Aberto Concurso para Técnico Superior de Genética Molecular em Mobilidade – INSA


«Aviso n.º 9808/2018

Procedimento concursal para o preenchimento de um posto de trabalho com vínculo jurídico de emprego público, por tempo indeterminado, na categoria de técnico superior na Unidade de Genética Molecular do Departamento de Genética Humana.

1 – Para efeitos do disposto nos n.os 1 e 3 do artigo 30.º e no artigo 33.º da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas (LTFP), aprovada pela Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, conjugados com o artigo 19.º da Portaria n.º 83-A/2009, de 22 de janeiro, alterada e republicada pela Portaria n.º 145-A/2011, de 6 de abril, torna-se público que, por despacho do Presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP, (INSA) Dr. Fernando de Almeida, de 7 de junho de 2018, no âmbito das suas competências, se encontra aberto pelo período de 10 dias úteis, a contar da data de publicação do presente Aviso no Diário da República, o procedimento concursal comum para preenchimento de um posto de trabalho na carreira e categoria de técnico superior, do mapa de pessoal do INSA na modalidade de contrato de trabalho em funções públicas, por tempo indeterminado.

2 – Foi dado cumprimento ao previsto no artigo 34.º do regime da valorização profissional dos trabalhadores com vínculo de emprego público (RVP), aprovado pela Lei n.º 25/2017, de 30 de maio, tendo a entidade gestora do sistema de valorização profissional (Direção-Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas – INA), expressamente declarado a inexistência de trabalhadores em situação de requalificação, cujo perfil se adequasse às características do posto de trabalho em causa.

3 – Local de Trabalho: Instalações do INSA – Sede, sitas na Avenida Padre Cruz, 1649-016 Lisboa.

4 – Identificação e caracterização do posto de trabalho: as funções a desempenhar enquadram-se no âmbito das competências inerentes ao Departamento de Genética Humana, ao qual compete desenvolver atividades no domínio dos determinantes genéticos da saúde e da doença, designadamente através de abordagens de índole epidemiológica, clínica, citogenética, bioquímica ou de genética molecular, e garante o planeamento e a execução do programa nacional de diagnóstico precoce, conforme previsto no artigo 8.º do Anexo à Portaria n.º 162/2012, de 22 de maio.

4.1 – Conteúdo funcional – execução de procedimentos laboratoriais no domínio da genética molecular, incluindo a interpretação e registo de resultados de testes genéticos, elaboração de relatórios, colaboração no desenvolvimento de novas metodologias ou estratégias de análise molecular e realização de atividades no âmbito da qualidade laboratorial e acreditação de ensaio, nomeadamente:

Registo e verificação de dados clínicos relativos a amostras biológicas e a utentes face ao teste genético solicitado utilizando programas informáticos específicos adotados na Instituição; organização/seleção de séries de amostras para análise molecular e respetiva validação dos registos e dados;

Execução e validação de procedimentos laboratoriais no âmbito da extração, purificação e quantificação de DNA genómico e de RNA de diferentes produtos biológicos;

Execução de procedimentos e ensaios laboratoriais no domínio do diagnóstico em genética molecular em diferentes genes e doenças genéticas usando diferentes metodologias (incluindo sequenciação de nova geração – NGS);

Amplificação enzimática de DNA (PCR) nas suas diferentes modalidades/especificidades;

Transcrição reversa in-vitro;

Análise de fragmentos de DNA (obtidos ou não através de PCR) por recurso a diferentes metodologias. – Preparação de géis de agarose, de acrilamida/bisacriamida, realização das respetivas eletroforeses, coloração dos mesmos e sua fixação (quando aplicável);

Execução de clonagem de fragmentos de DNA e estabelecimento/manutenção de culturas celulares

(transformadas ou não transformadas, ou imortalizadas) de diferentes produtos biológicos (sob supervisão);

Colaboração na análise, interpretação, validação e registo de resultados experimentais obtidos no âmbito de ensaios laboratoriais (sob supervisão);

Co-elaboração (sob supervisão) de relatórios sobre resultados experimentais obtidos no âmbito do diagnóstico em genética molecular, integrando dados clínicos de utentes, conhecimentos específicos de patologias e de acordo com as diretivas institucionais, nacionais e internacionais aplicáveis;

Consulta/uso de bases de dados específicas de patologias disponíveis online; uso de programas informáticos aplicáveis à compreensão e caracterização de alterações moleculares identificadas em genes específicos, incluindo a análise bioinformática de dados de NGS.

