis para uso na prática clínica diária. Os resultados alcançados nos últimos anos ditam um aumento progressivo das taxas de sobrevivência, que hoje se aproximam dos 90 % aos 5 anos.

Concerto Rosa pela Prevenção do Cancro da Mama

O Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama, celebrado anualmente a 30 de outubro, e o 10.º aniversário da Clínica de Mama são assinalados hoje, pelo IPO Porto, com um concerto de sensibilização da comunidade para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, a realizar na Casa da Música.

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A Orquestra Sinfónica do Porto sobe ao palco pelas 21 horas, mas, momentos antes, os convidados serão brindados com uma interpretação de «O Baile dos Candeeiros». Trata-se de uma peça interpretada pela associação cultural Radar 360◦, inspirada em rituais e tradições que remontam ao final dos anos 60 e ao famoso Baile dos Cinco Candeeiros.

Visite:

IPO Porto  – http://www.ipoporto.pt/

Outubro | Mês de sensibilização: Aula de Pilates para sobreviventes de cancro da mama

26/10/2017

O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) promoveu, no dia 25 de outubro, uma aula de Pilates para sobreviventes do cancro da mama, para assinalar o Mês de Sensibilização para o Cancro da Mama (outubro).

A atividade pretendeu sensibilizar para a importância do exercício físico e da adoção de hábitos de vida saudáveis. Está provado que a atividade física regular reduz substancialmente o risco de recaída e aumenta a taxa de sobrevivência ao cancro.

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«Há vida para além do cancro foi o mote para uma aula de Pilates para sobreviventes de cancro da mama», indica em comunicado o CHVNGE.

A Unidade de Patologia Mamária do CHVNG/E recebe entre 150 e 200 novos casos de cancro da mama por ano. A grande maioria é diagnosticada em fases iniciais de doença, nas quais o tratamento tem intenção curativa, sendo que entre 70 e 90 % das doentes estão livres de doença aos 10 anos de seguimento.

No entanto, as várias etapas de tratamento acarretam sequelas físicas e psicológicas, que podem ser limitantes da qualidade de vida destas sobreviventes. «Falamos da alteração da autoimagem e do edema do membro superior associados à cirurgia e radioterapia e da queda do cabelo condicionada pela quimioterapia. Falamos também dos medos da recorrência, do sofrimento, do isolamento e da incompreensão social», explica a oncologista Ana Joaquim, uma das responsáveis pela iniciativa.

No CHVNG/E, a taxa de reconstrução imediata da mama com tecidos autólogos é elevada, permitindo uma mais rápida recuperação funcional e psicológica, nomeadamente ao nível da autoestima. O CHVNGE foi pioneiro na cirurgia do linfedema (inchaço do braço) destas sobreviventes, outra forma de minimizar as sequelas deixadas pelo cancro.

Para saber mais, consulte:

Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE – http://www.chvng.pt/

Nova consulta no CHSJ: São João cria consulta da mama para maiores de 70

25/10/2017

O Centro de Mama do Centro Hospitalar de São João (CHSJ), no Porto, no qual se integra o Hospital de São João, criou recentemente uma consulta para pessoas com cancro da mama e com idade igual ou superior a 70 anos.

De acordo com Fernando Osório, médico responsável pela consulta, este é «o subgrupo etário onde a doença oncológica e o cancro da mama, em particular, tem uma elevada (e crescente) prevalência».

A consulta visa a promoção de cuidados de saúde oncológicos muito personalizados através da aplicação de ferramentas de rastreio e estratificação do risco geriátrico que permitam melhor definir a proposta de terapêutica na consulta de grupo multidisciplinar.

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O objectivo, «por um lado, é identificar a fragilidade individual – conceito muito específico deste grupo etário – que obriga a uma adaptação do tratamento oncológico proposto e, por outro lado, minimizar o tão praticado subtratamento, ou seja evitar que um doente com uma idade cronologicamente avançada, mas física e biologicamente capaz, seja excluído de um tratamento oncológico ‘standard’», explica o clínico.

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A criação desta consulta motivou o surgimento de um estudo científico prospetivo que visa «a validação de um modelo, uma clinical pathway, desenvolvido especificamente nas nossas doentes com cancro da mama em idade geriátrica que permitirá, espero eu, evoluir para a criação a nível institucional de uma avaliação geriátrica compreensiva multidisciplinar de modo a corresponder às recomendações de várias sociedades científicas internacionais, como a International Society of Geriatric Oncology (SIOG), a American Society of Clinical Oncology (ASCO), a National Comprehensive Cancer Network (NCCN) e a European Society of Breast Cancer Specialists (EUSOMA)», conclui Fernando Osório.

