Instituto Ricardo Jorge promove jornadas sobre infeções sexualmente transmissíveis em diferentes especialidades médicas

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07-09-2018

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através do Laboratório Nacional de Referência das Infeções Sexualmente Transmissíveis do seu Departamento de Doenças Infeciosas, promove, dia 23 de outubro, no seu auditório em Lisboa, as “II Jornadas IST – Infeções Sexualmente Transmissíveis em diferentes especialidades médicas”. A iniciativa tem como objetivo principal contribuir para um melhor diagnóstico das IST em Portugal, com vista a sua prevenção e tratamento adequados.

Destinado a profissionais de saúde que intervêm na prevenção, diagnóstico e tratamento das IST, em particular dermatovenereologistas, infeciologistas, ginecologistas, urologistas, clínicos de medicina geral e familiar, entre outros, o evento pretende também promover o diálogo entre clínicos e profissionais de laboratório sobre a otimização do diagnóstico como medida de prevenção da aquisição e da transmissão das IST. As jornadas visam ainda espelhar a diversidade e o impacto para a saúde de diversas patologias causadas por microrganismos que se transmitem por contacto sexual.

Os interessados em participar nas “II Jornadas IST – Infeções Sexualmente Transmissíveis em diferentes especialidades médicas” deverão efetuar a sua inscrição, até dia 19 de outubro, através do preenchimento do seguinte formulário. O programa das jornadas prevê a realização de várias mesas redondas subordinadas aos temas “IST na Infeciologia”, “IST na Obstetrícia e na Pediatria”, “IST na Dermatovenereologia”, “IST nos Cuidados de Saúde Primários”, “IST na Urgência Hospitalar”, “IST na Otorrinolaringologia”, “IST na Gastroenterologia” e “IST na Ginecologia”.

As IST são causadas por agentes patogénicos (vírus, bactérias ou parasitas) que podem ser adquiridos e transmitidos por contacto sexual e constituem uma das principais preocupações em termos de saúde pública dada a elevada morbilidade e mesmo mortalidade a elas associada, tais como cancro do colo do útero, sífilis congénita, gravidez ectópica e infertilidade. Apesar da existência de várias estratégias de saúde pública com vista ao controlo da disseminação das IST, a Organização Mundial da Saúde estima que a maioria dos casos de IST não seja diagnosticada e que seja tratada de forma sindrómica, sem qualquer diagnóstico laboratorial.

Em Portugal, há legislação que obriga à confirmação laboratorial de várias IST mas, à exceção do verificado para a infeção por vírus da imunodeficiência humana (VIH), não existem normas nacionais sobre os testes laboratoriais a usar para outras IST (mesmo as de notificação obrigatória). Por outro lado, os testes atualmente adequados não constam das tabelas de comparticipação de análises clínicas, dificultando o conhecimento real da situação nacional em termos de IST.