Notícias de 10 a 12/04/2024

Abril: Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância

REVIVE: Rede de Vigilância de Vetores – Relatório 2023 – INSA

imagem do post do REVIVE: Rede de Vigilância de Vetores – Relatório 2023

12-04-2024

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do Centro de Estudos de Vetores e Doenças Infeciosas integrado no seu Departamento de Doenças Infeciosas, divulga o relatório REVIVE: Rede de Vigilância de Vetores (Culicídeos, Ixodídeos e Flebótomos) relativo às atividades desenvolvidas em 2023, incluindo este ano os resultados da vigilância de flebótomos. O programa REVIVE visa monitorizar a atividade de artrópodes hematófagos, caracterizar as espécies e sua ocorrência sazonal, e identificar agentes patogénicos importantes em saúde pública.

Das atividades apresentadas no presente relatório, destaca-se o seguinte:

REVIVE – Culicídeos

  • Participaram as cinco Administrações Regionais de Saúde e a Direção Regional de Saúde da Madeira, entidades que realizaram colheitas de mosquitos em 231 concelhos de Portugal;
  • No total foram identificados 40 565 mosquitos. Nas amostras em que foi pesquisada a presença de flavivírus patogénicos para o Homem, os resultados foram negativos;
  • O mosquito invasor Aedes aegyptiestá presente na Região Autónoma da Madeira desde 2005. Outra espécie de mosquitos invasor, nomeadamente Aedes albopictus, foi identificado, pela primeira vez, na região Norte de Portugal em 2017, no Algarve em 2018, no Alentejo em 2022 e na região de Lisboa em 2023. Estas espécies são vetoras de vírus como dengue, zika e chikungunya, e têm vindo a aumentar a sua distribuição geográfica nestas regiões;
  • No âmbito do REVIVE – Culicídeos foi feita a vigilância em cinco aeroportos internacionais, dois aeródromos, catorze portos e dez outros pontos de entrada de acordo com o Regulamento Sanitário Internacional.

REVIVE – Ixodídeos

  • Participaram as cinco Administrações Regionais de Saúde e a Direção Regional de Saúde da Madeira, entidades que realizaram colheitas de carraças em 210 concelhos;
  • No total foram identificados 1810 ixodídeos. Foi identificada, de novo, uma espécie exótica – Argas
  • Foi detetada a presença de três espécies de Borreliase seis espécies de Rickettsias, tendo sido observada a prevalência média de 4,8% e 25,1%, respetivamente, sobretudo em carraças colhidas quando parasitavam seres humanos. A pesquisa do vírus da febre hemorrágica Crimeia-Congo (CCHFV) foi realizada em exemplares de carraças do género Hyalomma com resultados negativos.

REVIVE – Flebótomos

  • Participaram quatro Administrações Regionais de Saúde, nomeadamente, Algarve, Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Norte, entidades que realizaram colheitas de flebótomos em 41 concelhos. Ocorreram ainda colheitas acidentais de flebótomos em 12 concelhos, incluindo na região do Alentejo;
  • No total foram colhidos 761 flebótomos, tendo sido identificados exemplares pertencentes às espécies Phlebotomus ariasiPhperniciosusPh. sergenti e Sergentomyia minuta;

Nos 645 flebótomos pesquisados para a presença de flebovírus e de Leismania spp. foi detetada a presença de vírus Toscana e de Leishmania infantum, em dois pools diferentes de flebótomos fêmeas. Esta é a primeira deteção de vírus Toscana em flebótomos em Portugal.

O programa REVIVE resulta da colaboração entre instituições do Ministério da Saúde (Direção-Geral da Saúde, Administrações Regionais de Saúde, Direções Regionais de Saúde e INSA), tendo como objetivos i) monitorizar a atividade de artrópodes hematófagos; ii) caracterizar as espécies e sua ocorrência sazonal; iii) identificar agentes patogénicos importantes em saúde pública, dependendo da densidade dos vetores, o nível de infeção ou a introdução de espécies exóticas para alertar para as medidas de controlo.

O REVIVE contribui para um conhecimento sistemático da fauna de culicídeos, de ixodídeos e de flebótomos de Portugal, e do seu potencial papel de vetor, constituindo uma componente dos programas de vigilância epidemiológica indispensável à avaliação do risco de transmissão de doenças potencialmente graves.

