CHLN | Transplantação: Hospital de Santa Maria atinge mil transplantes renais

02/02/2018

O Hospital de Santa Maria, inserido no Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), realizou esta semana o seu milésimo transplante renal, um número que os profissionais classificam como «fantástico» e «simbólico», correspondendo a um aumento e impulso da transplantação no maior hospital do país.

O doente renal transplantado é um homem com cerca de 40 anos, empresário, que fazia diálise e que estava em lista de espera há aproximadamente dois anos.

Segundo o coordenador da unidade de transplantação do Hospital de Santa Maria, José Guerra, o doente encontra-se «excelente», continua internado na instituição, mas com possibilidade de alta dentro de cinco ou seis dias, podendo, no futuro, «ter uma vida com melhor qualidade».

O coordenador da unidade de transplantação explica que os mil transplantes «têm um significado muito particular», que correspondem a um percurso iniciado em 1989, no Hospital de Santa Maria. «Atingimos este número, que outras unidades já atingiram, depois de muitos anos de trabalho, depois de uma curva de aprendizagem, em que fomos aumentando o número de transplantes. É um número com uma carga muito particular e serve para marcar e refletir sobre o que já fizemos e vamos continuar a fazer», afirmou.

Em 2017, o Hospital de Santa Maria realizou 65 transplantes renais, o que corresponde a um crescimento de cerca de 50 % relativamente a anos anteriores. José Guerra reconhece que o progressivo aumento de transplantes, transversal ao país, é consequência do aumento das colheitas e também «da logística cada vez mais adequada» dos serviços desta área.

A diretora do serviço de cirurgia pediátrica do hospital, Miroslava Gonçalves,  que esteve na colheita do órgão que permitiu o transplante, lembrou que a complexidade da atividade de transplantação é totalmente multidisciplinar, envolvendo vários profissionais e especialidades». «Todos os profissionais são fundamentais, não só médicos, enfermeiros e técnicos. Há inúmeras pessoas envolvidas, até os polícias que nos transportam os órgãos de um lado para o outro são extremamente importantes. Quando falamos em transplantes, é um mundo que envolve uma organização que é fundamental, e essa, nós temos», afirmou Miroslava Gonçalves.

No Hospital de Santa Maria, o serviço de transplantação de adultos tem integrada a área pediátrica desde 1995. O trabalho dos médicos é feito em conjunto e o próprio bloco onde as crianças são transplantadas é comum ao dos adultos. No entanto, a diretora refere que «quando a criança já tem o seu órgão vai para os cuidados intensivos infantis e todo o ambiente é da área infantil, sendo que todas as pessoas que tratam a criança são da área infantil».

Salienta que o número de transplantes em idade pediátrica no Hospital de Santa Maria é «relativamente escasso», mas ainda assim o suficiente para ser considerado um centro de referência europeu, sendo que, para tal, são necessários seis a sete transplantes por ano. No total, este hospital atingiu, na área infantil, um número que ronda os 150 transplantes.

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