Natalidade | Teste do pezinho: Mais 198 nascimentos nos primeiros quatro meses de 2018

23/05/2018

Nos primeiros quatro meses deste ano, 2018, nasceram pelo menos 27.157 bebés, mais 198 do que no mesmo período do ano passado, segundo os dados dos testes de rastreio do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce, mais conhecido como «teste do pezinho».

Coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge), através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, este programa cobre a quase totalidade de nascimentos.

O teste não é obrigatório e pode sempre haver mais nascimento do que testes, mas continua a ser um indicador relativo à natalidade em Portugal, tendo em conta uma taxa de quase 100% de cobertura do programa.

Nos primeiros quatro meses de 2018 foram estudados 27.157 recém-nascidos, mais 198 do que face ao período homólogo de 2017, em que se estudaram 26.959.

O maior número de testes foi realizado em Lisboa, com 8.085, seguida por Porto, com 4.786, e Braga, com 2.062 testes. O local com menos nascimentos terá sido Bragança, com apenas 191 testes realizados.

No ano passado, o «teste do pezinho» permitiu aferir uma diminuição de nascimentos em relação a 2016.

Pelo menos 86.180 crianças nasceram em 2017, menos 1.397 do que em 2016, uma diminuição que ocorre após três anos consecutivos do aumento de nascimentos, segundo os «testes do pezinho» então realizados.

«Teste do pezinho»

O Programa Nacional de Diagnóstico Precoce permite, através do rastreio e da confirmação do diagnóstico, o encaminhamento dos doentes para a rede de centros de tratamento, sediados em instituições hospitalares de referência, contribuindo para a prevenção de doenças e ganhos em saúde.

O «teste do pezinho» é realizado a partir do terceiro dia de vida do recém-nascido, através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança, e permite diagnosticar algumas doenças graves que clinicamente são muito difíceis de diagnosticar nas primeiras semanas de vida e que mais tarde podem provocar atraso mental, alterações neurológicas graves, alterações hepáticas ou até situações de coma.

Este exame não é obrigatório, pelo que pode sempre haver mais nascimentos do que testes ou até o contrário (devido a fatores como a altura da colheita não ser coincidente com o nascimento e a algum atraso no envio pelo correio), mas não deixa de ser um indicador relativo à natalidade em Portugal, tendo em conta a taxa de cobertura de quase 100% deste programa.

Para saber mais, consulte:

Instituto Ricardo Jorge > Programa Nacional de Diagnóstico Precoce