Consulte o Relatório REVIVE 2023 aqui.


Aumento de cirurgias ao cancro de mama

11/04/2024

ULS da Lezíria realizou mais de duas centenas de cirurgias em 2023

A Unidade de Patologia Mamária da Unidade Local de Saúde (ULS) da Lezíria realizou 215 cirurgias para tratamento do cancro da mama durante o ano de 2023, período onde foram realizadas mais de 500 primeiras consultas, resultando no diagnóstico de mais de 200 novos casos de cancro de mama.

Em comunicado, a ULS refere que “o aumento significativo do número de casos de cancro de mama em mulheres com menos de 40 anos é notável, especialmente se se tiver em consideração que muitas delas apresentam alterações genéticas”.

De acordo com Madalena Nogueira, coordenadora da Unidade de Patologia Mamária, em 2023, 60% das cirurgias realizadas ao cancro da mama foram conservadoras, constituindo-se como objetivo em 2024 atingir os 70%.

A Unidade tem sido pioneira em diversas áreas destacando-se na implementação do modelo “One Day Surgery” no tratamento cirúrgico do cancro da mama. Neste modelo as doentes são submetidas a cirurgia, conservadora ou radical, e têm alta no mesmo dia da intervenção ou antes de completarem 24 horas pós cirúrgicas.

Para breve, a ULS prevê a implementação de dispositivos com tecnologia radar que irão permitir “a localização de tumores não palpáveis e a marcação dos gânglios axilares”, lê-se no comunicado.

Em 2022, a Breast Centres Network, que agrega uma rede internacional de centros clínicos dedicados exclusivamente ao diagnóstico e ao tratamento do cancro da mama, certificou, novamente, a Unidade de Patologia Mamária reafirmando a excelência no tratamento do cancro da mama neste centro.


Abril: Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância – DGS

Abril: Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância

No mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância, a Direção-Geral da Saúde (DGS) associa-se à comemoração, tendo marcado presença na sessão de abertura da Campanha 2024 organizada pela Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ), a 2 de abril de 2024, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.

Através da Divisão de Saúde Sexual, Reprodutiva, Infantil e Juvenil, do Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil e do Programa Nacional de Prevenção da Violência no Ciclo de Vida, a DGS reconhece a importância da saúde como forma de garantir e proteger os direitos e o bem-estar das crianças, investido em programas de saúde que visam esse objetivo,

A promoção dos direitos da criança é um desafio contínuo que exige o comprometimento de governos, organizações da sociedade civil, comunidades e indivíduos. É uma responsabilidade compartilhada e uma causa que merece nossa atenção e dedicação contínuas. Ao investir na proteção e no bem-estar das crianças hoje estamos a construir um futuro mais justo, equitativo e sustentável para todos.

No evento em Lisboa foram apresentados os resultados do inquérito sobre Segurança no Espaço Público e Privado, com incidência na violência na infância, da autoria de Susana Neves, Especialista em Estatística no Departamento de Estatísticas Demográficas e Sociais do Instituto Nacional de Estatística, moderada por Maria João Fernandes, vice-presidente da CNPDPCJ. Na parte final, foram partilhados os testemunhos de jovens que beneficiaram do apoio e contato positivo com as CPCJ no seu percurso de desenvolvimento.

Para mais informações contacte, nos Centros de Saúde e Hospitais:

• Equipas de Saúde Familiar

• Núcleos de Apoio a Crianças e Jovens em Risco

• Equipas de Prevenção da Violência em Adultos

Mais informação aqui e aqui.


Lançamento do Guia de Bolso de Antibioterapia em Ambulatório – DGS

Lançamento do Guia de Bolso de Antibioterapia em Ambulatório

Para apoiar a decisão clínica e a escolha do antibiótico apropriado para os problemas mais frequentes em atendimento em ambulatório, nomeadamente, nos Cuidados de Saude Primários, Consultas Externas e Serviços de Urgência hospitalar, acaba de ser lançado o Guia de Bolso de Antibioterapia em Ambulatório.

Desenvolvido pela Unidade Regional do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resitência aos Antimicrobianos da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, este Guia está disponível a todos aqui.


