Artigo: Características das Mulheres que Recusam Exames Invasivos, Dados do RENAC Entre 2008 e 2013 – INSA

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge), através do seu Departamento de Epidemiologia, efetuou um estudo com o objetivo de caracterizar, entre 2008-2013, as mulheres que tiveram uma gestação com anomalias congénitas (AC) e recusaram a realização de exames invasivos para colheita de produtos fetais. Os resultados deste trabalho mostram que, para o período em análise, 7,7% das mulheres a quem foi proposta a realização destes testes optaram por não o fazer.

Os fatores encontrados para a recusa de colheita de produtos fetais são vários, mas os responsáveis por este estudo observaram a existência de associação estatisticamente significativa em alguns como, por exemplo, o grupo etário da grávida, a naturalidade, a ocupação, a etnia, o estado migratório, a história obstétrica e o consumo de álcool durante o 1º trimestre de gestação. Este trabalho teve como base de análise as notificações de nascimentos com AC enviadas ao Registo Nacional de Anomalias Congénitas (RENAC) no período de 2008 a 2013.

Esta investigação de possíveis associações entre algumas características maternas e a recusa de exames invasivos, revelou resultados coincidentes com o que foi encontrado na bibliografia existente sobre o assunto, nomeadamente o facto de serem mulheres mais velhas, pertencerem a minorias étnicas e serem multíparas. Face a estes dados, os autores do artigo publicado na última edição do Boletim Epidemiológico Observações consideram que “investigações futuras deverão incidir no estudo da perceção que a mãe tem sobre o significado do resultado dos testes não invasivos e de que forma esse conhecimento influencia a sua decisão”.

Coordenado pelo Instituto Ricardo Jorge, o RENAC é um registo de doenças de base populacional, que tem como objetivo vigiar a frequência da ocorrência de anomalias congénitas no Continente e Regiões Autónomas desde 1995, e participa também na vigilância a nível europeu, como membro do registo europeu de anomalias congénitas – EUROCAT – desde 1990. As anomalias congénitas tornaram-se nas últimas décadas uma das principais causas de mortalidade e morbilidade no período infantil constituindo por isso um importante problema de saúde pública.

Para consultar na íntegra o artigo de Sandrina Correia, Paula Braz, Ausenda Machado, Ana Paula Rodrigues e Carlos Matias Dias, clique aqui.

Informação do Portal da Saúde:

Características das mulheres que recusam exames invasivos
Imagem ilustrativa
Artigo divulgado pelo INSA revela dados sobre mulheres que recusaram exames invasivos, entre 2008 e 2013.

O Instituto Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Epidemiologia, efetuou um estudo com o objetivo de caracterizar, entre 2008-2013, as mulheres que tiveram uma gestação com anomalias congénitas (AC) e recusaram a realização de exames invasivos para colheita de produtos fetais. Os resultados deste trabalho mostram que, para o período em análise, 7,7% das mulheres a quem foi proposta a realização destes testes optaram por não o fazer.

Os fatores encontrados para a recusa de colheita de produtos fetais são vários, mas os responsáveis por este estudo observaram a existência de associação estatisticamente significativa em alguns como, por exemplo, o grupo etário da grávida, a naturalidade, a ocupação, a etnia, o estado migratório, a história obstétrica e o consumo de álcool durante o 1º trimestre de gestação.

Este trabalho teve como base de análise as notificações de nascimentos com AC enviadas ao Registo Nacional de Anomalias Congénitas (RENAC) no período de 2008 a 2013.

A investigação de possíveis associações entre algumas características maternas e a recusa de exames invasivos revelou resultados coincidentes com o que foi encontrado na bibliografia existente sobre o assunto, nomeadamente o facto de serem mulheres mais velhas, pertencerem a minorias étnicas e serem multíparas. Face a estes dados, os autores do artigo publicado na última edição do Boletim Epidemiológico Observações consideram que “investigações futuras deverão incidir no estudo da perceção que a mãe tem sobre o significado do resultado dos testes não invasivos e de que forma esse conhecimento influencia a sua decisão”.

Coordenado pelo Instituto Ricardo Jorge, o RENAC é um registo de doenças de base populacional, que tem como objetivo vigiar a frequência da ocorrência de anomalias congénitas no Continente e Regiões Autónomas desde 1995, e participa também na vigilância a nível europeu, como membro do registo europeu de anomalias congénitas – EUROCAT – desde 1990.

