Covid-19 Novo Coronavírus SARS-CoV-2 14/12/2020: Relatório de Situação DGS, Q&A sobre Vacinas, Notícias

Relatório de Situação nº 287 | 14/12/2020

Relatório de Situação nº 287 | 14/12/2020 – DGS

Relatório de Situação nº 287 | 14/12/2020

Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação



Comemorações do Dia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge – 2020

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11-12-2020

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) assinalou, dia 11 de dezembro, o seu 121.º aniversário, este ano em formato virtual devido à atual situação epidemiológica provocada pelo novo coronavírus. O programa das comemorações, que contaram com a presença da Ministra da Saúde, Marta Temido, teve como ponto alto a Conferência-debate “COVID-19. Pandemia em três andamentos”, proferida por António Silva Graça, infeciologista e médico do trabalho do INSA.

Após a Conferência-debate, teve lugar uma Mesa subordinada ao tema “O INSA e a Covid-19: Que respostas? que contou com a participação de vários especialistas nas áreas das doenças infeciosas e da epidemiologia e onde foram apresentados alguns trabalhos e estudos desenvolvidos pelo INSA relacionados com a monitorização, vigilância epidemiológica e diagnóstico laboratorial do SARS-CoV-2. Esta Mesa contou com a moderação de Cristina Abreu Santos, vogal do Conselho Diretivo do INSA.

No discurso de encerramento da sessão comemorativa, Fernando de Almeida, presidente do Conselho Diretivo do INSA, começou por relembrar que o Instituto “é, por excelência, o Laboratório de Estado da Saúde que tem, entre outras, a missão, através do desenvolvimento das suas atividades, de responder às emergências em saúde pública, aceitar os desafios da inovação, corresponder ao imperativo ético de partilhar o conhecimento científico e dar suporte a decisões políticas e suprir lacunas de conhecimento que conduzam a ganhos em saúde”.

“E foi isso que fizemos e temos vindo a fazer nesta crise Pandémica de impacto imprevisível e de consequências que todos sabemos e sofremos”, referiu Fernando de Almeida, acrescentando que o “INSA esteve, está e estará sempre presente na linha da frente e ao lado do SNS neste combate que convoca a todos sem exceção”. Fernando de Almeida sublinhou também a necessidade de preparar o INSA “para novos desafios, promovendo uma cultura de abertura e pluralidade, recriando a sua especialização por forma a contribuir mais para a melhoria da situação da saúde em Portugal”.

“Pretende-se que esta nossa missão continue e de forma melhorada. Mas este caminho não tem sido fácil. Perante esta realidade, qualquer alteração significativa da natureza e estrutura do INSA, deverá basear-se no resultado de um exercício cuidadoso, muito pensado, e aferido para a complexidade das suas funções essenciais ao serviço do Ministério da Saúde e do País”, destacou ainda Fernando de Almeida, concluindo que “em nenhuma circunstância o estatuto do INSA deverá será alterado em termos que modifiquem a sua natureza pública nem condicionem o seu papel de referência enquanto laboratório do Estado e pilar estruturante do sistema de saúde pública”.

Assista aqui à sessão comemorativa do 121.º aniversário do INSA.


Covid-19 | Apelo à população

14/12/2020

Em Leiria, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde reiterou apelo aos portugueses

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde afirmou hoje que o Governo não hesitará em puxar o travão de mão se houver necessidade em função da evolução da pandemia de covid-19.

No decorrer de uma visita ao Hospital de Santo André, em Leiria , António Lacerda Sales salientou que o “Governo tem tomado as medidas certas no tempo certo e os portugueses têm percebido isso”.

O governante aproveitou para deixar um apelo à população para que na altura do Natal tenham atenção aos seus comportamentos, que «serão decisivos para o sucesso», explicando que este «não será com certeza um Natal igual aos outros, mas os portugueses aderem a esta mensagem e vão perceber que para termos outras épocas festivas com as nossas famílias, temos de nos resguardar este ano».

Para já, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde não avançou quais as medidas que poderão sair do próximo conselho de ministros, admitindo, contudo, que qualquer decisão terá em conta o “conjunto global não só ao nível de óbitos, como de internamento e pressão dos serviços de saúde”.

Esta manhã, António Lacerda Sales, acompanhado pelo Secretário de Estado da Juventude e do Desporto e coordenador para a execução do estado de emergência na Região Centro, João Paulo Rebelo, deslocou-se a Leiria, no âmbito do acompanhamento da situação epidemiológica e resposta à pandemia naquele distrito.

