Centro de referência: Centro de Onco-Oftalmologia de Coimbra tratou 129 doentes

21/11/2018

O Centro de Referência Nacional de Onco-Oftalmologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), o único em Portugal nesta área, tratou 100 adultos e 29 crianças, através da técnica de braquiterapia episcleral.

Em comunicado, o diretor deste centro, Joaquim Murta, referiu que «Este marco dos cem doentes tratados impele-nos a continuar os objetivos de prestação de cuidados de saúde de elevada qualidade e diferenciação, num contexto de formação, ensino, investigação, conhecimento científico e inovação, tentando ser tanto uma referência nacional como internacional.»

De acordo com o comunicado, a equipa multidisciplinar da Unidade de Tumores de Adultos do Centro Nacional de Referência «tem observado, tratado e seguido doentes com tumores intraoculares referenciados de todo o país, evitando assim a sua deslocação ao estrangeiro».

Já a equipa multidisciplinar da Unidade de Tumores de Crianças tratou 29 crianças com retinoblastoma, sendo 18 portuguesas e 11 oriundos de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. «Infelizmente, 80% das crianças são diagnosticadas em estádios avançados da doença, o que compromete a preservação da visão e do globo ocular, salientando a importância do diagnóstico precoce», realça Joaquim Murta.

O especialista refere que, por isso, foi iniciada uma campanha de sensibilização para o retinoblastoma, tendo como público-alvo os profissionais de saúde, nomeadamente os médicos de Medicina Geral e Familiar e os pediatras.

A iniciativa conta com o apoio da Direção-Geral de Saúde, Comissão do Plano Nacional para as Doenças Oncológicas, Colégio de Oftalmologia da Ordem dos Médicos e Acreditar – Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro.

Joaquim Murta sublinha, ainda, que «além dos ganhos em termos económicos e sociais, para o Serviço Nacional de Saúde e para o doente, este Centro orgulha-se de apresentar resultados clínicos sobreponíveis aos dos melhores centros internacionais».

Fonte: Lusa