Notícias em 08/08/2023

Ocorrência de Situação de Fraca Qualidade do Ar – Recomendações da DGS

Ocorrência de Situação de Fraca Qualidade do Ar – Recomendações da DGS

Ocorrência de Situação de Fraca Qualidade do Ar – Recomendações da DGS

Uma massa de ar proveniente dos desertos do Norte de Africa, que transporta poeiras em suspensão, está prevista atravessar Portugal Continental durante o dia 9 de agosto de 2023. Prevê-se a ocorrência de uma situação de fraca de qualidade do ar no Continente, registando-se um aumento das concentrações de partículas inaláveis de origem natural no ar, afetando nomeadamente as Regiões do Norte, Centro, Baixo Alentejo e Algarve.

Este poluente (partículas inaláveis – PM10) tem efeitos na saúde humana, principalmente na população mais sensível, crianças e idosos, cujos cuidados de saúde devem ser redobrados durante a ocorrência destas situações. Assim, e enquanto este fenómeno se mantiver, a Direção-Geral da Saúde emite as seguintes recomendações:

– a população em geral deve evitar esforços prolongados, limitar a atividade física ao ar livre e evitar a exposição a fatores de risco, tais como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes;

– os seguintes grupos de cidadãos, pela sua maior vulnerabilidade aos efeitos deste fenómeno, para além de cumprirem as recomendações para a população em geral, devem, sempre que viável, permanecer no interior dos edifícios e, preferencialmente, com as janelas fechadas: crianças; idosos; doentes com problemas respiratórios crónicos, designadamente asma; doentes do foro cardiovascular;

– os doentes crónicos devem manter os tratamentos médicos em curso.

– em caso de agravamento de sintomas contactar a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) ou recorrer a um serviço de saúde.

Para informação adicional sobre a qualidade do ar e os valores medidos nas estações de monitorização, pode ser consultada a página da internet da Agência Portuguesa do Ambiente ou a App QualAr.


Nova sala operatória no Bloco de Partos do CHL

08/08/2023

Localizado na Urgência Ginecológica/Obstétrica será uma mais-valia no atendimento às grávidas

O Centro Hospitalar de Leiria (CHL) conta, desde o dia 7 de agosto, com uma nova sala operatória no Bloco de Partos, que fica localizada na Urgência Ginecológica/Obstétrica no Hospital de Santo André (HSA), em Leiria. Esta nova sala operatória permite a realização de cesarianas, aumentando a qualidade e segurança dos cuidados prestados à grávida em trabalho de parto.

De acordo com o CHL, esta sala contou com o financiamento do Programa de Incentivo Financeiro à Qualificação dos Blocos de Parto do Serviço Nacional de Saúde, uma medida estruturante na criação de condições de qualidade e segurança para grávidas, recém-nascidos e profissionais de saúde.

“A possibilidade de ter um bloco operatório dentro do Bloco de Partos é uma mais-valia e uma garantia de segurança incontestáveis. Este novo bloco vem dar resposta a uma necessidade sempre percecionada pelas equipas de Obstetrícia, Pediatria e Anestesiologia, de uma proximidade do bloco para as situações de emergência obstétrica que necessitem de rapidez de atuação”, destaca Andreia Antunes, diretora do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do CHL.

Além da mesa operatória, a nova sala dispõe de uma unidade de anestesia e de uma unidade de reanimação de recém-nascido.

Para saber mais, consulte:

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Separação de siamesas no SNS

08/08/2023

Ministro da Saúde agradece à equipa do CHULC

O Hospital D. Estefânia, em Lisboa, realizou em 28 de julho uma cirurgia de separação de gémeas siamesas. As duas irmãs, de quatro anos, estavam unidas pela zona do abdómen e região pélvica. “Agradeço a todos os envolvidos e desejo às meninas e à sua família as maiores felicidades”, afirmou o Ministro da Saúde, numa publicação nas redes sociais, considerando a intervenção um motivo de “orgulho e felicidade” para a família e para o Serviço Nacional de Saúde.

As gémeas, de nacionalidade angolana, estiveram 14 horas no bloco operatório, com uma equipa multidisciplinar. Durante a preparação da operação, que durou vários meses, o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC) contou com a colaboração de três médicos alemães.

Numa conferência de imprensa que teve lugar esta segunda-feira, 7 de agosto, o hospital considerou a intervenção, de elevada complexidade, um êxito.

Catarina Ladeira, chefe da cirurgia plástica pediátrica, responsável pelo procedimento de encerramento da parede abdominal, explicou que “o defeito da parede abdominal era muito grande” o que “impedia fechar com segurança o abdómen”, havendo risco de compressão dos órgãos.

Já Rui Alves, diretor do serviço de cirurgia pediátrica do hospital, e que liderou a equipa neste procedimento, destacou a raridade da cirurgia, que não era feita em Portugal há 24 anos, e o longo trabalho de preparação e pesquisa necessário, que envolveu diversas especialidades para o estudo anatómico das crianças, e muita pesquisa bibliográfica, tendo sido encontrado apenas um caso semelhante, nos EUA, referente a uma operação ocorrida em 1966.

O diretor do serviço de cirurgia pediátrica do Hospital D. Estefânia salientou ainda “o detalhe importante” da idade das crianças, uma vez que a recomendação para cirurgias de separação de siameses é que aconteçam entre os seis meses e o ano e meio de vida das crianças, tendo neste caso acontecido muito mais tarde.

Cirurgia complexa

No processo de separação foi necessário reconstruir parte do sistema urinário das gémeas, que tinham duas bexigas autónomas, mas ambas tinham os ureteres – canais que transportam a urina – ligados entre si, tendo sido necessário fazer a ligação correta, explicou Fátima Alves, especialista em urologia pediátrica, que realizou o procedimento. A médica referiu que as crianças têm agora um aparelho reprodutor “autónomo, completo e normal”, mas serão necessárias mais intervenções no futuro.  “Esta fase apenas se destinou a separá-las, torná-las autónomas, mas a cirurgia não é de todo definitiva”, resumiu Rui Alves.

As meninas permanecem internadas em Portugal, ainda em cuidados intensivos. Segue-se, além das intervenções cirúrgicas ainda necessárias, uma longa recuperação, já que por estarem unidas desde o nascimento nunca puderam aprender a andar. Uma história rara de sobrevivência em que o SNS deu, uma vez mais, o seu melhor.

Para saber mais, consulte:

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