Estudo Revela Ausência de Diminuição da Prevalência de Defeitos do Tubo Neural na Europa – INSA

Os registos nacionais de anomalias congénitas de 19 países europeus, entre os quais o Registo Nacional de Anomalias Congénitas (RENAC), coordenado pelo Instituto Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Epidemiologia, analisaram os dados relativos a 12,5 milhões de nascimentos, entre 1991 e 2011, e concluíram que, durante este período, não se verificou uma diminuição na prevalência de defeitos do tubo neural (como a espinha bífida e a anencefalia). As conclusões deste trabalho foram publicadas no British Medical Journal, uma das revistas biomédicas com maior fator de impacto a nível mundial.

“Long term trends in prevalence of neural tube defects in Europe: population based study”,  analisou a tendência ao longo de 20 anos da prevalência de defeitos do tubo neural nos registos de nascimentos destes países e conclui que não existiu uma diminuição na sua prevalência. Apesar das recomendações que são feitas nos países europeus para que as mulheres tomem ácido fólico antes ou imediatamente após a conceção, este estudo não identificou um efeito preventivo dessas medidas, o que, segundo os autores do artigo, “apoia a fortificação dos alimentos com ácido fólico, como uma medida a adotar, à semelhança de outros países como os Estados Unidos da América”.

Os Defeitos do Tubo Neural – grupo de anomalias congénitas constituído por anencefalia, espinha bífida e encefalocelo – têm uma frequência inferior a 1 caso por cada 2000 nascimentos em Portugal. Esta frequência pode ser reduzida através de medidas de prevenção primária, como seja a toma suplementar de ácido fólico antes da gravidez. A evidência científica tem demonstrado que o consumo de pelo menos 0,4 mg de ácido fólico, se iniciado antes da gravidez e durante o 1º trimestre, previne cerca de 70% dos defeitos do tubo neural.

O RENAC é um registo de doenças de base populacional, que tem como objetivo vigiar a frequência da ocorrência de anomalias congénitas no Continente e Regiões Autónomas desde 1995, e participa também na vigilância a nível europeu, como membro do registo europeu de anomalias congénitas – EUROCAT – desde 1990. As anomalias congénitas tornaram-se nas últimas décadas uma das principais causas de mortalidade e morbilidade no período infantil constituindo por isso um importante problema de saúde pública.

Veja a informação do Portal da Saúde:

Anomalias congénitas não diminuiram na Europa
Pormenor da imagem
Estudo divulgado pelo Instituto Ricardo Jorge revela ausência de diminuição da prevalência de defeitos do tubo neural na Europa.

Os registos nacionais de anomalias congénitas de 19 países europeus, entre os quais oRegisto Nacional de Anomalias Congénitas (RENAC), coordenado pelo Instituto Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Epidemiologia, analisaram os dados relativos a 12,5 milhões de nascimentos, entre 1991 e 2011, e concluíram que, durante este período, não se verificou uma diminuição na prevalência de defeitos do tubo neural (como a espinha bífida e a anencefalia), apesar de existirem medidas preventivas.

As conclusões deste trabalho foram publicadas no British Medical Journal, uma das revistas biomédicas com maior fator de impacto a nível mundial.

O estudo “Long term trends in prevalence of neural tube defects in Europe: population based study”, analisou a tendência ao longo de 20 anos da prevalência de defeitos do tubo neural nos registos de nascimentos destes países e conclui que não existiu uma diminuição na sua prevalência.

Apesar das recomendações que são feitas nos países europeus para que as mulheres tomem ácido fólico antes ou imediatamente após a conceção, este estudo não identificou um efeito preventivo dessas medidas, o que, segundo os autores do artigo, “apoia a fortificação dos alimentos com ácido fólico, como uma medida a adotar, à semelhança de outros países como os Estados Unidos da América”.

Os defeitos do tubo neural – grupo de anomalias congénitas constituído por anencefalia, espinha bífida e encefalocelo – têm uma frequência inferior a 1 caso por cada 2.000 nascimentos em Portugal. Esta frequência pode ser reduzida através de medidas de prevenção primária, como seja a toma suplementar de ácido fólico antes da gravidez. A evidência científica tem demonstrado que o consumo de pelo menos 0,4 mg de ácido fólico, se iniciado antes da gravidez e durante o 1º trimestre, previne cerca de 70% dos defeitos do tubo neural.

O RENAC é um registo de doenças de base populacional, que tem como objetivo vigiar a frequência da ocorrência de anomalias congénitas no Continente e Regiões Autónomas desde 1995, e participa também na vigilância a nível europeu, como membro do registo europeu de anomalias congénitas – EUROCAT – desde 1990. As anomalias congénitas tornaram-se nas últimas décadas uma das principais causas de mortalidade e morbilidade no período infantil constituindo por isso um importante problema de saúde pública.

Artigo disponível no Repositório Científico do Instituto Ricardo Jorge

III Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais – DGS

III Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais
III Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais

A Direção-Geral da Saúde apresenta o terceiro Estudo Epidemiológico Nacional das Doenças Orais que, pela primeira vez, demonstra resultados sobre o estado da saúde oral dos portugueses com 18 anos, entre os 35-44 anos e os 65-74 anos de idade.

No âmbito deste estudo, desenvolvido em parceria pelo Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral e a Ordem dos Médicos Dentistas, foi examinada e inquirida uma amostra constituída por 6315 indivíduos, representativa a nível nacional. O estudo abrangeu as cinco Administrações Regionais de Saúde, bem como as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. O trabalho de campo teve início no final do ano de 2012 e terminou em 2014.

Os objetivos do estudo foram avaliar conhecimentos e comportamentos relacionados com a saúde oral, avaliar a prevalência e a gravidade da cárie dentária, das doenças periodontais, da fluorose, das lesões da mucosa oral entre outros indicadores.

Dos resultados destaca-se:

• Redução do índice CPOD (dentes cariados, perdidos e obturados) que, aos 12 anos, era de 2,95, no ano 2000, de 1,48, em 2006, e de 1,18 em 2013;
• Aumento da percentagem de jovens com gengivas saudáveis que em 2006, aos 12 anos era 29% e aos 15 anos era 22%, enquanto em 2013, aos 12 anos era 51,7% e aos 18 anos 41,8%
• Aumento do número médio de dentes com selantes de fissura que, em 2006, aos 12 anos era 1,60 e aos 15 anos era 0,86 e, em 2013, aos 12 anos era 3,61 e aos 18 anos era 1,31;
• Aumento da percentagem de crianças e jovens que escovam os dentes à noite, antes de deitar, que em 2006, aos 6 anos era de 35%, aos 12 anos 51% e aos 15 anos era de 45%, enquanto em 2013 aos 6 anos essa percentagem era de 84%, aos 12 anos, 87% e aos 18 anos 84%.

Consulte o III Estudo Epidemiológico Nacional das Doenças Orais.