DGS e SICAD alertam para doença pulmonar grave associada à utilização de cigarros eletrónicos

DGS e SICAD alertam para doença pulmonar grave associada à utilização de cigarros eletrónicos

Os Estados Unidos da América (EUA) estão a registar, desde agosto de 2019, casos de doença pulmonar grave, incluindo mortes que, segundo os Centers for Disease Control and Prevention (CDC), estão associadas à utilização de cigarros eletrónicos.  De acordo com a última informação desta entidade, datada de 21 de novembro, foram identificados 2290 casos de doença pulmonar grave, incluindo 47 óbitos, associados ao uso de cigarros eletrónicos ou vaping.

Casos semelhantes estão atualmente em investigação no Canadá, nas Filipinas, na Bélgica e na Suécia. Esta situação tem vindo a ser discutida a nível da Comissão Europeia, em termos de avaliação e gestão de risco e eventuais medidas a adotar.

Sublinhe-se que existe uma grande diversidade de líquidos utilizados em cigarros eletrónicos, com e sem nicotina, e com diferentes tipos de aromas, no mercado. Embora a investigação destes casos não esteja ainda concluída, o acetato de vitamina E, o canabidiol e outros derivados de canábis e o diacetil parecem ser substâncias associadas a estas lesões pulmonares.

Neste contexto:

  1. Não existem cigarros eletrónicos nem produtos de tabaco seguros, nomeadamente tabaco aquecido. Apresentam riscos para a saúde e não devem ser consumidos.
  2. Os cigarros eletrónicos, com ou sem nicotina, nunca devem ser usados, particularmente por jovens, jovens adultos ou mulheres grávidas.
  3. A Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) desaconselham o uso de cigarros eletrónicos, particularmente os que têm líquidos contendo canabidiol e outros derivados de canábis, acetato de vitamina E e diacetil.
  4. A DGS e o SICAD alertam os consumidores de cigarros eletrónicos para que não modifiquem ou adicionem quaisquer substâncias aos líquidos para cigarro eletrónico legalmente comercializados e devidamente rotulados pelo fabricante, ou usem líquidos ou produtos comprados fora dos circuitos legais de comercialização, incluindo através da Internet.
  5. As instruções de uso e contraindicações que, obrigatoriamente, devem acompanhar os cigarros eletrónicos devem ser observadas. Os cigarros eletrónicos devem ser mantidos fora do alcance das crianças.
  6. Os consumidores de cigarros eletrónicos devem estar atentos e procurar um médico imediatamente se desenvolverem os seguintes sintomas: tosse, falta de ar, dor no peito, febre, calafrios, náuseas, vómitos, dor abdominal ou diarreia. Os sintomas podem desenvolver-se ao longo de alguns dias, ou ao longo de várias semanas.
  7. Os adultos que usam cigarros eletrónicos para deixar de fumar não devem voltar a fumar. Devem avaliar todos os riscos e benefícios e considerar a utilização de terapêuticas de substituição de nicotina aprovadas pelo INFARMED, ou procurar apoio junto do seu médico ou de uma consulta de apoio à cessação tabágica.

Consulte o site da Direção-Geral da Saúde em:

Para mais informação consulte:


Cigarros electrónicos

06/12/2019

DGS desaconselha uso devido a riscos para a saúde

A Direção-Geral da Saúde (DGS) desaconselha o uso de cigarros eletrónicos, por conterem nomeadamente substâncias associadas a lesões pulmonares, depois de os Estados Unidos terem reportado 47 casos mortais ligados à utilização destes dispositivos.

De acordo com nota divulgada, no dia 5 de dezembro, a DGS e o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) desaconselham, em particular, o uso de cigarros eletrónicos que têm líquidos que contêm canabidiol e outros derivados de canábis, acetato de vitamina E e o aromatizante diacetil, substâncias que “parecem ser associadas a lesões pulmonares” comunicadas por vários países, como Estados Unidos, Canadá, Filipinas, Bélgica e Suécia.

A nota refere, citando os dados mais recentes, de 21 de novembro, do Centro de Controlo e Prevenção da Doença norte-americano, que nos Estados Unidos foram identificados, desde agosto, 2.290 casos de doença pulmonar grave, incluindo 47 óbitos, associados ao uso de cigarros eletrónicos ou ‘vaping’ (vaporização de substâncias).

«Casos semelhantes estão atualmente em investigação no Canadá, nas Filipinas, na Bélgica e na Suécia», adiantam a DGS e o SICAD, assinalando que a situação tem vindo a ser discutida ao nível da Comissão Europeia, em termos de avaliação e gestão de risco e eventuais medidas a adotar.

Não existem cigarros eletrónicos nem produtos de tabaco seguros

A DGS e o SICAD avisam que não existem cigarros eletrónicos nem produtos de tabaco seguros, nomeadamente tabaco aquecido, pois apresentam riscos para a saúde e não devem ser consumidos.

Os consumidores de cigarros eletrónicos «devem estar atentos e procurar um médico imediatamente» se tiverem tosse, falta de ar, dor no peito, febre, calafrios, náuseas, vómitos, dor abdominal ou diarreia, sintomas que «podem desenvolver-se ao longo de alguns dias ou várias semanas», frisa a nota.

De acordo com a Direção-Geral da Saúde e o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, os adultos que usam cigarros eletrónicos para deixar de fumar «não devem voltar a fumar», devendo antes procurar apoio médico, consultas de cessação tabágica ou tratamentos de substituição de nicotina aprovados pelo regulador do medicamento (Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde).

Para saber mais, consulte:

DGS > Doença pulmonar grave associada à utilização de cigarros eletrónicos