As anomalias congénitas tornaram-se nas últimas décadas uma das principais causas de mortalidade e morbilidade no período infantil constituindo por isso um importante problema de saúde pública.

Para saber mais, consulte:

Estudo Desempenho Clínico dos Hospitais do SNS em 2008, 2013 e 2014 – ACSS

Desempenho clínico dos hospitais melhorou nos últimos anos

Mais consultas, maior qualidade clínica e aumento significativo da cirurgia ambulatória, são as principais conclusões de um estudo elaborado pela IASIST, empresa consultora para a área da saúde, sobre o desempenho clínico de 45 hospitais públicos (incluindo parcerias público privadas, duas unidades de saúde mental e três IPO), entre 2008 e 2014.

Mais consultas, maior qualidade clínica e aumento significativo da cirurgia ambulatória, são as principais conclusões de um estudo elaborado pela IASIST, empresa consultora para a área da saúde, sobre o desempenho clínico de 45 hospitais públicos (incluindo parcerias público privadas, duas unidades de saúde mental e três IPO), entre 2008 e 2014.

É de realçar que a qualidade clínica evoluiu muito positivamente entre 2008 e 2013, com os índices de mortalidade, complicações e readmissões ajustados ao risco (IMAR, ICAR e IRAR, respetivamente), a apresentarem progressos que os colocam nos níveis desejados. Em 2014, confirmam-se esses bons resultados. Também as taxas de cesarianas, apesar dos valores ainda muito elevados no contexto europeu, apresentaram uma melhoria entre os anos do estudo, sobretudo em 2014.

É também de sublinhar a subida significativa da atividade de ambulatório, em consulta externa e cirurgia ambulatória, confirmando assim uma tendência que se tem verificado nos últimos anos, e que se recomenda. A cirurgia ambulatória regista um aumento de 63% entre os anos em estudo.

O estudo elaborado pela IASIST conclui ainda que o número de camas para doentes “agudos” (camas hospitalares), diminui, mas é compensado pelo crescimento da rede de camas de cuidados continuados integrados, na razão de 1 para 2,7. Há, assim, um efetivo aumento de camas, registando-se maior equilíbrio na sua distribuição entre os dois setores, face ao envelhecimento, às doenças crónicas e à necessidade crescente de reabilitação ou cuidados paliativos.

Apresentação

Estudo Desepenho Clínico dos Hospitais do SNS em 2008 e 2014

2015-10-14

Informação do Portal da Saúde:

ACSS divulga estudo sobre desempenho clínico dos hospitais do SNS, entre 2008 e 2014, elaborado pela IASIST.

A Administração Central do Sistema de Saúde, IP (ACSS), divulga estudo realizado pela IASIST, empresa consultora para a área da saúde, sobre o desempenho clínico dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que destaca que o desempenho clínico dos hospitais melhorou nos últimos anos.

O estudo elaborado pela IASIST recaiu sobre o desempenho clínico de 45 hospitais públicos (incluindo parcerias público privadas, duas unidades de saúde mental e três IPO), entre 2008 e 2014.

De acordo com o estudo, a qualidade clínica evoluiu muito positivamente entre 2008 e 2013, com os índices de mortalidade, complicações e readmissões ajustados ao risco (IMAR, ICAR e IRAR, respetivamente), a apresentarem progressos que os colocam nos níveis desejados.

Em 2014, confirmam-se esses bons resultados. Também as taxas de cesarianas, apesar dos valores ainda muito elevados no contexto europeu, apresentaram uma melhoria entre os anos do estudo, sobretudo em 2014.

É também de sublinhar a subida significativa da atividade de ambulatório, em consulta externa e cirurgia ambulatória, confirmando assim uma tendência que se tem verificado nos últimos anos, e que se recomenda. A cirurgia ambulatória regista um aumento de 63% entre os anos em estudo.

O estudo elaborado pela IASIST refere ainda que o número de camas para doentes “agudos” (camas hospitalares) diminui, mas é compensado pelo crescimento da rede de camas de cuidados continuados integrados, na razão de 1 para 2,7.

Há, assim, um efetivo aumento de camas, registando-se maior equilíbrio na sua distribuição entre os dois setores, face ao envelhecimento, às doenças crónicas e à necessidade crescente de reabilitação ou cuidados paliativos.

Para saber mais, consulte: