Covid-19 Novo Coronavírus SARS-CoV-2 03/08/2020: Relatório de Situação DGS, Desmentido DGS, Notícias

Relatório de Situação nº 154 | 03/08/2020

Relatório de Situação nº 154 | 03/08/2020 – DGS

Relatório de Situação nº 154 | 03/08/2020

Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação


DESMENTIDO DGS – Norma sobre o rastreio de contactos

DESMENTIDO  - Norma sobre o rastreio de contactos

A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou no dia 24 de julho uma norma sobre o rastreio de contactos (identificação, avaliação do risco e implementação de medidas), um dos elementos-chave para a deteção precoce de casos e limitação da propagação da COVID-19.

A norma formaliza procedimentos que já são realizados pelas autoridades de saúde e tem por base a melhor e mais atual evidência científica e os contributos de peritos em Saúde Pública, incluindo autoridades de saúde, que diariamente atuam no terreno.

A possibilidade da realização de testes a contactos de casos confirmados de COVID-19 sempre dependeu, e continua a depender, da estratificação de risco efetuada pelas autoridades de saúde.

Por isso, a DGS desmente categoricamente a restrição da realização de testes a contactos de casos confirmados, tal como o fez, oportunamente, junto do jornal Expresso.

Não é verdade, portanto, que Portugal vá reduzir o número de testes, como afirma o jornal. Nem é verdade que a norma em causa exclua ou restrinja o universo de pessoas sujeitas à realização de testes. E muito menos é verdade que estejam a ser violadas quaisquer indicações da OMS. Pelo contrário, as autoridades de saúde portuguesas continuam firmemente empenhadas na aplicação da estratégia de “testar, testar, testar”, o que já conduziu à realização em Portugal de mais de 1,6 milhões de testes laboratoriais para SARS-CoV-2, tendo a percentagem de testes positivos vindo a diminuir de forma consistente ao longo das últimas semanas (2,9% no dia 29 de julho).

A norma publicada nada altera a este respeito. Aliás, a referida norma prevê justamente a realização de teste a contactos de alto risco, de acordo com a avaliação de risco pelas autoridades de saúde.

Tal como explicado ao jornal, a realização de testes a contactos próximos (também classificados como contactos de alto risco) é controversa na literatura científica, não havendo consenso entre os vários peritos e nas práticas dos vários países.

Na maior parte dos países (nomeadamente Austrália e Reino Unido), a realização de testes a contactos de alto risco assintomáticos não está recomendada, exceto em situações específicas, como situações de surto, dependendo sempre da avaliação das autoridades competentes. A posição do ECDC é também neste sentido, ao enfatizar que relevante é o isolamento destes contactos.

Sem prejuízo destes factos, a norma publicada prevê a realização de teste a contactos de alto risco, sempre de acordo com avaliação de risco pelas autoridades de saúde.

A norma especifica as situações que representam maior risco de transmissão subsequente, para as quais determina a realização de testes:

  • Contactos de alto risco em situações de surtos e clusters;
  • Contactos nos quais a exposição de risco é prolongada.

Recorda-se que está em curso a duplicação da capacidade de testagem do SNS (de cerca de 12.000 testes/dia para cerca de 24.000 testes/dia só na rede pública). Recorda-se ainda que a decisão de prescrição é sempre uma decisão clínica.


Covid-19 | Situação epidemiológica

03/08/2020

Portugal sem registo de mortes nas últimas 24 horas

Pela primeira vez desde 16 de março, Portugal não regista mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. Na conferência de imprensa de hoje para atualizar os dados epidemiológicos, o Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, pediu aos cidadãos que continuem o seu «esforço individual e coletivo» para que «ajudem a manter este processo» e fazer com que haja mais dias com «zero óbitos».

António Lacerda Sales afirmou que é necessário olhar para os números com humildade e cautela «porque sabemos que de um momento para o outro a situação pode inverter-se», lembrando que há «uma grande imprevisibilidade» em qualquer pandemia.

O Secretário de Estado assegurou que a diminuição de novos casos de infeção pelo novo coronavírus registada nos últimos dias não decorre de uma quebra no número de testes realizados.

«Na semana que findou, Portugal fez, em média, mais de 13.300 testes por dia, não há qualquer orientação para testar menos», garantiu o governante, reiterando que «a realização de testes a contactos de casos confirmados de Covid-19 sempre dependeu e continua a depender da estratificação do risco efetuada pelas autoridades de saúde».

Acompanhado na conferência de imprensa pelo novo Subdiretor-Geral da Saúde, Rui Portugal, o Secretário de Estado considerou que a resposta de Portugal à pandemia tem sido positiva, assegurando que vão continuar a ser tomadas «as melhores decisões com base na melhor evidência científica disponível em cada momento e gerindo os recursos de que dispomos de forma proporcional, dinâmica e procurando sempre a melhor eficiência».

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