Ausência de evidência entre o agravamento da infeção por COVID-19 e o ibuprofeno

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15 mar 2020

O INFARMED, Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P.  informa que não existem, atualmente, dados científicos que confirmem um possível agravamento da infeção por COVID-19 com a administração de ibuprofeno ou outros anti-inflamatórios não esteroides.

Neste sentido, não há motivo para os doentes que se encontrem em tratamento com os referidos medicamentos o interrompam.

A possível relação entre a exacerbação das infeções, na generalidade, e a toma de ibuprofeno está a ser avaliado na União Europeia no Comité de Avaliação de Risco de Farmacovigilância da Agência Europeia do Medicamento (EMA na sigla inglesa). Espera-se que esta análise, cuja conclusão se aguarda em maio de 2020, permita esclarecer se existe uma associação entre a toma de ibuprofeno e a exacerbação das infeções. Dado que o ibuprofeno é utilizado para tratar os sintomas iniciais das infeções, será extremamente complexo determinar esta relação.

O tratamento sintomático da febre deve ser realizado através do uso de paracetamol como primeira alternativa. No entanto, também não há evidências para contraindicar o uso de ibuprofeno. Os dois medicamentos devem ser utilizados com base na informação constante do Resumo da Características do Medicamento e Folheto Informativo.

Salientamos ainda que, qualquer doente deverá respeitar as indicações dos seus médicos assistentes no uso racional dos medicamentos prescritos.

O Infarmed, em articulação com a rede europeia do medicamento, continuará a acompanhar e a divulgar qualquer nova informação sobre este assunto.

15 de março de 2020

Documentos


Covid-19 | Ibuprofeno

16/03/2020

Não há evidência entre o agravamento da infeção e a toma de medicamento

O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde informa que não existem, atualmente, dados científicos que confirmem um possível agravamento da infeção por Covid-19 com a administração de ibuprofeno ou outros anti-inflamatórios não esteroides.

«Neste sentido, não há motivo para os doentes que se encontrem em tratamento com os referidos medicamentos o interrompam» assegura o Infarmed.

Recorda-se que a Diretora-Geral de Saúde, Graça Freitas, negou ontem, dia 15 de março, que exista «qualquer prova ou evidência» que medicamentos como o Brufen potenciem a ação do novo coronavírus, depois de o Ministro francês ter desaconselhado a sua utilização.

«Estivemos agora reunidos com o presidente do Infarmed e vai ser feito um desmentido formal a nível europeu, inclusive. Porque, de facto, nem do Brufen nem de quaisquer outros medicamentos existe qualquer prova ou evidência que potenciem a ação do vírus», assegurou Graça Freitas.

Em causa está uma publicação feita no sábado nas redes sociais pelo Ministro francês da Saúde, Olivier Véran, que desaconselhou a ingestão de medicamentos anti-inflamatórios, como o Brufen, uma vez que poderiam agravar a infeção dos doentes infetados pelo novo coronavírus.

«Vai ser feito amanhã (segunda-feira), provavelmente, um desmentido pelo Infarmed a nível nacional e por outras instituições de nível europeu para acabar com este alarme que é um falso alarme, não tem nenhum fundamento», insistiu a responsável no decurso da conferência de imprensa conjunta, com a Ministra da Saúde, Graça Freitas, para fazer uma atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus em Portugal.

EMA está a avaliar possível relação entre a exacerbação das infeções e a toma de ibuprofeno

O Infarmed informa que a possível relação entre a exacerbação das infeções, na generalidade, e a toma de ibuprofeno está a ser avaliado na União Europeia no Comité de Avaliação de Risco de Farmacovigilância da Agência Europeia do Medicamento (EMA). «Espera-se que esta análise, cuja conclusão se aguarda em maio de 2020, permita esclarecer se existe uma associação entre a toma de ibuprofeno e a exacerbação das infeções. Dado que o ibuprofeno é utilizado para tratar os sintomas iniciais das infeções, será extremamente complexo determinar esta relação», revela ainda a Autoridade do Medicamento.

O tratamento sintomático da febre deve ser realizado através do uso de paracetamol como primeira alternativa. No entanto, também não há evidências para contraindicar o uso de ibuprofeno. Os dois medicamentos devem ser utilizados com base na informação constante do Resumo da Características do Medicamento e Folheto Informativo.

O Infarmed salienta ainda que, qualquer doente deverá respeitar as indicações dos seus médicos assistentes no uso racional dos medicamentos prescritos.

O Infarmed, em articulação com a rede europeia do medicamento, continuará a acompanhar e a divulgar qualquer nova informação sobre este assunto.

Para saber mais, consulte:

Infarmed > Ausência de evidência entre o agravamento da infeção por COVID-19 e o ibuprofeno