5 – Posicionamento remuneratório: De acordo com o artigo 38.º da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas (LTFP), aprovada pela Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, conjugado com a Lei n.º 114/2017, de 29 de dezembro, que aprova o Orçamento do Estado para 2018.

6 – Requisitos de admissão relativos ao trabalhador:

a) Ser detentor de vínculo jurídico de emprego público por tempo indeterminado previamente estabelecido ou encontrar-se em situação de valorização profissional e possuir os requisitos enunciados no artigo 17.º da LTFP.

b) Nível habilitacional/área de formação: ser detentor de licenciatura na área das ciências biológicas, a que corresponde o grau de complexidade funcional 3, de acordo com o previsto no artigo 86.º da LTFP.

6.1 – Requisitos preferenciais:

Mestrado na área das ciências biológicas ou das ciências da saúde; pós-graduação em oncobiologia; conhecimentos avançados nas novas tecnologias da saúde, nomeadamente em sequenciação de nova geração (NGS), analise e interpretação de dados de painéis de genes associados a cancro hereditário; experiência na análise in silico de alterações moleculares, respetiva anotação e consequências funcionais; experiência na realização de ensaios de MLPA (Multiplex Ligation-dependent Probe Amplification) para diferentes genes associados a cancro hereditário e respetiva utilização de softwares para análise de resultados; experiência em genética molecular humana a nível do diagnóstico de diferentes doenças hereditárias, nomeadamente, em metodologias convencionais (extração manual e automática de DNA genómico, amplificação enzimática de DNA, sequenciação de Sanger e análise de eletroferogramas, restrição enzimática), na interpretação de resultados, na aplicação da nomenclatura internacional para descrição de alterações moleculares, e na elaboração de relatórios de testes genéticos de acordo com a legislação nacional e as diretivas internacionais; experiência e conhecimentos no âmbito dos procedimentos de higiene e segurança intrínsecos à realização de testes genéticos e a laboratórios de genética humana.

7 – Não podem ser admitidos candidatos que, cumulativamente, se encontrem integrados na carreira, sejam titulares da categoria e, não se encontrando em situação de valorização profissional, ocupem postos de trabalho previstos no mapa de pessoal do serviço, idênticos aos postos de trabalho para cuja ocupação se publicita o procedimento.

8 – Formalização de candidaturas:

Apresentada através do preenchimento obrigatório do formulário de candidatura, disponível na página eletrónica do INSA, em www.insa.min-saude.pt na funcionalidade “Institucional – instrumentos de gestão – recrutamento – procedimentos concursais”.

O candidato deve identificar, inequivocamente, no formulário de candidatura o posto de trabalho pretendido com indicação da carreira, categoria e atividade caracterizadoras do posto de trabalho a ocupar.

8.1 – Só é admissível a apresentação de candidatura em suporte de papel.

8.2 – A entrega da candidatura poderá ser efetuada:

Pessoalmente no serviço de expediente, na morada indicada no ponto 3, com indicação exterior de Procedimento concursal – Aviso n.º …, de…”, no período compreendido entre as 09H30M e as 16H30M; ou, – Através de correio registado e com aviso de receção, até ao termo do prazo fixado, para a morada indicada no ponto 3, situação em que se atenderá à data do respetivo registo, endereçado à Direção de Gestão de Recursos Humanos, com indicação exterior de “Procedimento concursal – Aviso n.º …, de…”;

8.3 – A candidatura deverá ser acompanhada dos seguintes documentos:

a) Fotocópia legível do certificado de habilitações literárias;

b) Fotocópias dos comprovativos das ações de formação frequentadas e relacionadas com o conteúdo funcional do posto de trabalho, quando existam;

c) Declaração emitida pelo Serviço a que o candidato pertence, devidamente atualizada, da qual conste a modalidade de vínculo jurídico de emprego público que detém, o tempo de execução das atividades inerentes ao posto de trabalho que ocupa e o grau de complexidade das mesmas, para efeitos da alínea c) do n.º 2 do artigo 11.º da Portaria n.º 83-A/2009, de 22 de janeiro (Portaria);

d) Declaração de conteúdo funcional emitida pelo Serviço a que o candidato se encontra afeto, devidamente atualizada, da qual conste a atividade que se encontra a exercer, em conformidade com o estabelecido no mapa de pessoal aprovado, informação do vencimento auferido à data da candidatura (posição remuneratória, nível remuneratório, remuneração base), bem como a avaliação de desempenho relativa ao último período, não superior a 4 anos, nos termos da alínea d) do n.º 2 do artigo 11.º da citada Portaria, quando exista;

e) Declaração do candidato a dar consentimento ao INSA, para que as notificações no âmbito do presente procedimento possam ser efetuadas por correio eletrónico, conforme disposto no artigo 63.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 4/2015, de 7 de janeiro.