Curso “Epidemiologia de campo – Eventos de Massas” – INSA

imagem do post do Curso “Epidemiologia de campo – Eventos de Massas”

12-04-2024

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Epidemiologia, promove, nos dias 9 e 10 de maio, nas suas instalações em Lisboa, mais uma edição do curso “Epidemiologia de campo – Eventos de Massas”. Destinada a profissionais de saúde, produtores/organizadores de eventos e a todos aqueles com especial interesse na temática, a formação possui uma forte componente prática, com exemplos concretos de eventos e a simulação de uma ocorrência.

O curso permitirá aos formandos desenvolver competências ao nível de gestão da vigilância epidemiológica em eventos de massas, com base na experiência prévia dos profissionais do INSA e de outras instituições em diferentes tipologias de eventos, como por exemplo festivais de música e iniciativas semelhantes que envolvam grandes concentrações de pessoas. Os interessados em participar deverão efetuar a sua inscrição até ao dia 3 de maio, através do seguinte formulário. Para mais informações, consultar o programa do curso.

Eventos de massas ou multidões (mass gatherings) reúnem mais do que um determinado número de pessoas num local específico para uma dada finalidade e por um período definido de tempo. Nestes contextos, os riscos para a saúde são potenciados pela concentração elevada de participantes oriundos de diferentes regiões ou países e pelo aumento do número de contactos interpessoais.

Estas situações podem implicar ainda estruturas temporárias, nomeadamente de restauração, sanitários e/ou alojamentos, que podem contribuir para um maior risco de doenças transmissíveis e, quando associadas a consumos de álcool ou outras substâncias psicoativas, propiciarem comportamentos de risco. Portugal é, nesse sentido, um país particularmente vocacionado para grandes ajuntamentos de pessoas, devido ao seu clima, ao peso do turismo e também à sua cultura.


15.º Workshop Rede de Vigilância de Vetores – REVIVE – INSA

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12-04-2024

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Centro de Estudos de Vetores e Doenças Infeciosas (CEVDI) Doutor Francisco Cambournac, promoveu, dia 12 de abril, o 15.º Workshop da Rede de Vigilância de Vetores – REVIVE. O evento, que decorreu em formato híbrido através da plataforma Teams e presencialmente nas instalações do CEVDI, em Águas de Moura, teve como principal objetivo divulgar os resultados nacionais e regionais desta Rede relativos a 2023.

Além da apresentação dos resultados anuais, o 15.º Workshop REVIVE, que contou com uma assistência “virtual” de mais de 300 profissionais de saúde, incluiu também diversas comunicações tendo em vista a troca experiências entre os participantes, tanto a nível nacional como regional. Foram ainda apresentadas várias iniciativas desenvolvidas no âmbito de atividades da Rede REVIVE, entre as quais o projeto “Mosquito Alert – Citizen science as an scalable universal, big data resource for mosquito surveillance and study”.

Coordenado pelo INSA, o programa REVIVE tem como objetivos monitorizar a atividade de artrópodes hematófagos e caracterizar as espécies e sua ocorrência sazonal. O REVIVE visa também identificar agentes patogénicos importantes em saúde pública, dependendo da densidade dos vetores, o nível de infeção ou a introdução de espécies exóticas para alertar para as medidas de controlo.

A criação do REVIVE, em 2008, deveu-se principalmente à necessidade de instalar capacidades nas diversas regiões, visando aumentar o conhecimento sobre as espécies de vetores presentes, sua distribuição e abundância, impacte das alterações climáticas, explicar o seu papel como vetores e para detetar espécies invasoras em tempo útil, com importância na saúde pública. O INSA, como autoridade competente na vigilância epidemiológica, formação e divulgação de conhecimento, participa no REVIVE através do CEVDI, coordenando a atividade deste grupo.

As doenças transmitidas por vetores resultam da infeção de humanos e outros animais por artrópodes hematófagos como mosquitos, carraças e flebótomos. Estas doenças são evitáveis, já que os métodos de controlo e prevenção são amplamente conhecidos, sendo necessário conhecer a área geográfica de distribuição para que possam ser estabelecidas medidas, de forma a mitigar os efeitos na população.