Cancro do cólon e do reto: Programa de rastreio decorre em mais de 50 centros de saúde da região centro

01/08/2018

A Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro está a trabalhar no rastreio do cancro do cólon e do reto «de forma estruturada e planeada desde 2009, com as dificuldades próprias de uma atividade desta envergadura».

De acordo com o organismo, o programa de rastreio está a decorrer em mais de 50 centros de saúde da região, sendo que, atualmente, a adesão da população é na ordem dos 60%, «percentagem muito satisfatória e com possibilidade de crescimento».

Na região Centro, os hospitais públicos que estão a colaborar com a ARS no âmbito do rastreio são: São Teotónio (Viseu), Santo André (Leiria), Figueira da Foz e o Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra.

«De uma maneira geral, a resposta tem sido muito rápida (chegando a cerca de 15 dias de intervalo entre a pesquisa de sangue oculto nas fezes positiva e a chamada para a colonoscopia). Pontualmente, e conjunturalmente, pode haver uma demora superior, mas os serviços hospitalares, uma vez detetada a falha, tudo fazem para a resolver», frisa a ARS Centro em comunicado.

A nota salienta ainda que, em relação ao IPO, os utentes são chamados para uma consulta prévia e todos os exames preparatórios da colonoscopia (com sedação) já são realizados a nível hospitalar.

«O ano de 2017 foi marcado pela mudança de método inicial de rastreio, com objetivo de aumentar a sensibilidade e especificidade do teste, ou seja, garantir uma deteção mais eficaz e precoce das lesões pré-cancerosas. Esta mudança, vantajosa em termos de melhores cuidados prestados à população, implicou alguma perturbação no acesso, resultado das muitas alterações que tiveram que ser realizadas para adaptação a esta nova realidade», refere o organismo.

A ARS Centro está «a diligenciar no sentido de, até final de 2018, alargar o programa [de rastreio] a toda a região, estando, para esse efeito, a dotar as unidades funcionais dos agrupamentos de centros de saúde das condições logísticas necessárias, bem como a realizar formação aos profissionais dos cuidados de saúde primários».

«Outro aspeto relevante tem a ver com a alocação do sistema informático dedicado nos hospitais aderentes, bem como a ligação entre sistemas informáticos que permitem fazer a gestão, monitorização e avaliação do programa em termos de produtividade, tempos de espera e resultados», que está em processo de aquisição, explica a ARS.

Para saber mais, consulte:

Administração Regional de Saúde do Centro, IP – http://www.arscentro.min-saude.pt