No decorrer da deslocação, o Secretário de Estado esteve reunido com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Leiria e com responsáveis da Administração Regional de Saúde do Centro, Câmara Municipal de Leiria, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e agrupamentos de centros de saúde.

António Lacerda Sales teve, ainda, oportunidade de visitar o Serviço de Patologia Clínica e a nova Área Dedicada para Doentes Respiratórios.


Sistemas de saúde «têm de ser mais resilientes»

14/12/2020

Ministra da Saúde inaugura Área Dedicada a Doentes Respiratórios

A Ministra da Saúde participou esta segunda-feira na inauguração do novo Serviço de Urgência Geral – Área Dedicada a Doentes Respiratórios do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF).

Para Marta Temido, «os sistemas de saúde têm de ser mais resilientes» e devem ter a capacidade de se adaptar e de responder aos doentes Covid e não-Covid. «Quanto mais suave e rápida for a nossa capacidade de responder a estas necessidades, melhor para aos nossos utentes» afirmou.

A governante sublinhou a relevância de «trabalhar com resiliência as respostas aos que mais precisam» e destacou que as conclusões do Observatório Europeu dos Sistemas de Saúde e da OCDE apontam a «necessidade de adaptação, recuperação e resposta a duas necessidades muito difíceis de equilibrar: doentes Covid-19 e doentes não-Covid-19».

«A nossa capacidade em termos de articulação de esforços e das necessidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) é uma aquisição que não se irá perder», lembrando que estes nove meses têm sido de muito esforço, mas que demonstram uma «capacidade extraordinária de trabalhar em conjunto», sublinhou na sua intervenção a Ministra da Saúde.

Marta Temido lembrou que o Natal, este ano, tem de ser vivido de forma diferente e que tem de ser compatível com a situação de pandemia que o país atravessa. «Os números não nos podem deixar aliviar. Não podemos alinhar em nome das nossas famílias e dos profissionais de saúde» disse Marta Temido.

A pandemia originada pela Covid-19 impôs a criação de circuitos distintos para doentes Covid-19 e doentes não Covid-19, pelo que foi necessário promover a ampliação do serviço de urgência geral do HFF através da instalação de uma unidade de construção modular, onde será possível, nomeadamente, o acolhimento e avaliação clínica de doentes e suspeitos de Covid-19.

Esta unidade modular, localizada no exterior do hospital e com uma área de aproximadamente 750m2, teve um investimento de 1,2 milhões de euros e visa aumentar a capacidade de resposta e o nível de segurança dos munícipes afetados.

Esta unidade é composta por uma sala de reanimação, uma sala de triagem, uma sala de espera, dez boxes para observação e monitorização de doentes, seis gabinetes de observação médica, uma sala de RX, 16 boxes para internamento de pacientes e dois quartos de isolamento.

O HFF, que abrange os concelhos de Amadora e Sintra, tem o maior serviço de urgência da Região de Lisboa e Vale do Tejo, com 138.623 episódios de urgência até setembro de 2020.

Na sequência da pandemia, foram internados no HFF 1.329 doentes com Covid-19 e foram realizados mais de 55 mil testes.

Para saber mais, consulte:

HFF – https://hff.min-saude.pt/


OMS pede atenção redobrada no Natal

Nas zonas de elevada transmissão, as pessoas devem considerar os seus planos

A Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu vigilância redobrada durante as celebrações do Natal e do Ano Novo, uma vez que o número de mortes semanais de covid-19 aumentou 60% nas últimas semanas.

“A época de festividades é um momento de descontração e de celebração, mas não devemos relaxar na nossa vigilância. A celebração pode rapidamente transformar-se em luto se não tivermos os devidos cuidados”, alertou o diretor-geral da OMS em conferência de imprensa e citado pela agência Lusa.

As pessoas que vivem em zonas de elevada transmissão, acrescentou Tedros Adhanom Ghebreyesus, devem considerar os seus planos “com cuidado”. E disse ainda: “Este pode ser o melhor presente que podem dar. O presente da saúde, da vida, do amor, da alegria e da esperança”.

Por sua vez, o diretor do programa de emergências sanitárias da OMS avisou que a situação epidemiológica se mantém “muito instável” e que a maioria da população mundial continua suscetível ao contágio, um risco que não irá desaparecer com a chegada da vacina.

“A vacina terá um impacto na morbilidade e mortalidade, em quem fica doente e com que gravidade, mas o impacto no contágio não será visto até que uma grande parte da população de um país tenha sido vacinada”, explicou Mike Ryan.

Sobre a vacinação contra a covid-19, a OMS recomendou aos responsáveis políticos de todo o mundo que abram um diálogo com a população em relação às vacinas para esclarecer as suas dúvidas.