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Centro Hospitalar São João – https://portal-chsj.min-saude.pt/

Rastreio ao cancro da mama: ARS Algarve promove rastreio gratuito no concelho de Silves

18/09/2017

A Administração Regional de Saúde do Algarve (ARS Algarve) promove, em colaboração com a Associação Oncológica do Algarve, até ao final de outubro, rastreio gratuito de cancro da mama, no concelho de Silves.

A iniciativa, que decorre no âmbito do Programa de Rastreio do Cancro da Mama no Algarve, é dirigida a mulheres com idades compreendidas entre os 50 e os 69 anos,  inscritas no Centro de Saúde e residentes no concelho de Silves.

As utentes vão receber uma carta do Núcleo de Rastreios Oncológicos da ARS Algarve com a marcação/convite para realizarem gratuitamente uma mamografia digital na unidade móvel instalada junto ao Centro de Saúde de Silves, com o horário de funcionamento das 9h30 às 12h30 e das 14 horas às 16h30 (dias úteis).

O rastreio é efetuado, desde o passado mês de julho, na nova Unidade Móvel de Rastreio do Cancro da Mama a 3D, com tomossíntese e diagnóstico assistido por computador (CAD), única a nível nacional e europeu, tornando o Algarve a primeira região do país a realizar o rastreio em todo o seu território com esta tecnologia de última geração, o que permite aumentar significativamente a taxa de deteção de cancros da mama, reduzir os falsos positivos e o número de mulheres chamadas à consulta de aferição, reduzir a dose de radiação aplicada em cada exame e reduzir os custos do programa.

Este rastreio de base populacional, iniciado em setembro de 2005, é realizado na Unidade Móvel que percorre todos os concelhos do Algarve, em parceria com a AOA (Associação Oncológica do Algarve) e com o Centro Hospitalar Universitário do Algarve, sendo a convocatória, a referenciação, a gestão e a monitorização do programa efetuadas pelo Núcleo de Rastreios Oncológicos da ARS Algarve, encontrando-se neste momento na 6.ª volta.

Em caso de dúvida, as interessadas deverão contactar o Núcleo de Rastreio da ARS Algarve, através da linha de atendimento 289 889 912, nos dias úteis, das 10 às 12 horas.

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ARS do Algarve – http://www.arsalgarve.min-saude.pt/

Reconstrução mamária inovadora: Hospital de São João faz reconstrução inovadora em Portugal

14/09/2017

Uma equipa de cirurgiões plásticos do Serviço de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética do Hospital de São João, Porto, realizou com sucesso a primeira reconstrução mamária bilateral associada à transferência de gânglios linfáticos.

«Foi realizada a reconstrução das duas mamas em simultâneo com o tratamento do linfedema (acumulação de líquidos) do braço numa doente com risco aumentado de cancro de mama», declarou à agência Lusa a cirurgiã Inês Correia de Sá, sobre esta técnica que o próprio hospital considerou «inovadora».

De acordo com a especialista, esta foi a primeira vez que este procedimento simultâneo foi realizado em Portugal.

A técnica foi implementada numa utente previamente submetida a tumorectomia (cirurgia em que apenas é removido o tumor, respeitando a zona de tecido em volta dele) e esvaziamento axilar ganglionar para o tratamento de um cancro de mama.

Segundo explicou Inês Correia de Sá, após este procedimento cirúrgico foi-lhe diagnosticada uma mutação genética que lhe confere um elevado risco de voltar a desenvolver cancro de mama pelo que a utente optou por fazer mastectomia bilateral profilática (extração das duas mamas para diminuição de risco de cancro).

«Como a doente apresentava já linfedema acentuado do membro superior, sem melhoria com o uso de mangas elásticas ou fisioterapia e condicionando elevada limitação motora, optou-se por realizar uma transferência microcirúrgica de gânglios linfáticos localizados na região inguinal para a axila no mesmo tempo cirúrgico em que se realizou a reconstrução mamária bilateral recorrendo a técnicas microcirúrgicas», esclareceu.

Ambas as técnicas – para reconstrução da mama e a transferência de gânglios linfáticos – «são procedimentos altamente diferenciados e com elevado grau de exigência técnica», salientou Inês Correia de Sá.

Acrescentou que «a reconstrução fisiológica com transferência microvascularizada de gânglios linfáticos é, por si só, uma técnica recentemente desenvolvida e que apenas se realiza rotineiramente em alguns centros diferenciados a nível mundial».