f) Curriculum profissional, atualizado, dele devendo constar os seguintes elementos: nome, morada, contactos, incluindo endereço de correio eletrónico, número do bilhete de identidade ou cartão de cidadão, habilitações literárias e profissionais, funções que exerce, bem como as que exerceu, quando exista experiência profissional, com indicação dos respetivos períodos de duração e atividades relevantes, assim como a formação profissional detida, com indicação da entidade promotora, data de frequência e duração.

9 – Métodos de seleção:

No presente recrutamento serão aplicados os métodos de seleção obrigatórios, referidos no artigo 36.º da LTFP e um método facultativo:

Prova de Conhecimentos (PC) ou Avaliação Curricular (AC), e como método complementar a Entrevista Profissional de Seleção (EPS);

Apenas aos candidatos que reunirem as condições referidas no n.º 2 do artigo 36.º do mesmo diploma legal, ser-lhes-á aplicado, caso não tenham exercido a opção pelo afastamento dos métodos legalmente previstos, a Avaliação Curricular (AC), e como método facultativo ou complementar a Entrevista Profissional de Seleção (EPS).

9.1 – A valoração dos métodos anteriormente referidos será avaliada numa escala de 0 a 20 valores, considerando-se a valoração até às centésimas, de acordo com a especificidade de cada método, através da aplicação das seguintes fórmulas finais:

CF = 0,70 PC + 0,30 EPS

CF = 0,70 AC + 0,30 EPS

em que:

CF = Classificação Final

PC = Prova de conhecimentos

AC = Avaliação curricular

EPS = Entrevista profissional de seleção.

9.2 – A prova de conhecimentos será escrita, sem consulta, com a duração máxima de 60 minutos, e incidirá sobre os seguintes temas:

a) Lei Orgânica do INSA;

b) Regulamento de Organização e Funcionamento do INSA;

c) Conhecimentos de genética e biologia molecular;

d) Conhecimentos técnicos e teóricos em contexto de diagnóstico e investigação em genética humana, incluindo normas da qualidade e diretivas internacionais.

9.3 – A legislação, vigente à data da publicação do aviso de abertura e bibliografia aplicável é a seguinte:

a) Decreto-Lei n.º 27/2012, de 8 de fevereiro, acessível no site: http://www.insa.pt/category/institucional/documentos-legais/

b) Regulamento n.º 329/2013, de 28 de agosto, acessível no site: http://www.insa.pt/category/institucional/documentos-legais/

c) Portaria n.º 162/2012 de 22 de maio, acessível no site: http://www.insa.pt/category/institucional/documentos-legais/

d) Lei n.º 12/2005. DR 1.ª série, n.º 18 de 26 de janeiro

e) Decreto-Lei n.º 131, DR 1.ª série, n.º 166 de 29 de agosto de 2014

f) den Dunnen JT, Dalgleish R, Maglott DR et al (2016) HGVS recommendations for the description of sequence variants – 2016 update. Human Mutation 37:564-569 (disponível a partir do sítio http://www.HGVS.org/varnomen).

g) Claustres M, Kozich V, Dequeker E et al (2014) Recommendations for reporting results of diagnostic genetic testing (biochemical, cytogenetic and molecular genetic). European Journal of Human Genetics 22(2):160-170.

h) Matthijs G et al (2016). Guidelines for diagnostic next-generation sequencing. Europ J Hum Genet 24:2-5

i) Norma Portuguesa ISO 15189 de 2014 – laboratórios clínicos, requisitos para a qualidade e competência.

j) Guia para aplicação da NP EN Isso 15189, OGC004 de 22.06.2017

k) Carin R et al 2017. Multigene panel testing provides a new perspective on Lynch syndrome. J Clin Oncol 35: 2568-2575.

l) Traeger-Synodinos J et al 2014. EMQN Best Practice Guidelines for molecular and haematology methods for carrier identification and prenatal diagnosis of the haemoglobinopathies Europ J Hum Genet online publication, 23 July 2014; doi:10.1038/ejhg.2014.131

m) Porto G et al 2015. EMQN best practice guidelines for the molecular genetic diagnosis of hereditary hemochromatosis (HH). Europ J Hum Genet online publication, 8 July 2015; doi:10.1038/ejhg.2015.128.

n) Pinto P et al 2016. Implementation of next-generation sequencing for molecular diagnosis of hereditary breast and ovarian cancer highlights its genetic heterogeneity. Breast Cancer Res Treat. 2016 Sep;159(2):245-56. doi: 10.1007/s10549-016-3948-z.

o) Barseghyan H et al 2018. New technologies to uncover the molecular basis of disorders of sex development. Molecular and Cellular Endocrinology 468 (2018) 60-69, doi.org/10.1016/j.mce.2018.04.003

p) KrausZ C et al 2014. EAA/EMQN best practice guidelines for molecular diagnosis of Y-chromosomal microdeletions: state-of-the-art 2013. Andrology, 2014, 2, 5-19; doi: 10.1111/j.2047-2927.2013.00173.x. q) Christopher Ng et al 2015. Diagnostic approach to von Willebrand disease. Blood 125:2029-20; DOI 10.1182/blood-2014-08-528398.

r) Liu L, Li Y, Li S et al (2012). Comparison of next-generation sequencing systems. J of Biomedicine and Biotechnology; Volume 2012, Article ID 251364; doi:10.1155/2012/251364

10 – A publicitação dos resultados obtidos entre a aplicação dos métodos de seleção é efetuada através de lista intercalar, ordenada alfabeticamente, afixada na Direção de Gestão de Recursos Humanos e disponibilizada na página eletrónica do Instituto.

11 – Os candidatos aprovados em cada método de seleção são convocados para a realização do método seguinte por uma das formas previstas no n.º 3 do artigo 30.º da referida Portaria.

12 – De acordo com o preceituado no n.º 1 do artigo 30.º da Portaria, os candidatos excluídos serão notificados por uma das formas previstas no seu n.º 3 para a realização da audiência dos interessados.

13 – As atas do Júri, onde constam os parâmetros de avaliação e respetiva ponderação de cada um dos métodos de seleção a utilizar, a grelha classificativa e os sistemas de valoração dos métodos serão facultados aos candidatos sempre que solicitados.

14 – Serão excluídos do procedimento os candidatos que tenham obtido uma valoração inferior a 9,5 valores, num dos métodos de seleção, não lhes sendo aplicado o método de avaliação seguinte.

15 – Em situações de igualdade de valoração, aplica-se o disposto no artigo 35.º da Portaria.

16 – A lista unitária de ordenação final dos candidatos, após homologação do Presidente do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP, é afixada em local visível e público das instalações do edifício Sede e disponibilizada na página eletrónica do INSA, nos termos do n.º 6 do artigo 36.º da Portaria, sendo publicado um aviso na 2.ª série do Diário da República.

17 – Nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 19.º da Portaria, o presente Aviso é publicitado na Bolsa de Emprego, em www.bep.gov.pt, na página eletrónica do INSA, e em jornal de expansão nacional, por extrato, no prazo de três dias úteis após a publicação do presente Aviso.

18 – Em tudo o não expressamente previsto no presente Aviso, aplica-se o normativo constante na LTFP e na Portaria.

19 – Júri do procedimento concursal:

Presidente:

João Manuel da Silva Gonçalves, coordenador da Unidade de Genética Molecular do Departamento de Genética Humana

Vogais Efetivos:

Patrícia Theisen da Silva Pereira, assistente da carreira dos técnicos superiores de saúde, ramo de genética (substitui o Presidente nas suas faltas e impedimentos)

Ana Gabriela do Nascimento Lorvão, técnica superior

Vogais Suplentes:

José Cândido Oliveira Alves Ferrão, assistente da carreira dos técnicos superiores de saúde, ramo de genética

Glória de Fátima Cardoso Silva Isidro, coordenadora do Departamento de Genética Humana

14 de junho de 2018. – A Diretora de Gestão de Recursos Humanos, Paula Caires da Luz.»