De acordo com a cirurgiã, com esta intervenção, «é expectável uma melhoria significativa do linfedema, com redução da circunferência do membro superior e das complicações inerentes a esta patologia».

O linfedema pode chegar aos 50% das doentes tratadas para o cancro da mama. No entanto, esclareceu Inês Correia de Sá, «esta patologia afeta outros doentes como, por exemplo, pessoas que fazem tratamento de melanoma (cancro da pele)» e pode ocorrer nos braços e nas pernas.

As cirurgiãs responsáveis pelo procedimento, Inês Correia de Sá e Joana Costa, fizeram parte da sua formação cirúrgica em centros de referência em Nova Iorque, EUA e Gent, na Bélgica, respetivamente.

Inês Correia de Sá acrescentou ainda que, com este avanço, o Serviço de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética espera dar resposta no tratamento de doentes de qualquer área do país que sofram de linfedema dos membros superiores ou inferiores, adquiridos no tratamento de tumores, secundários a traumatismos, infeções ou outras causas.

Fonte: Lusa

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Centro Hospitalar de São João – https://portal-chsj.min-saude.pt/

Boletim Informativo Semanal do Plano Nacional de Saúde – Neoplasia maligna da mama (mulheres) – DGS

Boletim Informativo Semanal do Plano Nacional de Saúde

O Plano Nacional de Saúde divulga, semanalmente, um boletim informativo dedicado a cada um dos indicadores (European Core Health Indicators) em Portugal.

Teste Genómico: IPO do Porto vai efetuar teste aos tumores extraídos da mama

04/07/2017

O Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil (IPO Porto) vai começar a efetuar um teste aos genes dos tumores extraídos da mama, para verificar a agressividade, a probabilidade de desenvolver metástases e a necessidade de quimioterapia, permitindo um tratamento personalizado.

Em declarações à agência Lusa, o Coordenador da Clínica de Mama do IPO Porto, Joaquim Abreu de Sousa, referiu que este teste genómico (ou assinatura genética), que estará disponível a partir de 17 julho, estuda 50 genes associados ao cancro da mama, determinando, para além do grau de agressividade do tumor, a forma como este se vai comportar.

De acordo com o médico, normalmente, para verificar esses indicadores, são utilizados os fatores de prognóstico clássico, como o tamanho do tumor, o número de gânglios e o grau de diferenciação celular, entre outros, o que, com este teste, passará a ser muito mais fiável.

Para Joaquim Abreu de Sousa, a mais-valia da assinatura genética é enorme, visto que representa um ponto de viragem no entendimento da doença, permitindo tratar os doentes de forma altamente especializada e individualizada, sendo os diagnósticos e as terapêuticas desenhadas em função das características individuais de cada um.

Na última década, foi administrada “muita terapêutica adjuvante” (quimioterapia) a doentes com cancro da mama, estimando-se que, em cerca de dois terços desses pacientes, os resultados teriam sido praticamente os mesmos caso isso não tivesse acontecido, explicou.

A assinatura genética “vai evitar o sub e o sobretratamento dos doentes”, referiu o médico, visto que somente serão selecionados para a quimioterapia aqueles em que se verifique que existe vantagem na terapêutica.

O tratamento direcionado vai possibilitar ainda “uma redução na despesa relacionada com os custos diretos da quimioterapia e com efeitos adversos associados”, indicou Joaquim Abreu de Sousa, acrescentando tratar-se da passagem da medicina de medida única para a medicina personalizada.

Além disso, são efetuados nos hospitais locais, pelo seu ‘staff’, sem necessidade de enviar a amostra do tumor para outros laboratórios analisarem a assinatura genética, como acontecia com os testes da primeira geração, que foram efetuadas no início dos anos 2000.

O coordenador indicou ainda que o teste genómico estuda os genes do tumor, associados à proliferação e à resposta imune, por exemplo, que permitem predizer qual o risco (baixo, intermédio ou alto) de o tumor voltar a aparecer e a criar metástases, diferenciando-se do teste genético, que avalia, nos genes do doente, se existe risco de este vir a desenvolver cancro.

Segundo um comunicado do IPO Porto, vários organismos internacionais, nomeadamente o National Cancer Institute (líder na investigação em oncologia nos Estados Unidos), enfatizam o valor do diagnóstico molecular para reduzir o tratamento com quimioterapia de doentes com cancro da mama.

Fonte: Lusa

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IPO Porto  – http://www.ipoporto.pt/